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“Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto” (v.6).
A sequência de histórias que veremos a partir do capítulo de hoje, confirma o que está relatado no início do livro de Juízes: “Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel” (Jz.2:10). Ou seja, era uma geração idólatra, corrompida, onde cada um tinha sua própria forma de julgar o que era correto ou não. E o povo tinha se corrompido a tal ponto que veremos nos próximos capítulos as consequências terríveis que isto lhes causou. Portanto, amados, o que veremos daqui por diante é uma clara e urgente advertência divina: “fugi da idolatria” (1Co.10:14).
“Havia um homem da região montanhosa de Efraim cujo nome era Mica” (v.1). Sua mãe havia sido furtada. Levaram dela “mil e cem ciclos de prata” (v.2), o que era uma grande riqueza para a época. E observem que se tratava da mesma quantia prometida a Dalila por cada príncipe dos filisteus (Leia Jz.16:5). Uma coincidência bem intrigante. Mas continuando a história, na tentativa de reaver o seu dinheiro, a mãe de Mica lançou uma maldição sobre a pequena fortuna. As maldições eram muito temidas entre os povos do Oriente. Certamente, com receio da “praga” lançada pela mãe, Mica resolveu confessar que havia sido o autor do furto: “eis que esse dinheiro está comigo; eu o tomei”. Para espanto e temor da mãe, o que havia sido uma maldição, ela tentou transformar em uma aparente bênção: “Bendito do Senhor seja meu filho” (v.2).
Na tentativa de afastar do filho a maldição que ela mesma lançou, pensou estar fazendo grande feito destinando parte daquela soma para a confecção de imagens de escultura. E Mica passou “a ter uma casa de deuses” (v.5). Certo dia, ia passando um levita que andava errante e pensando: “vou ficar onde melhor me parecer” (v.9). Mica lhe ofereceu a sua “casa de deuses” e uma vida tranquila se ele ali ficasse e lhe oficiasse como sacerdote. “Então, disse Mica: Sei, agora, que o Senhor me fará bem, porquanto tenho um levita por sacerdote” (v.13).
Todo este relato apresenta elementos de bastante relevância para a nossa compreensão sobre a importância em conhecer o Senhor e a Sua Palavra. Deus havia firmado uma aliança com o Seu povo e jamais voltaria atrás. Mas Israel abandonou o Senhor, deu as costas ao primeiro amor. Adulterou com outros deuses, permitindo que a imagem de Deus fosse apagada de seu coração. Sentiam a necessidade de imagens de fundição, pois não conheciam o verdadeiro Deus. A fala do levita: “vou ficar onde melhor me parecer” (v.9), ilustra a realidade de muitos que possuem o título de cristão, mas que, na realidade, buscam somente uma religião que lhes seja conveniente. Não estudam a Bíblia para descobrir a verdade, mas para adaptá-la aos seus próprios conceitos.
A tentativa de Mica em adorar a Deus da forma errada é um retrato de gerações e gerações que têm seguido pelo mesmo caminho. Por isso que Jesus, referindo-se ao grande Dia de Sua volta, disse que muitos se achegarão a Ele dizendo: “Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade” (Mt.7:22-23). A estes, Ele também dirá: “Em verdade vos digo que não vos conheço” (Mt.25:12).
Fazer o que pensamos ser correto e não o que Deus nos manda fazer não se chama adoração, e sim contrafação. Assim diz o Senhor: “Estendi Minhas mãos todo dia a um povo rebelde, que anda por caminho que não é bom, seguindo os seus próprios pensamentos” (Is.65:2). Tendo à nossa disposição o Espírito Santo como nosso Guia e Mestre da Palavra de Deus, não temos desculpas para permanecer no erro, meus irmãos. À semelhança do eunuco, que foi ensinado por Filipe (Leia At.8:26-40), o Espírito do Senhor permanece recrutando servos e servas de Deus com a mesma disposição de apresentar o evangelho eterno aos que, de coração sincero, desejam aprendê-lo e vivê-lo.
“Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Os.6:3). Então, “como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o Teu Deus” (Is.62:5). Que em uma geração de verdades relativas e ideologias para todos os gostos, a verdade absoluta da Palavra de Deus seja lâmpada para os nossos pés e luz para nossos caminhos (Sl.119:105). Você tem separado um tempo especial de comunhão com Deus nas primeiras horas da manhã, através da oração e do estudo da Bíblia? Não conheço a sua realidade, mas imagino que ela deva corresponder à rotina da maioria: corrida e cansativa. O Senhor nos desafia a provar de Sua bondade! Acorde de madrugada se preciso for! Encontre o Senhor nas primeiras horas da manhã e não O perderá de vista no restante do dia.
Desperta, povo do Deus Altíssimo! Eis que vem o Noivo! E qual será a nossa realidade? Dormindo preparados, com o azeite reserva ao lado, ou com nossas lâmpadas apagadas?
Nosso Pai Celestial, a Tua Palavra diz que não há nada novo debaixo do sol, porque tudo se repete e temos visto o mesmo acontecer em nossos dias, onde cada um tem agido segundo seu próprio conceito do que seja correto. Ó, Senhor, não queremos agir assim! Mas que a Tua Palavra seja a nossa regra de fé e prática. Que prossigamos em Te conhecer, pois o Teu conhecimento é vida eterna, Senhor. E que o Teu Santo Espírito nos guie pelas sendas da Tua justiça e seja o azeite divino mantendo nossas lâmpadas acesas até que Cristo volte. Em nome dEle nós Te oramos, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz semana, guiados pelo Espírito Santo!
Rosana Garcia Barros
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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