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Texto bíblico: https://www.bibliaonline.com.br/nvi/is/26
Neste capítulo, Isaías retrata o coral dos justos no fim dos tempos com sua atenção dirigida à Sião Celestial (v. 1). Os salvos prestes a entrar na cidade pedem que se abram as portas para a nação dos justos entrar (v. 2). A canção reflete as características de confiança daqueles que compõem a multidão de salvos: mantiveram paz espiritual porque guardaram um propósito firme de confiar em Deus somente (v.3).
A razão para essa confiança “no Senhor” é que Ele é a Rocha eterna (v.4). Cristo é a Rocha – o reino que, no sonho de Daniel 2 atinge todos os demais reinos e enche o mundo inteiro, na Sua Segunda Vinda.
Ao final, Isaías fala ao seu povo que se esconda por um momento (v. 20) até que passe a ira de Deus “para castigar os moradores da terra por suas iniquidades” (v. 21 NVI). “O juízo é, para o Senhor, ‘obra estranha’ (Is 28:21); mas o momento da ira divina contra os ímpios é também o de livramento e triunfo do povo de Deus”. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4, p. 207. Por ocasião do retorno de Cristo aqueles que morreram fiéis à Deus serão ressuscitados.
Koot Van Wick
Coreia do Sul
Texto original: https://www.revivalandreformation.org/bhp/en/bible/isa/26
Tradução: Pr Jobson Santos/Jeferson Quimelli/Gisele Quimelli
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1090 palavras
1 Naquele dia. Isto é, o grande dia do Senhor retratado nos capítulos 24 e 25. Este dia será de angústia e destruição para os ímpios, mas de salvação e alegria para o povo de Deus. Este capítulo é um cântico de esperança e confiança do povo de Deus, quando as dificuldades inundarem a Terra e Cristo estiver prestes a voltar pra reinar.
Temos uma cidade forte. Nos dias de Isaías, essa cidade era a Jerusalém histórica e o monte Sião (Is 24:3). Senaqueribe empregou o poder da Assíria contra Jerusalém, mas não a conquistou… Deus fez de Jerusalém uma fortaleza e cidade de salvação cujos muros eram intransponíveis.
2 A nação justa. Jerusalém se a chamada “cidade de justiça, cidade fiel” (Is 1:26) porque seus participantes serão santos e justos. Apenas os que são leais a Deus e os que O servem com fidelidade podem esperar entrar “na cidade pelas portas” (Ap 22:14; ver com. [CBASD] de Mt 7:21-27).
3 Em perfeita paz. O cristão maduro está em paz com Deus, consigo mesmo e com o mundo ao redor. … Problemas e agitação podem rodear o povo de Deus, contudo, ele ainda desfruta calma e paz de espírito das quais o mundo nada sabe. Essa paz interior reflete-se no semblante alegre, temperamento tranquilo e na vida fervorosa que estimula as pessoas ao redor. A paz do cristão não depende das condições de paz no mundo, mas se o Espírito de Deus habita em seu coração (ver com. de Mt 11:28-30; Jo 14:27).
5 Na cidade elevada. Talvez Babilônia (ver com. [CBASD] Is 25:2), a cidade cujo rei arrogante queria estar acima das estrelas de Deus (ver com. de Is 14:4, 13). A Babilônia e a Jerusalém espirituais sempre foram arqui-inimigas no grande conflito…
6 Os pés dos aflitos. Isto é, do povo oprimido de Deus (ver com. de Mt 5:3). Antigamente, os conquistadores eram representados em monumentos de vitória com os pés no pescoço dos inimigos conquistados. Esta passagem diz que o afligido e o humilde pisarão os pés sobre a orgulhosa Babilônia, que se prostrará perante eles. O fiel povo de Deus por muito tempo suportou a cruel opressão de Babilônia, mas os papéis se inverterão. Babilônia será humilhada no pó e o povo de Deus triunfará sobre ela. Isaías 14:2 diz: “cativarão aqueles que os cativaram e dominarão os seus opressores” O mesmo se dará com a Babilônia espiritual.
8 O desejo. Os justos anseiam ser como Deus e estar com Ele. O “nome” de Deus revela Seu caráter e vontade. O desejo sincero do povo de Deus é de uma manifestação plena de Sua vontade, para que possa andar nos caminhos e propósitos divinos.
9 Com minha alma. A alma de Isaías suspira por Deus como a do salmista (Sl 42:1, 2; 62:1, 5; 63:1, 5, 6). Quer o ser humano compreenda ou não, os desejos do coração só pode ser satisfeitos com o conhecimento de Deus e a comunhão com Ele. Sem Deus, sempre faltará algo no coração e na vida que nada neste mundo pode suprir plenamente.
Teus juízos. Há aqueles que se preocupam tanto com as coisas deste mundo que nada, a não ser os juízos divinos, os despertarão.
10 Favor. O oposto de “juízos” (v. 9). A prosperidade não consegue obter o mesmo que a adversidade. Alguns não apreciam a bondade nem aprendem com ela. Embora rodeados de uma atmosfera de bondade e justiça, eles não correspondem, mas continuam agindo de forma injusta.
11 O Teu furor, por causa dos Teus adversários. Isto é, “o fogo [reservado] para Teus inimigos”.
12 Por nós. Deus trabalha constantemente por Seu povo, nunca contra ele. As provas e decepções que experimentam são para seu bem.
13 Outros senhores. Provavelmente uma referência a nações como Egito e Assíria. Por algum tempo, Israel foi forçado a se submeter ao seu controle, mas reconhecia apenas um Senhor: Deus.
14 Mortos. Isto é, os inimigos de Israel que buscaram destruí-lo. Isso aconteceu com o exército egípcio no mar Vermelho e com os assírios sob o comando de Senaqueribe.
15 Aumentaste o povo. Isto é, Judá. Em contraste, todos os inimigos de Judá pereceram (v. 14).
A todos os confins da terra dilataste. De acordo com o plano original de Deus, as fronteiras de Israel seriam estendidas pouco a pouco até que abarcassem o mundo todo (ver p. [CBASD] 15-17). Quando Israel rejeitou a Cristo, e foi, por sua vez, rejeitado, a igreja cristã herdou a promessa da expansão nacional, a ser cumprida definitiva e completamente na nova Terra (ver p. [CBASD] 17, 21, 22.
16 Na angústia Te buscaram. Eles buscaram a Deus como resultado do castigo. Dificuldades estimulam a busca sincera de pessoas ansiosas por livramento.
17 Como a mulher. A comparação expressa a amarga angústia e consternação do povo de Deus na hora da provação (Jr 4:31; 6:23, 24; 30:6; ver com. [CBASD] de Is 13:8). Essa dolorosa experiência será seguida de uma eternidade de alegria (ver Jo 16:20, 21).
18 O que demos à luz foi vento. Séculos de esforço não parecem ter produzido resultados dignos. Israel sentia ter servido a Deus em vão. As gloriosas promessas não foram cumpridas.
19 Os vossos mortos. Das experiências insatisfatórias do presente, a atenção do profeta é dirigida novamente às alegrias gloriosas do futuro, quando “os mortos em Cristo ressuscitarão” para estar com o Senhor (1Ts 4:16, 17). Ezequiel comparou a restauração dos judeus após o cativeiro babilônico a ressurreição dos mortos (Ez 37:1-14). A libertação do poder do inimigo foi um símbolo da libertação maior do poder de Satanás e da morte. O retorno dos judeus da Babilônia histórica prefigurou a libertação de todo o povo de Deus da Babilônia espiritual (ver com. [CBASD] de Ap 18:2, 4).
Que habitais no pó. Isto é na sepultura (Gn 3:19; Ec 12:7).
20 Ira. Isto é, a ira de Deus contra os inimigos. A “ira” de Deus tomará forma nas sete últimas pragas (Ap 14:10; 15:1; cf. Is 34:2; Na 1:6). Enquanto os primogênitos no Egito eram mortos, o povo de Deus devia permanecer nos seus lares (Êx 12:22, 23). Durante as sete pragas, Deus convida seu povo a fazer dEle seu esconderijo, que Ele seja para eles “refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Sl 46:1). Assim protegido, Seu povo não deve temer “ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem do seio dos mares” (Sl 46:2; cf. 25:5; 91:1-10). A ira de Deus dura “por um momento”(Is 54:8; cf. Sl 30:5). O juízo é, para o Senhor, “obra estranha” (Is 28:21); mas o momento da ira divina contra os ímpios é também o de livramento e triunfo do povo de Deus.
21 Descobrirá o sangue. Esta Terra está poluída por crimes e por sangue inocente derramado, que clama por vingança, como o sangue de Abel (Gn 4:10; Ap 6:10; 18:20, 24; 19:2; sobre a vingança do senhor sobre os ímpios, ver Mq 1:3-9; Jd 14, 15; Ap 19:11-21).
Fonte: CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 4.
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“Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em Ti” (v.3).
As cenas finais deste mundo têm passado diante de nossos olhos como se fossem cenas de um filme do Apocalipse. “Como a mulher grávida, quando se lhe aproxima a hora de dar à luz” (v.17), os sinais se intensificam e nos revelam a brevidade do advento do nosso Salvador. Em tons de urgência, a voz do terceiro anjo (Ap.14:9-12) tem se intensificado e os juízos do Senhor têm sido derramados sobre a Terra em porções de alerta, em resposta ao povo que nEle espera (v.8).
A confiança perpétua (v.4) só estará no coração de todo aquele que em seu refúgio de oração e comunhão procurou seguir a ordem do Senhor: “Vai, pois, povo Meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti” (v.20). Em lugares secretos, seguindo a ordem do Mestre (Mt.6:6), espalhado por este mundo, existe um exército do Senhor. Sua armadura? A de Deus (Ef.6:10-12). Seu escudo? A fé (Ef.6:16). Sua arma? A “espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef.6:17). Seu grito de guerra? A oração e a súplica (Ef.6:18). Sua estratégia? A perseverança (Ef.6:18; Mt.24:13). Eis o verdadeiro exército do Senhor na Terra! Eis o grupo daqueles “cujo propósito é firme” (v.3)!
Deus “põe a salvação por muros e baluartes” (v.1) ao redor de Seu exército de intercessores e confirma-os para o glorioso Dia em que dará a ordem defronte à Cidade Santa: “Abri, vós as portas, para que entre a nação justa, que guarda a fidelidade” (v.2). Com fé e esperança guardaram a Palavra do Senhor no coração (Sl.119:11) e construíram sua vida sobre o firme alicerce da “Rocha Eterna” (v.4). Do Senhor recebem a paz e todas as suas obras são o resultado atuante do Espírito Santo na vida (v.12).
A missão que não foi cumprida por Israel, está se cumprindo em nossos dias e o evangelho do Reino tem sido pregado “a todos os confins da Terra” (v.15). Deus tem aumentado o Seu povo e por ele tem sido glorificado (v.15). “Vindo sobre eles” a correção do Senhor, derramam “as suas orações” (v.16), aguardando a sua breve redenção. E ainda que a morte os alcance, “viverão e ressuscitarão” (v.19): “Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham” (Ap.14:13). Quando a trombeta de Deus ressoar e a voz do Arcanjo anunciar: “despertai e exultai”, então, “a terra dará à luz os seus mortos” (v.19), “e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (1Ts.4:16).
Mesmo que nossos olhos mortais não permitam que vejamos, a mão do Senhor “está levantada” (v.11), zelando pelo Seu povo e derramando os Seus juízos sobre os Seus adversários. A misericórdia de Deus está estendida até sobre o perverso, mas “nem por isso aprende a justiça […] e não atenta para a majestade do Senhor” (v.10). Em cada sentença das Escrituras há a revelação do amor de Deus por Suas criaturas e o desejo intenso de salvá-las definitivamente. O Senhor precisa por um fim neste mundo de pecado, onde a maldade não possui mais limites! Ele está prestes a sair do Seu lugar de intercessão “para castigar a iniquidade dos moradores da Terra” (v.21). Cristo está prestes a trocar as Suas vestes sacerdotais pelas vestimentas de Juiz Justo. E o que estamos fazendo com a oportunidade que ainda nos resta?
Amados, é tempo de suspirarmos de noite e de dia pelo regresso do nosso Senhor! É tempo de procurarmos a presença de Deus diligentemente (v.9)! Busque a Deus enquanto ainda pode achá-Lo (Is.55:6)! Isto não é um apelo emocional, mas uma questão de vida ou morte! Em meio ao caos de um mundo em colapso; da quantidade absurda de criancinhas morrendo de fome; do declínio moral e ético da sociedade; do constante aumento de crimes cruéis; da indiferença para com Deus e Sua Palavra; que no nome do Senhor e na Sua memória esteja “o desejo da nossa alma” (v.8). Que a nossa vida declare, noite e dia: “Senhor, Te esperamos” (v.8)!
Pai amado, “concede-nos a paz, porque todas as nossas obras Tu as fazes por nós” (v.12). Ajuda-nos a permanecer em fidelidade diante de Ti e dos homens, ainda que caiam os céus! Enche o nosso coração do Teu Espírito até que não reste mais nada de nós! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, exército do Deus vivo!
Rosana Garcia Barros
#Isaías26 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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ISAÍAS 26 – Ao estudarmos seriamente um texto bíblico, é de suma importância utilizar recursos da exegese para interpretá-lo, os elementos da hermenêutica para compreender seu significado mais amplo, e da homilética para aplicá-lo corretamente.
Estudando desta forma, enriqueceremos com a mensagem bíblica, fortaleceremos nossa fé e nortearemos nossas ações conforme a orientação divina.
Isaías 26 inclui uma série de hinos de louvor e lamentações que fazem parte de uma seção do livro que abrange os capítulos 24 a 27. Essa parte é conhecida como “Apocalipse de Isaías” ou “Pequeno Apocalipse”, pois contém elementos semelhantes a textos apocalípticos, focando em eventos escatológicos – referentes aos últimos dias.
Especialmente, em Isaías 26 há uma expressão de confiança e louvor em meio à expectativa da redenção divina: Os versículos…
• …1-11 apresentam um hino destacando a cidade fortificada e a segurança que Deus proporciona ao Seu povo – esse é o segredo da confiança de quem depende de Deus!
• …12-15 descrevem a espera paciente do povo de Deus pela manifestação de Seu juízo e Sua justiça. Nisso está a fonte da paz diante das injustiças sofridas nesta vida.
• …16-21 retomam a confiança em Deus como Juiz justo; a seção conclui com chamado à oração pelo estabelecimento do reino de Deus e pela redenção do povo que lhe busca e se entrega-se a Ele. Assim, os indivíduos conseguem estabilidade emocional mesmo em um mundo moribundo.
Aqueles que confiam na proteção divina o fazem porque a Palavra revelada assegura que o próprio Deus guardará “em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque confia em Deus”; esse Deus “é a Rocha Eterna” – poderoso, invencível, que luta por Seu povo.
Aqueles que têm assegurado seu destino, ainda que sejam ceifados pela morte, andam pelo suave caminho provido por Deus; andam pelo caminho das ordenanças divinas, pois no íntimo do coração suspiram por Deus durante a noite e logo cedo anseiam por Ele.
Ciente destas verdades, focado na doutrina da ressurreição, o apóstolo Paulo conclui sua exposição sobre esta esperança com um apelo: “Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil” (I Coríntios 15:58).
Portanto, se cremos nisto, então devemos reavivarmo-nos! – Heber Toth Armí.