Filed under: Sem categoria
“Os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem e veem todos os seus passos” (v.21).
Diferente de seu discurso inicial mais brando e, aparentemente, sem a intenção de engrandecimento próprio, Eliú aumentou o volume de sua indignação. Apesar de ter incitado Jó a falar, ele prosseguiu com seus discursos mediante o silêncio de Jó e de seus amigos. Não consigo ver Eliú como quem esperava aplausos, mas, certamente, ele esperava que suas palavras fossem bem compreendidas, e aceitas as suas razões. Contudo, ele acabou caindo no mesmo erro dos demais, em interpretar o sofrimento de Jó como um castigo merecido e suas palavras como uma afronta “contra Deus” (v.37).
Julgando precisar Deus de um advogado, Eliú arguiu sobre o que não sabia e lançou sobre Jó o opróbrio da ignorância. Em uma coisa, porém, ele tinha razão: “Os olhos de Deus estão sobre os caminhos do homem e veem todos os seus passos” (v.21). Esta verdade, por si só, deveria fazê-lo calar. A tentativa de Jó em justificar-se, e as palavras de todos os que o acusavam, era totalmente desnecessário visto que “todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos dAquele a Quem temos de prestar contas” (Hb.4:13). Não há nada que seja oculto a Deus. Aquele que nos criou sabe exatamente do que somos formados e lê cada intenção camuflada.
Permanecendo fiel em sua integridade, Jó representa todas as gerações de fiéis que permanecem íntegros ainda que duramente provados. A prova não representa perigo àqueles que mantém uma íntima ligação com Deus, que confiam na perfeita provisão de seu Redentor. Mesmo cercados por inveja, crítica e perseguição, como José no Egito, Daniel em Babilônia e Jó entre acusadores, cheios do temor do Senhor, seus corações vibram pela fé viva nAquele que é poderoso nas batalhas e justo para, no tempo determinado, levantar-Se para defendê-los.
A nossa luta, amados, não consiste em vestir a armadura de Deus e usá-la com a autoridade que não nos foi dada. A armadura não é para atacar ninguém, nem tampouco para justificação própria. A armadura é Cristo! “Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm.13:14). Revestidos de Cristo, de Sua verdade, Sua justiça, Sua pregação, Sua fé, Sua salvação, Sua Palavra, estamos tão somente aceitando a vitória que Ele já nos conquistou.
Qual é então o nosso papel, hoje, como o povo de Deus que aguarda a Sua promessa? É que tenhamos a atitude que Satanás mais receia: “Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar, e Me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2Cr.7:14). Quando o remanescente de Deus estiver unido neste propósito, então, “à meia-noite, os povos são perturbados e passam” (v.20), mas os redimidos do Senhor, “pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas” (Hb.6:12). Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, fiéis à toda prova!
Rosana Garcia Barros
#Jó34 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
Deixe um comentário so far
Deixe um comentário