Reavivados por Sua Palavra


JUÍZES 14 — Rosana Barros by Ivan Barros
27 de novembro de 2025, 0:45
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“Porém, seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos ou entre todo o meu povo, para que vás tomar esposa dos filisteus, daqueles incircuncisos? Disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque só desta me agrado” (v.3).

No capítulo anterior, estudamos sobre o nascimento de Sansão, suas implicações e missão. A Bíblia não relata sua infância, mas revela o mais importante: a bênção de Deus estava sobre ele. Entre o desejo de Deus de nos abençoar e a nossa aceitação em fazer a Sua vontade há um espaço chamado livre escolha. E Sansão resolveu usar desta liberdade para se casar com a mulher que seus olhos cobiçaram. Entretanto, surge uma intrigante questão no versículo quatro, quando diz: “Mas seu pai e sua mãe não sabiam que isto vinha do Senhor […]”. Parece que tudo ficou confuso agora, não é mesmo? Convido-os a analisar o contexto:

Deus escolheu Sansão para ser libertador de Israel, correto? Correto. Ele cresceu debaixo da bênção de Deus, certo? Sim. Então, isto o obrigava a sempre fazer a vontade de Deus, certo? Errado! Apesar de o sábio Salomão dizer que é nosso dever temer a Deus e guardar os Seus mandamentos (Ec.12:13), não é algo que nos é imposto. Quando Adão e Eva pecaram, bastava Deus tê-los destruído e criado outros em seu lugar. Mas Ele não fez isso, pois não faz parte de Seu caráter justo e de amor agir de tal forma. Por que, pois, a Bíblia diz que aquela união em jugo desigual “vinha do Senhor”? Em Êxodo 34:12 e 16, lemos: “Abstém-te de fazer aliança com os moradores da terra para onde vais, para que te não sejam por cilada […] e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses”. Esta ordem do Senhor era para preservar o povo de duas coisas: da corrupção moral dos pagãos e da idolatria que os faria esquecer do Senhor e de Seus mandamentos.

Muitas vezes, tomamos a direção contrária à vontade de Deus, mas Ele, que sonda os corações, sempre faz de tudo para trazer Seus filhos novamente para o caminho seguro. Ao colocar um leão no caminho de Sansão, Deus provou ainda estar com ele, mesmo diante de sua constante rebeldia. A princípio, não foi o melhor dos encontros e nem tampouco era o que podemos chamar de caminho seguro, mas foi o que Deus usou para tentar evitar um casamento que seria bem pior do que enfrentar um animal selvagem. E Deus usou da ocasião para que Sansão ferisse os filisteus, dando início ao cumprimento da missão que lhe foi designada como libertador de seus irmãos.

Assim como o Espírito Santo fez Sansão matar aquele leão com as próprias mãos, Deus não permite que as dificuldades sejam maiores do que a força que Ele nos promete para vencê-las. Porém, quando escolhemos o caminho fácil, aparentemente sem “leões”, ou sem ninguém para interferir em nossos gostos e vontades, acontece como naquele casamento: há um curto período de festa e de alegria, mas no fim percebemos a amargura de nossas más escolhas e que elas afetam não somente a nós, mas a todos os envolvidos. Entendem agora o sentido do versículo quatro? Não que Deus aprovasse aquele casamento, mas que a usaria para tentar salvar Sansão de si mesmo, de seu egoísmo e presunção. Ele podia ser o homem mais forte fisicamente, mas havia se tornado o mais débil espiritualmente. Sobre as más escolhas de Sansão, Ellen White escreveu:

“Em sua festa nupcial foi levado Sansão à associação familiar com os que odiavam ao Deus de Israel. Quem quer que voluntariamente entre para uma relação tal, sentirá a necessidade de se conformar até certo ponto com os hábitos e costumes de seus companheiros. O tempo assim despendido é mais que desperdiçado. Entretêm-se pensamentos e falam-se palavras que tendem a derribar as fortalezas dos princípios e enfraquecer a cidadela da alma” (Patriarcas e Profetas, CPB, p.563).

Aquela ilustração da colmeia na boca do leão bem poderia ser a tentativa divina de dizer a Sansão que o caminho que ele havia escolhido era perigoso, mas que, se ele se arrependesse e obedecesse à Sua Palavra, o Senhor o levaria a saborear o doce sabor da vitória. Como o salmista, sigamos o caminho que conduz à vida: “De todo mau caminho desvio os pés, para observar a Tua Palavra […] Quão doces são as Tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca!” (Sl.119:101 e 103). Escolha ser fiel, enfrente seus “leões” com Deus, e Ele lhe dará a mais doce vitória.

Santo Deus, por Tua graça e misericórdia o Senhor usa até mesmo as nossas escolhas erradas para nos colocar de volta no caminho certo. De qualquer forma, Pai, queremos muito fazer as escolhas certas, que Te honrem e Te glorifiquem. Ajuda-nos, Senhor! Dá-nos o Espírito Santo para que nossas palavras e ações sejam guiadas por um coração transformado. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, fortes no Senhor!

Rosana Garcia Barros

#JUÍZES14 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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