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Texto bíblico: https://www.bibliaonline.com.br/nvi/jó/34
Eliú esperou para falar até que os mais velhos terminassem de repreender Jó. Irritado com Jó por ele se justificar, o jovem atacante, arrogantemente, deixa escapar: “Ouça-me. Ensinarei a você a sabedoria.” Assumindo o papel de advogado de defesa da divindade, Eliú insiste que Deus sempre retribui as pessoas com justiça, por suas ações. O sofrimento de Jó seria decorrente de algum pecado que ele havia cometido.
Essa ética causal da justiça de Deus era comum nos tempos do Antigo Testamento. Bom comportamento significava bênçãos. Mau comportamento era igual a sofrimento. Era uma abordagem “dente-por-dente” da vida, lógica e gerenciável. Essa crença ainda permeia religiões cármicas como hinduísmo e budismo.
No entanto, o livro de Jó destrói essa ilusão equivocada. Descobrimos que o sofrimento pode ocorrer sem causas conhecidas. O sofrimento nem sempre é o resultado direto de nossos pecados. Uma visão tão mal-informada do sofrimento omite a realidade do Grande Conflito e cria uma angústia espiritual desnecessária.
Os que sofrem não devem ser castigados por algum pecado não identificado que lhes possa ter causado o sofrimento. Afogando-se em dores misteriosas e imerecidas, os doentes precisam de amigos amáveis e ouvintes que não os julguem. Eles precisam da presença de um Salvador que também sofreu imerecidamente. O sofrimento nem sempre vem com uma explicação clara de 2 + 2 = 4.
Lori Engel Capelã (atualmente com deficiências),
Eugene, Oregon EUA
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