Filed under: Sem categoria
“Atentai para as minhas razões e dai ouvidos à minha exposição” (v.17).
Um contraste é apresentado neste capítulo: o falatório dos amigos de Jó e o silêncio de Deus. Em defesa de sua integridade, Jó apelou para a consciência dos que o acusavam e questionou as razões de seu sofrimento ao Senhor. Mesmo diante de seu deplorável estado físico, econômico e emocional, Jó não permitiu que seus amigos o tratassem como inferior e os classificou como “médicos que não valem nada” (v.4). Quem dera tivessem se calado, e seriam considerados sábios!
Jó já não alimentava esperança alguma nesta Terra. Como “uma coisa podre que se consome e como a roupa que é comida da traça” (v.28), seu corpo emanava o odor da morte. Para ele e para aqueles que o viam, era só uma questão de tempo e seus gemidos cessariam. Foi mediante esse pensamento, que resolveu externar a sua agonia independente do que ouviria em seguida. Jó mudou o rumo do seu discurso para o Santo Ouvinte, para Aquele com Quem havia aprendido a se relacionar e a confiar. Sua inquietação era conhecer o motivo de sua desventura.
O pedido de Jó: “Notifica-me a minha transgressão e o meu pecado” (v.23), deveria ser o nosso pedido diário. Não como uma resposta ao sofrimento, mas como uma forma de estreitarmos a nossa relação com Deus e dEle dependermos; para confessarmos as nossas transgressões e vivermos em novidade de vida, como está escrito: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia” (Pv.28:13). Jó foi sincero em suas palavras e não buscou o favor de homens, mas buscava desesperadamente a aprovação de seu Amigo e Redentor.
Além de escavar no passado os tesouros de seu íntimo relacionamento com o Senhor, o flagelo de Jó o fez revirar a lama dos pecados de sua mocidade (v.26). Essa é uma estratégia que o Maligno usa constantemente contra os filhos de Deus. Mediante as tempestades da vida, ele nos traz à memória lembranças de pecados já confessados e abandonados; e num jogo desleal e cruel, faz de tudo para desviar o nosso olhar do compassivo Salvador e de Seu perdão irrevogável. Assim como a nuvem que descarrega a tempestade se dissipa e nunca mais se refaz, os pecados perdoados são lançados “nas profundezas do mar” (Mq.7:19), e de lá jamais serão retirados.
“Melhor é buscar refúgio no Senhor do que confiar no homem” (Sl.118:8). Jesus, que é a própria Palavra (Jo:1:1), nos deixou exemplo disso. Nas madrugadas, em Seus lugares solitários, Ele buscava no Pai a sabedoria e a força para enfrentar as batalhas de cada dia. A Sua comunhão com o Céu foi o que O sustentou no deserto, O guiou em Seu ministério terrestre, e O fortaleceu até à cruz. A vontade de Deus era o seu alimento, e a oração, o Seu oxigênio. Assim como Jó sofreu com o silêncio de Deus, Jesus padeceu em agonia por sentir em nosso lugar o terrível castigo da ausência do Pai. Mas porque Cristo vive, nós também viveremos (Jo.14:19).
Abra o seu coração ao Senhor e O busque com sinceridade! E quando encontrá-Lo, você descobrirá a verdadeira felicidade: “esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:13 e 14). Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, novas criaturas em Cristo!
Rosana Garcia Barros
#Jó13 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
Deixe um comentário so far
Deixe um comentário