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“Tais são, na verdade, as moradas do perverso, e este é o paradeiro do que não conhece a Deus” (v.21).
Bildade fez uma espécie de trocadilho quando disse que Jó caçava palavras para persuadir a ele e a seus amigos, e descreveu a sorte do perverso usando de metáforas relacionadas à caça de animais. O seu reclamo desta vez se referia ao seu orgulho ferido, pela incompreensão com relação ao discurso de um homem moribundo e exausto pela dor. Jó não duvidou da inteligência de seus amigos, mas compartilhou a sua aflição, sendo sincero em dizer que estava sofrendo pela falta de compaixão por parte deles. Mas parece que quanto mais ele procurava fazê-los entender que precisava de consolo e de amigos de oração, tanto mais eles se revolviam em seu orgulho e fechavam os ouvidos para compreendê-lo.
Bildade descreveu a sorte do homem perverso não com a intenção de se referir a alguém de fora, mas ao próprio Jó. Imputando a este a culpa por toda a sua desgraça, insinuou de que tudo o que estava acontecendo com Jó era porque ele havia “caçado” o seu próprio infortúnio. No entanto, de todos os insultos e acusações já proferidos contra ele, até então, dizer que Jó não conhecia a Deus (v.21), sem dúvida, foi o pior deles. Ainda que em condição totalmente desfavorável, Jó sabia em Quem havia crido e não abriria mão desse conhecimento que salva. Quando em oração por nós, Jesus nos revelou esse precioso conhecimento: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo.17:3).
Jó poderia ter encerrado os discursos desagradáveis de seus amigos apenas com um: “É, vocês têm razão”. Ele poderia ter fingido uma empatia e aceitação só para se ver livre de mais insultos e humilhações. Mas ele escolheu andar em sinceridade e terminar os seus dias com honestidade. Não estava ali para agradar aos zombadores, mas para estar limpo diante de Deus. Como está escrito: “Porventura, procuro eu, agora, o favor de homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse a homens não seria servo de Cristo” (Gl.1:10).
O verdadeiro conhecimento de Deus deve ir além da página impressa; além da teoria. Ele promove transformação e busca diária pelo aperfeiçoamento do caráter em Cristo Jesus. E isso só se torna possível mediante uma vida de íntima comunhão com Deus. É quando o Espírito Santo muda o velho homem e abranda o coração, transformando-o “de glória em glória” (2Co.3:18), à imagem de quem o criou. Essa imagem vai muito além do que o homem consegue ver, porque “o homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1Sm.16:7).
Procuremos, pois, a santificação a cada dia por meio do estudo da Bíblia (Jo.17:17), da oração (Cl.4:2), do relacionamento diário com Deus (Mt.6:33) e o Espírito Santo nos capacitará a pensar, falar e fazer o que Lhe agrada, ainda que em circunstâncias desfavoráveis. “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os.6:3). Vigiemos e oremos!
Bom dia, conhecedores de Deus!
Rosana Garcia Barros
#Jó18 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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