Reavivados por Sua Palavra


Êxodo 23 – Rosana Barros by Ivan Barros
28 de junho de 2025, 0:45
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“Em tudo o que vos tenho dito, andai apercebidos; do nome de outros deuses nem vos lembreis, nem se ouça de vossa boca” (v.13).

Talvez a parábola das dez virgens seja o texto que melhor exemplifique o que o Senhor quis transmitir ao Seu povo no versículo que acabamos de ler. É bem provável que todos nós já tenhamos ouvido muitos sermões e lido muitos comentários a respeito dessa parábola e que estejamos bem familiarizados com o significado de seus símbolos. Mas gostaria de destacar o fato de que todas as dez virgens possuíam a lâmpada, objeto que ilustra a Palavra de Deus (Sl.119:105). Todas também esperavam pelo noivo (figura de Cristo), e todas dormiram. Somente cinco, porém, possuíam o azeite reserva (o Espírito Santo). E as cinco virgens néscias talvez tenham se agarrado ao fato de possuírem a verdade da Palavra de Deus. Porém, sucumbiram espiritualmente porque um mero assentimento intelectual da verdade não é o bastante. Necessitamos do fruto completo do Espírito Santo em nossa vida (leia Gl.5:22-23).

A verdade sem o amor é legalismo. O amor sem a verdade é sentimentalismo. Necessitamos da junção harmônica dos dois, se quisermos chegar “à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef.4:13). As leis civis culminam no capítulo de hoje como um antídoto contra a falsidade e a maldade. Os “não” de Deus sempre têm o claro objetivo de manter o nosso olhar em Seu amor e fidelidade. Não espalhar falsas notícias, não seguir a multidão para fazer o mal, não perverter o direito do pobre, não aceitar suborno, não oprimir o estrangeiro, não retribuir o mal com o mal, mas com o bem, são leis que bem se aplicam para o povo de Deus em todos os tempos. Estatutos que se alinham perfeitamente às palavras do Salvador: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mt.7:12).

O ano sabático também apontava para o amor de Deus não somente pelos pobres entre o povo, mas até pelos irracionais, aqui representados pelos “animais do campo” (v.11). Era um ano de colheita em abundância, de renovação do solo e uma verdadeira prova de fé. Os filhos de Israel eram convidados a confiar na provisão de Deus para os anos seguintes, contando com a promessa: “Eu vos darei a Minha bênção no sexto ano, para que dê fruto por três anos” (Lv.25:21). O ano sabático também era uma escola divina contra a ganância. Uma vez estabelecidos na terra que manava leite e mel, não deveriam esquecer que tudo pertencia ao Senhor e que sua vida deveria estar em harmonia com essa verdade, como obreiros “que não tem de que se envergonhar” (2Tm.2:15). Uma ordem divina que, infelizmente, foi negligenciada por muitos anos, culminando no cativeiro babilônico que foi o período de tempo de todos os anos sabáticos que não foram observados por Israel (leia 2Cr.36:21).

Além do ano sabático, havia uma lembrança semanal que não somente exigia confiança na provisão divina, mas a constante lembrança de que “em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há” (Êx.20:11). O sábado é o memorial da criação e uma proteção constante contra a idolatria. Um constante lembrete para que andemos apercebidos até o fim. Vivemos em dias decisivos e grandemente solenes, amados. As profecias apontam para o desfecho de todas as coisas e para o cumprimento da nossa bendita esperança: a segunda vinda de Cristo. O sábado do sétimo dia será a prova de lealdade final do povo de Deus (leia Ap.14:7, 12). E as três festas anuais principais em Israel apontavam para a jornada do povo de Deus na Terra até alcançar o porto seguro da Nova Jerusalém: “Eis que Eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado” (v.20).

O Anjo do Senhor, um dos nomes de Cristo no Antigo Testamento, foi prometido ao Seu povo Israel. A mesma promessa nos alcança hoje em toda a sua força e fidelidade: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt.28:20). Pois em Cristo está o nome de Deus (v.21). Em conhecê-Lo está a vida eterna (Jo.17:3). Em obedecê-Lo está a nossa segurança (v.22). Em servi-Lo está a nossa bênção (v.25-31). E o que Jesus nos pede é a nossa completa lealdade (v.32-33), algo que só o Espírito Santo pode operar, se cooperarmos com Ele. Meus amados irmãos, nestes dias finais podemos até estar dormindo, mas precisamos ser despertados com o poderoso refrigério do Espírito. Não é suficiente simplesmente termos a Palavra da Verdade, mas necessitamos ser praticantes da Palavra. E esta obra pertence ao Espírito perscrutador de Deus. Permita que Ele acenda a sua vida e faça de você participante do alto clamor que iluminará a Terra com a glória de Deus (leia Ap.18:1).

Nosso Pai Celestial, ainda existem muitas coisas que precisamos abandonar para que possamos acolher em nós a plenitude da vida de Cristo. O nosso eu precisa morrer para que Ele viva em nós. Socorre-nos, ó Deus, pois em nós não há nada de bom! Necessitamos da justiça do Teu Filho. Necessitamos ser encharcados do combustível do Espírito Santo para dar glórias a Ti com nossa vida. Necessitamos de um caráter semelhante ao Teu, Senhor! Que Cristo esteja à nossa frente, nos guardando pelo caminho e nos levando para o lugar que Ele tem preparado para nós. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz sábado, iluminados pelo Espírito Santo!

Rosana Garcia Barros

#Êxodo23 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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