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Texto bíblico: APOCALIPSE 4 – Primeiro leia a Bíblia
APOCALIPSE 4 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS
COM. TEXTO – ROSANA GARCIA BARROS
COM. TEXTO – PR HEBER TOTH ARMÍ
APOCALIPSE 4 – COMENTÁRIOS ADICIONAIS
Acesse os comentários em vídeo em nosso canal no Youtube (pastores Adolfo, Valdeci, Weverton e Michelson)
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Texto bíblico: https://pesquisa.biblia.com.br/pt-BR/NVI/ap/4
Apocalipse 4 e 5 estão intimamente ligados. O capítulo 4 descreve a sala do trono celestial e o capítulo 5 mostra um importante evento que acontece ali. Em Patmos, João vê Jesus caminhando entre os sete candeeiros e enviando as mensagens para as sete igrejas da Ásia Menor (Ap 1:9-3:22). Agora, João é transportado em visão para o santuário celestial (Ap 4:1). No Apocalipse vemos uma descrição cheia de luzes, brilho e sons de louvor àquele que está assentado no trono (cf. Ez 1).
Deus, o Pai (cf. Ap 1:4, 8; 4:8) é louvado por duas razões. Primeiro, por quem Ele é. Apocalipse 4:8 destaca que o louvor angelical enaltece a santidade de Deus, Seu poder e Sua eternidade. Em segundo lugar, o Pai é louvado pelo que Ele faz. No verso 11, os 24 anciãos louvam e adoram ao Senhor porque Ele criou o universo por Sua própria vontade.
Essas devem ser as principais razões para enaltecermos a Deus. Ele é santo e a beleza de Sua santidade (1 Crônicas 16:29) nos leva à adorá-Lo. Ele é onipotente: nada é demasiado difícil para Ele. Tudo passará, mas o Senhor permanecerá para sempre. E nós temos a possibilidade de conhecê-Lo e adorá-Lo em razão de que Ele nos criou.
Clacir Virmes Jr.
Professor de Novo Testamento
SALT – Seminário Latino-Americano de Teologia – Brasil
Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/rev/4
Tradução: Pr Jobson Santos/Jeferson Quimelli/Luís Uehara
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1582 palavras
Os capítulos 4 e 5 registram vislumbres da glória de Cristo. Aqui nós vemos dentro da sala do trono do Céu. Deus está no trono e orquestrando todos os eventos que João registrará. O mundo não está girando fora de controle; o Deus da criação levará a cabo Seus planos quando Cristo iniciar a batalha final contra as forças do mal. João nos mostra o Céu antes de nos mostrar a terra para que não nos amedrontemos com os eventos futuros. Life Application Study Bible Kingsway.
1-11 O cap. 4 não retrata um evento; em vez disso, faz uma descrição geral da sala do trono. O trono celestial, símbolo da autoridade real, é uma característica central deste capítulo. Deus é digno de adoração porque criou todas as coisas. Bíblia de Estudo Andrews.
1 No céu. Não “para dentro do céu”, como se João estivesse do lado de fora, olhando para dentro. Uma vez que, olhando de dentro, ele contemplou o trono de Deus, a porta deveria estar aberta para a sala do trono do universo. A sala do trono é identificada com o lugar santíssimo do santuário celestial. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 848.
aberta. A porta já está aberta quando João a vê. Bíblia de Estudo Andrews.
sobe para aqui. Em visão, João ascende ao Céu. Bíblia de Estudo Andrews.
2 Em espírito. João entra em visão pela segunda vez. Não se sabe quanto tempo se passou entre esta visão e a primeira. CBASD, vol. 7, p. 848.
Quatro vezes no livro de Apocalipse João diz que estava “no Espírito” (1:10; 4:2; 17:3; 21:10). Esta expressão significa que o Espírito Santo estava conduzindo estava lhe dando uma visão – mostrando a ele situações e eventos que ele não poderia ter visto com a mera visão humana.Todas as profecias verdadeiras vem de Deus através do Espírito Santo (2Pedro 1:20, 21). Life Application Study Bible Kingsway.
3 Pedra de jaspe. Do gr. iaspis. Não se trata precisamente do jaspe atual, mas de uma pedra descrita, pelo naturalista Plínio, como translúcida (História Natural, xxxvii). João recorre várias vezes às pedras preciosas para descrever cores brilhantes, pois a luz do sol reluzindo nas pedras fazia transparecer algumas das cores mais brilhantes que as pessoas de sua época conheciam. Nesse caso, iaspis provavelmente descreve uma luz intensa e resplandecente, mais notável pelo brilho do que pela cor. CBASD, vol. 7, p. 848.
Sardônio. A cordalina ou outra pedra de cor avermelhada. Plínio observa que esta pedra era encontrada em Sardes e, por isso, recebeu o nome da cidade. Nesta passagem, descreve uma luz vermelha brihante. CBASD, vol. 7, p. 848, 849.
Arco íris semelhante, no aspecto, a esmeralda. Isto é, de cor esverdeada. O brilho da luz irrompendo da presença do trono era temperado pela luz verde e suave de um arco-íris em círculo. Esse arco-íris representa a união de justiça e misericórdia que caracteriza o governo de Deus (ver Ed, 115; cf. PJ, 148). CBASD, vol. 7, p. 849.
Símbolo da misericórdia divina após o dilúvio (Gn 9:8; ver também Ap 10:1; Ez 1:28). Bíblia de Estudo Andrews.
4 Vinte e quatro anciãos. Prováveis representantes da humanidade redimida (ver Mt 27:51-53). Bíblia de Estudo Andrews.
Uma das interpretações defende que a descrição do trono celestial (Ap 4 e 5) deve ocorrer antes do início dos eventos dos sete selos. Assim, se os 24 anciãos eram seres humanos, conclui-se que são pessoas que já estavam no céu nos dias de João. Com frequência eles são identificados com os santos que saíram das sepulturas por ocasião da ressurreição de Cristo (Mt 27:52, 53; cf. Ef 4:8), uma vez que se trata de um grupo que já ressurgiu. A ressurreição principal ainda é futura (1Ts 4:16). Portanto, a presença de seres humanos no Céu não pode ser considerada evidência de que a ressurreição de todos os remidos precederá os acontecimentos retratados nos selos. Outra interpretação compara os 24 anciãos com os 24 turnos do sacerdócio levita. […] Outra sugestão é que os 24 anciãos simbolizam Israel em seu sentido mais pleno. […] Assim, eles podem ser comparados aos 12 patriarcas e aos 12 apóstolos. […] Outros intérpretes afirmam que os 24 anciãos são anjos, não seres humanos. Eles destacam que os anciãos são retratados ministrando as orações dos santos (Ap 5:8), obra que, segundo acreditam, dificilmente seria confiada a homens. CBASD, vol. 7, p. 849.
Sete Espíritos. Referência simbólica ao Espírito Santo. Bíblia de Estudo Andrews.
Veja também Zacarias 4:2-6, onde as sete lâmpadas [castiçais] são identificados com um Espírito. Life Application Study Bible Kingsway.
A referência aos sete espíritos de Deus denota a plenitude e universalidade da obra do Espírito Santo na igreja (1:4) e no mundo (5:6), pois o sete é um número de plenitude. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 666.
Ver com. de Ap 1:4 [É provável que “sete seja uma expressão simbólica de Sua perfeição e também pode subentender a variedade de dons por meio dos quais ele trabalha nos seres humanos (ver 1Co 12:4-11; cf. Ap 3:1). CBASD, vol. 7, p. 808.]. CBASD, vol. 7, p. 849.
5-6 O trono de Deus. O trono é central para tudo o que acontece na cena contemplada por João; ele é mencionado 17 vezes nos capítulos 4-5, e tudo na sala do trono é retratado em relação com o referido trono; […] A centralidade do trono na visão é fundamental para a teologia de toda a cena. O trono de Deus representa Sua autoridade governante sobre o Universo, uma autoridade que é desafiada por um poder inimigo usurpador (Ap 13:2; 16:10). A questão central no conflito contínuo entre Deus e Satanás é sobre quem tem o direito de governar. Apocalipse 4-5 retrata um evento decisivo nesse conflito: a exaltação de Cristo ao trono celestial com resultado de Sua morte sacrificial na cruz do Calvário. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 666.
6 Mar de vidro. Nos tempos antigos, o vidro era muito mais valioso do que hoje. Aqui, ele representa a aparência transparente e cristalina sobre a qual fica o trono. CBASD, vol. 7, p. 849.
Seres viventes. Do gr. zoa. A palavra zoa não sugere a que espécie de criatura esses quatro pertenciam. No entanto, eles se parecem muito com os que Ezequiel viu (ver com. de Ez 1:5-26) e chama de querubins (Ez 10:20-22). CBASD, vol. 7, p. 850.
Cheios de olhos. Ver Ez Ez 1:18; 10:12. Pode-se compreendê-los como um símbolo da inteligência e vigilância constante dos seres celestiais. Uma vez que o símbolo dos olhos é extraído de Ezequiel, é possível interpretá-lo também com base no pensamento hebraico. Nove vezes no AT, a palavra ‘ayin, “olho”, é usada com o sentido de “cor”ou “brilho”(Pv 23:31; Ez 1:4, 7, 16, 22, 27, 8:2; 10:9; Dn 10:6). Isso sugere que, ao dizer que os quatro seres viventes eram “cheios de olhos”, João estava afirmando que eles tinham um brilho reluzente. CBASD, vol. 7, p. 850.
Os quatro seres viventes são […] os anjos exaltados que servem a Deus como Seus agentes e guardiões de Seu trono, como fica evidente pela forma como a Bíblia muitas vezes retrata Deus sentado no trono entre os querubins (2Rs 19:15; Sl 80:1; 99:1; Is 37:16). A descrição desses seres no Apocalipse é simbólica. Suas asas (Ap 4:8) apontam para sua rapidez em cumprir as ordens de Deus, e seus olhos representam sua inteligência e discernimento. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 667.
7 Leão, … novilho, … homem, … águia. Aqui, cada um dos quatro seres vivente apresenta uma das quatro faces características de cada querubim da visão de Ezequiel (ver Ez 1:10; 10:14; sobre o significado dos símbolos, ver com. de Ez 1:10). CBASD, vol. 7, p. 850.
8 Seis asas. Os querubins da visão de Ezequiel tinham quatro asas (Ez 1:6; 10:21), ao passo que os serafins de Isaías contavam com seis (Is 6:2). É possível compreender as asas como indicadoras de velocidade com que as criaturas celestiais executam suas tarefas (cf. Hb 1:14). CBASD, vol. 7, p. 850.
Não têm descanso. Em geral, as pessoas trabalham durante o dia e descansam à noite, mas “não dormita, nem dorme o guarda de Israel” (Sl 121:4). O poder divino que sustenta o universo nunca dorme. CBASD, vol. 7, p. 850.
Nem de dia nem de noite. A noite interrompe a maioria das atividades humanas, mas ela não interfere no preito de louvor incessante a Deus que provém dos seres celestiais. CBASD, vol. 7, p. 850.
Santo, Santo, Santo. Este também é o brado dos serafins na visão de Isaías (ver com. de Is 6:3). Não há motivo válido para considerar que esse louvor triplo subentende uma referência à Trindade, pois é dirigido à presença que se encontra no trono, o Pai. A segunda e terceira pessoas da Trindade são representadas por outros símbolos (ver Ap 4:5; 5:6). CBASD, vol. 7, p. 850.
A repetição tripla do termo “santo” enfatiza a santidade e onipotência de Deus como manifestada no passado, no presente e no futuro. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 667.
11 Digno. Deus é “digno”de receber louvor de Suas criaturas porque lhes deu vida e tudo o mais que possuem. Ele as fez serem o que são. CBASD, vol. 7, p. 851.
Por causa da Tua vontade. Agradou a Deus criar o universo e dar vida a suas criatura. Ele percebeu que era bom fazê-lo. De Seu ponto de vista, não havia nada de desejável em permanecer sozinho em um universo vazio. Foi de Seu agrado que o universo fosse povoado por seres inteligentes, capazes de apreciar e refletir Seu amor infinito e caráter perfeito. Esse foi o propósito de Deus ao criá-los. CBASD, vol. 7, p. 851.
[…] a essência da verdadeira adoração consiste em recontar e celebrar os poderosos atos de criação e redenção da parte de Deus. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 667.
Deus é adorado por ser o criador. Bíblia de Estudo Andrews.
O ponto central deste capítulo é resumido neste verso: todas as criaturas no Céu e terra louvarão e honrarão a Deus porque Ele é o criador e Sustentador de tudo. Life Application Study Bible Kingsway.
No entanto, a cena do capítulo 4 é apenas uma preparação para a esplêndida ocasião descrita no capítulo seguinte. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 667.
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“Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, Aquele que era, que é e que há de vir” (v.8).
João foi chamado por Jesus a subir, entrar por “uma porta no céu” (v.1) e contemplar uma outra visão. Quando nosso filho mais novo tinha por volta dos quatro anos de idade, certo dia eu estava com ele no colo próximo à janela de casa. De repente, ele fixou os olhos no céu e disse: “Mamãe, vamos subir?”. Então, eu respondi: “Sim, meu filho, um dia vamos subir”. Mas ele insistiu: “Não, mamãe vamos subir agora. O homem está chamando na porta”. E ele olhava fixamente para um determinado lugar no céu. Então, percebi que ele estava vendo o que eu não conseguia ver. E, mais uma vez, ele insistiu: “Vamos, mamãe! A porta está aberta! O homem está chamando!”.
João teve a visão do trono de Deus. E a palavra trono aparece 14 vezes somente neste capítulo, deixando claro o objetivo de exaltar a Majestade dos Céus, o Rei dos reis, que de Seu trono governa todo o universo. João não encontrou palavras para descrever o aspecto do Senhor e O descreveu como semelhante a pedras preciosas (v.3). O apóstolo entrou no Santuário Celeste, de onde lhe foi revelado as coisas que deveriam acontecer. A partir dali, o discípulo começaria a contemplar de forma mais clara o destino da humanidade, o que aconteceria com relação aos períodos históricos que vimos no estudo das sete igrejas.
Além de não ter conseguido descrever com precisão a aparência do Pai, João também contemplou um arco-íris “ao redor do trono” (v.3). O primeiro arco-íris a aparecer no céu foi um sinal entre Deus e os homens, um acordo de paz (Gn.9:13). É interessante observar que o arco-íris possui sete cores, o que aponta para a perfeição das promessas divinas. João também viu vinte e quatro tronos com vinte e quatro anciãos. Esses seres celestes podem indicar alguns dos fiéis, salvos pela graça, e contemplados a representar os salvos de todo o mundo. Suas coroas representam a vitória sobre o pecado, assim como os salvos, na volta de Cristo, receberão coroas e se assentarão em tronos (Ap.2:10; 3:21). Os vinte e quatro anciãos também representam os vinte e quatro turnos que existiam entre os sacerdotes no santuário terrestre, o que, mais uma vez, confirma que João estava diante de uma visão do Santuário não feito por mãos humanas (Hb.8:2).
Mais à frente, lemos sobre a visão de “sete tochas de fogo” (v.5) que ardem. No santuário terrestre havia um candelabro com sete lâmpadas que deveriam estar sempre acesas (Êx.25:31-39). Além de simbolizar a igreja de Deus, o candelabro também representa o Espírito Santo (v.5). Então, conseguimos obter a presença da Trindade: a voz que é Cristo, o Pai em Seu santo trono e o Espírito Santo. Então, João viu quatro seres viventes de aparência incomum. O profeta Ezequiel teve semelhante visão desses seres com o mesmo aspecto (Ez.1:4-10): um semelhante a leão, que enfatiza o caráter real de Cristo, o Leão da tribo de Judá; outro semelhante a novilho, simbolizando a Jesus como Aquele que veio servir; ainda outro semelhante a homem, nisto confirmando Jesus como o Filho do homem; e, por fim, um semelhante à águia voando, o que nos leva ao texto de Isaías 40:31, que diz: “mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam”. A águia representa a divindade de Cristo, como o único capaz de nos dar a vida eterna. Estes seres declaram a todo o tempo que Santo é o Senhor, de eternidade a eternidade (v.8)! E, logo depois, erguem louvor ao Deus Criador de todas as coisas (v.11).
Meus irmãos, precisamos ter a certeza de uma coisa: não estamos sozinhos neste planeta caído. Há um Deus, que do Seu trono nos promete a vida eterna. Basta apenas aceitar. Os desígnios de Deus deixados para nós são planos de amor de um Pai amoroso que, em todas as coisas, declara ter o desejo de muito em breve nos conceder um lugar que nos está preparado desde a fundação do mundo. Antes mesmo que Ele, como Criador, proferisse a primeira palavra para criar qualquer coisa nesta terra, como Salvador já havia traçado o plano da redenção. Ele sabia que erraríamos, que cairíamos, e ainda assim escolheu nos criar, escolheu nos amar! Ouçamos, pois, a voz dAquele que nos remiu e que nos chama, hoje, a abrirmos a porta de nossa vida para que Ele se assente no trono de nosso coração e reine soberano!
Pai querido, louvado seja o Teu nome porque a porta ainda está aberta! Ainda há oportunidade de salvação para os que ainda não Te conhecem. Tu és compassivo e longânimo, Senhor! E esperas com paciência que se completem o número dos salvos. Pai, muitas vezes os nossos olhos estão velados para o sobrenatural, mas assim como meu filho viu o Senhor o chamando para subir, que, pela fé, possamos ter o mesmo desejo que ele teve de estar onde Tu estás. Enche-nos do Teu Espírito e prepara-nos para um dia nos unirmos na adoração dos anjos a declarar perante a Tua face: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso”! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, santos do Altíssimo!
Rosana Garcia Barros
#Apocalipse4 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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APOCALIPSE 4 – O livro do Apocalipse não é somente revelações do futuro; é um retorno às origens. Em meio aos juízos e trovões e as visões do porvir, a criação ressoa como um tema relevante, lembrando-nos que a história do mundo não é um acidente cósmico, mas um drama divinamente arquitetado.
Apocalipse 4 descreve uma cena majestosa e solene: João vê uma porta aberta no Céu e é chamado para contemplar a sala do trono de Deus. O trono está no centro da visão, simbolizando o poder e a autoridade divinos. É essencial essa cena para a compreensão do livro de Apocalipse, pois estabelece a base para os eventos futuros, mostrando que Deus está no controle da história.
O trono de Deus é o elemento central. Nos dias de João, o Império Romano parecia ter domínio sobre a Terra. Entretanto, essa visão assegura aos cristãos que o verdadeiro Rei do Universo não é César, nem qualquer Imperador, mas Deus. Isso nos lembra que, independentemente das circunstâncias que enfrentamos, Deus continua reinando e Sua vontade será cumprida.
O trono não está vazio. Isso é crucial, pois mostra que a história não é caótica ou determinada por forças humanas ambiciosas e corruptas. João vê Alguém semelhante a jaspe e sardônico sentado sobre ele (Apocalipse 4:1-3), indicando a glória, a santidade e a justiça divina. O arco-íris ao redor do trono aponta à fidelidade de Deus às promessas, relembrando Sua aliança com Noé (Gênesis 9:1-17).
Apocalipse 4 prepara-nos para compreender a sequência de eventos do livro, mostrando-nos que, antes das tribulações futuras, precisamos estar ancorados na certeza de que Deus reina e que toda a criação existe para glorificá-lO (Apocalipse 4:4-10).
No centro do trono celestial, um coro eterno canta a verdade que sustenta todo o Universo:
“Tu, Senhor e Deus nosso,
És digno de receber
A glória, a honra e o poder,
Porque criaste todas as coisas,
E por tua vontade elas existem
E foram criadas” (Apocalipse 4:11).
A soberania de Deus não se fundamenta apenas em Seu poder, mas em Seu ato criador. Ele não é apenas o governador do Universo – Ele é Seu arquiteto. Seu domínio não é usurpado, mas inerente, porque tudo o que existe deve sua existência à vontade divina.
Enfim, reavivemo-nos! – Heber Toth Armí.
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1845 palavras
Capítulo 4 – A visão do trono
“Apocalipse 4 descreve a sala do trono de Deus depois da ascensão de Cristo.” – LES892*, p. 71.
“Enquanto prossegue na Terra o conflito com o mal, louvor e devoção estão continuamente sendo oferecidos a Deus pelos habitantes do Céu que não têm pecado. Os capítulos 4 e 5 do livro do Apocalipse retratam diversos aspectos da mesma cena. O cenário do capítulo é a sala do trono celestial descrita no capítulo 4. Os dois capítulos juntos provêem a introdução e o cenário para a profecia dos sete selos.” – LES892, p. 57.
“Esses dois capítulos [4 e 5] apresentam o cenário em que são rompidos os sete selos como prelúdio da Segunda Vinda de Jesus.” – LES892, p. p. 71.
4:1 Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu, e a primeira voz que ouvira, voz como de trombeta, falando comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer.
Depois desta coisas – “Havendo escrito as cartas para as sete igrejas na Ásia Menor, João volta a atenção para a crise iminente em escala mundial.” – LES892, p. 58.
“O Objetivo da visão relatada em Apocalipse 4 era fortalecer os crentes, animando-os a ter fé na sabedoria, no poder e na santidade de Deus.” LES892, p. 65.
Porta aberta no céu – “No Céu. Não, ‘para o Céu’, como se João estivesse do lado de fora, olhando para dentro. Visto que, ao olhar, ele contemplou o trono de Deus, essa deve ter sido uma porta que dava acesso à sala do trono do Universo.” – SDABC, vol. 7, p. 766, citado em LES892, p. 58.
4:2 Imediatamente fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono;
Arrebatado em espírito – “O apóstolo é arrebatado em visão a uma porta dentro do Céu. Através da porta aberta ele contempla a santidade da presença de Deus numa gloriosa cena de adoração.” – LES892, p. 58.
“Compare essa visão que João teve de Deus com as visões recebidas por outros profetas bíblicos: Ezeq. 1:26-28 Isaías 6:1-4 Daniel 7:9 e 10”. – LES892, p.58.
Trono – “Apocalipse 4 descreve a sala do trono de Deus depois da ascensão de Cristo. Os vinte e quatro anciãos que foram ressuscitados com Cristo estão ali.” – LES892, p. 71.
4:3 e aquele que estava assentado era, na aparência, semelhante a uma pedra de jaspe e sárdio; e havia ao redor do trono um arco-íris semelhante, na aparência, à esmeralda.
Deus Pai assentado no trono – “O santuário israelita era um lugar no qual Deus podia habitar no meio de Seu povo num mundo pecaminoso (Êxo. 25:8). O santuário celestial é o lugar do Universo no qual Deus habita entre Suas criaturas (Apoc. 4:2-7; Sal. 11:4). Deus, que não pode ser limitado a um espaço (I Reis 8:27), escolheu tornar uma fração do espaço o local da Sua habitação no Universo.” – LES963, lição 3, p. 3A.
Jaspe – branco – santidade.
Sardônio – vermelho – misericórdia.
Arco-íris (celeste) – combinação da santidade com a misericórdia –
“Ezequiel [Ezeq. 1:26-28] e João falam de uma arco-íris ao redor do trono de Deus. Ellen White faz estes comentários: ‘No Céu, uma semelhança de arco-íris rodeia o trono, e estende-se como uma abóbada por sobre a cabeça de Cristo. … Quando o homem pela sua grande impiedade convida os juízos divinos, o Salvador, intercedendo junto ao Pai em seu favor, aponta para o arco das nuvens, para o arco celeste em redor do trono e acima de sua cabeça, como sinal da misericórdia de Deus para com o pecador arrependido.” – Patriarcas e Profetas, pág. 105.” – LES892, p. 53.
4:4 Havia também ao redor do trono vinte e quatro tronos; e sobre os tronos vi assentados vinte e quatro anciãos, vestidos de branco, que tinham nas suas cabeças coroas de ouro.
Vinte e quatro anciãos – “Quando Cristo morreu na cruz, ‘abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram; e, saindo dos sepulcros depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos.’ S. Mat. 27:52 e 53. Esses santos ressuscitados não foram deixados na Terra para morrerem pela segunda vez. Foram levados para o Céu com Jesus, como as primícias de Seu sacrifício.” – LES892, p.60.
“… aqueles que ressuscitaram com Cristo [S. Mat. 25:52 e 53] e são hoje os vinte e quatro anciãos no Céu foram mártires para Deus, desde o tempo da criação até o tempo de Cristo. Pode ser que Abel e João Batista estejam incluídos entre eles.” – LES892, p. 61.
“Aqui e em outros lugares do livro eles são retratados prostrando-se diante de Deus em adoração e louvor (Apoc. 4:10; 5:14; 7:11; 11:16; 19:4). Duas vezes é declarado que um dos anciãos conversou com João (Apoc. 5:5; 7:13), e numa ocasião os anciãos aparecem com os quatro seres viventes apresentando a Deus as orações de Seu povo (Apoc. 5:8). De dia e de noite eles prestam contínua adoração a Deus. – LES892, p.59.
O número 24 – “Em Apocalipse 4 o número 24 é usado simbolicamente. A cena toda é uma representação simbólica da realidade. Não devemos deduzir que há um número literal de 24 anciãos no Céu. Esse número chama nossa atenção para as funções dos anciãos. Como havia 24 divisões ou classes de sacerdotes que labutavam no santuário antigo, assim a obra dos anciãos é auxiliar a Cristo, nosso Sumo Sacerdote, em Seu ministério celestial.” – LES892, p. 59.
“Além de seus deveres sacerdotais no santuário […] Os antigos sacerdotes israelitas eram juízes adjuntos. Assim também, os anciãos celestiais ajudam a Cristo em Sua obra de julgamento.” – LES892, p. 59 e 60.
Vestidos brancos – “… o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc. 19:8
“As vestes brancas usadas por eles simbolizam a justiça de Cristo concedida aos crentes. Cristo, introduzido em nosso coração pelo Espírito Santo, é nossa justiça (Rom. 8:9 e 10; 10:6-10; I S. João 2:29; 3:7). As vestes brancas representam a Cristo no interior das pessoas. Sentados diante do trono de Deus no Céu há seres humanos redimidos que alcançaram a suprema vitória por meio de Cristo, que é a sua justiça.” – LES892, p. 60.
Coroas de ouro – “As coroas usadas pelos vinte e quatro anciãos representam a vitória espiritual que eles já receberam.” – LES892, p. 60.
4:5 E do trono saíam relâmpagos, e vozes, e trovões; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete espíritos de Deus;
Sete Espíritos de Deus – Ver comentário sobre Apoc. 1:4.
4:6 também havia diante do trono como que um mar de vidro, semelhante ao cristal; e ao redor do trono, um ao meio de cada lado, quatro seres viventes cheios de olhos por diante e por detrás;
Animais – “A palavra grega que algumas versões traduziram por ‘animais’ também significa ‘criaturas ou seres viventes’.” – LES892, p. 61.
“…as evidências de Ezequiel [Ezeq. 10:1, 15 e 20] são suficientes: as criaturas viventes são querubins celestiais.” – LES892, p. 62.
“Do mesmo modo que havia querubins de ouro perto do trono no santuário terrestre (Êxo. 37:7-9), no Céu há querubins de posição superior aos anjos em geral. Desempenham a função de comandantes que transmitem aos outros anjos as ordens dadas pelo próprio Senhor […] Os anjos diante do trono de Deus estão diretamente envolvidos nas questões terrestres.” – LES892, p. 62.
“Embora estivessem sustendo o trono de Deus (Ezeq. 1:26-28), estavam em contato com os acontecimentos na Terra, pois Ezequiel viu ao lado de cada criatura vivente ‘uma roda na Terra’ (Ezeq. 1:15). A ‘roda dentro da outra’ (v.16), que se estendia do Céu à Terra era dirigida pela criatura vivente. As quatro rodas representam o controle dos acontecimentos terrestres que Deus exerce por meio das criaturas viventes.” – LES892, P. 61-62.
4:7 e o primeiro ser era semelhante a um leão; o segundo ser, semelhante a um touro; tinha o terceiro ser o rosto como de homem; e o quarto ser era semelhante a uma águia voando.
Semelhantes a leão, bezerro, águia e homem – “Escritores judeus dão a entender que os símbolos em Ezequiel e no Apocalipse estão relacionados com os emblemas das tribos principais no acampamento do antigo Israel. Judá, ao leste, usava o símbolo de um leão; Rabin, ao sul, o símbolo de um homem; Efraim, ao oeste, o símbolo de um boi ou bezerro; e Dã, ao norte, o símbolo de uma águia.” – LES892, p. 62.
4:8 Os quatro seres viventes tinham, cada um, seis asas, e ao redor e por dentro estavam cheios de olhos; e não têm descanso nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, e que é, e que há de vir.
Não descansam nem de dia nem de noite – “Enquanto prossegue na Terra o conflito com o mal, louvor e devoção estão continuamente sendo oferecidos a Deus pelos habitantes do Céu que não tem pecado.” – LES892, p. 57.
“As instrumentalidades do Céu estão continuamente em atividade, efetuando sua obra e prestando louvor a Deus. João Wesley chama isso de ‘feliz desassossego’.” – LES892, p. 65.
“Eles enaltecem incessantemente a grandeza de Deus proclamando Sua santidade, poder e eternidade. Santidade é o principal atributo de Deus. (Ver Lev. 11:44 e 45).” – LES892, p. 63.
“O reconhecimento da santidade de Deus por meio de adoração, louvor e ações de graça constitui algo aceitável a Ele. Sem apropriado conhecimento da santidade de Deus e de Seu amor e cuidado por Suas criaturas, é impossível prestar-lhe serviço.” – LES892, p. 56.
“O que faz a diferença entre os que sentem temor diante de Deus e os que estão cheios de terror? […] Respeito e reverência pela santidade e poder de Deus resultam da relação de amor com Ele.” – LES892, p. 64.
4:9 E, sempre que os seres viventes davam glória e honra e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive pelos séculos dos séculos,
Glória, e honra, e ações de graças – “ Estamos à mercê do inimigo quando deixamos de ter comunhão com Deus. No culto público obtemos força ao ouvir a Palavra de Deus, cantar hinos de louvor, entregar nossos dízimos e ofertas e fazer intercessão uns pelos outros. A experiência da adoração foi designada para nossa edificação e crescimento espiritual.” – LES892, p. 59.
“As cenas de adoração no Apocalipse foram reveladas a João para conforto e encorajamento da Igreja. Como devo ter comunhão com Deus e com Seu povo? Heb. 10:23-25.” – LES892, p. 59
Olhos – Ver comentário sobre Apoc. 5:6.
4:10 os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o trono, e adoravam ao que vive pelos séculos dos séculos; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo:
Lançavam as suas coroas diante do trono – “Simbolicamente, isto denota o reconhecimento da superioridade e benevolência de um monarca.” – LES892, p. 65.
4:11 Digno és, Senhor nosso e Deus nosso, de receber a glória e a honra e o poder; porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade existiram e foram criadas.
Digno és … porque Tu criaste – “O dever de adorar a Deus se baseia no fato de que Ele é o Criador, e que a Ele todos os outros seres devem a existência.” – O Grande Conflito, p. 436.
Por causa da Tua vontade – “Aprouve a Deus trazer à existência o Universo e dar vida a suas criaturas. Ele viu que era bom fazer isso. Do seu ponto de vista, não era desejável estar só num universo vazio. Ele achou conveniente povoar o Universo de seres inteligentes, capazes de apreciar e refletir Seu amor infinito e caráter perfeito. Esta foi a Sua intenção ao criá-los.” – SDABC, vol. 7, p. 769, citado em LES892, p. 65.
LES892 – Lição da Escola Sabatina, 2º trimestre de 1989.