Reavivados por Sua Palavra


Êxodo 03 – Rosana Barros by Ivan Barros
8 de junho de 2025, 0:45
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“Disse ainda o Senhor: Certamente, vi a aflição do Meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento” (v.7).

Enquanto Moisés apascentava as ovelhas de seu sogro no deserto, seu povo no Egito sofria grande aflição. ‘E viu Deus os filhos de Israel e atentou para a sua condição’ (Êx.2:25). A vida tranquila de Moisés, contudo, parecia incompatível com a grande e solene missão de libertar Israel do cativeiro egípcio. O aparecimento do Senhor na sarça ardente que não se consumia despertou a curiosidade do experiente pastor, que já tinha oitenta anos. Com uma atitude bem diferente do passado, sua humildade se tornou evidente: ‘Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?’ (v.11).

Em uma linguagem profética e messiânica, o Senhor desceu para livrar Seu povo ‘da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel’ (v. 8). Essa não tem sido a obra divina desde o princípio? Ele desceu para criar a Terra e o ser humano; para apresentar Seu plano de redenção ao homem; para ver a corrupção dos antediluvianos e dos construtores de Babel; e para chamar Abraão, Isaque e Jacó e com eles estabelecer uma aliança. Moisés seria um tipo de Cristo, libertando o povo de Deus do cativeiro e conduzindo-o à terra prometida. No entanto, sua mente estava focada em si mesmo, em sua incapacidade e despreparo para uma obra que, a seu ver, deveria ser realizada por um poderoso líder bélico.

As primeiras palavras da resposta do Senhor deveriam ter-lhe bastado: ‘Eu serei contigo’ (v.12). A promessa de que o próprio Deus o conduziria deveria ser suficiente. Contudo, Moisés, como a maioria de nós, permitiu que seus receios superassem a certeza do cuidado divino. Quantas vezes agimos da mesma forma, e Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia, não leva em conta nosso devaneio? É belíssimo observar que a Bíblia diz que Deus ‘disse mais’ a Moisés (v.14) e, depois, ‘Deus ainda mais’ (v.15). Deus não se agrada da incredulidade, mas tem prazer em dialogar com os de coração contrito e submisso. Lembremos de Jó: a resposta de Deus não foi a que ele esperava, mas foi justamente a que ele precisava.

Acredito que o que pesava no coração de Moisés não era a incredulidade no poder de Deus, mas sim a incredulidade em si mesmo. Ele havia se acostumado à vida tranquila e solitária de um pastor de ovelhas. Como poderia assumir uma missão tão grandiosa? A resposta do Senhor foi bem clara: ‘Eu estenderei a mão. Eu ferirei o Egito. Eu lhes mostrarei todos os Meus prodígios. Eu farei [isso] no meio dele’ (v.20). Compreendem, amados? A obra não era de Moisés, nem dos filhos de Israel; a obra era do Senhor. Moisés seria simplesmente um porta-voz, um instrumento. Estou bem convencida, amados, de que o chamado de Deus não é somente para salvar a outros, mas principalmente para a salvação daqueles a quem Ele chama.

Há quase dois mil anos, Jesus desceu, nasceu como um bebê indefeso, cresceu entre pecadores e viveu uma vida de privações, deixando no mundo a inconfundível marca de um caráter santo e perfeito. Na cruz do Calvário, Ele cumpriu Sua perfeita obra para a nossa salvação. Nenhuma obra humana poderia ter parte naquilo que somente o Salvador poderia realizar. Jesus enfrentou sozinho a senda ensanguentada para garantir que um dia Seu povo subirá à Canaã celestial. Há, porém, uma parte em que Ele nos outorga a participação: levar pecadores a Ele. Mas antes de nos envolvermos na missão de salvar vidas, nossa própria vida deve estar escondida em Cristo.

Você tem permitido que o Espírito Santo realize Sua boa obra, entrando no mais profundo do seu coração e reparando as brechas que precisam ser fechadas? As pessoas podem ver Cristo em você? Imagino como Moisés desejava permanecer exatamente onde estava. E, desde o chamado de Noé até aqui, não tenho visto um único pedido fácil vindo de Deus. Geralmente, o Senhor nos pede o que para nós pode ser o mais difícil ou, aos olhos humanos, até impossível. Mas assim como a fidelidade de Noé, Abraão, Isaque, Jacó e tantos outros teve recompensa, Ele continua agindo da mesma forma hoje com todo aquele em que Ele vê um coração submisso e disposto a amá-Lo e a servi-Lo. Confie no Senhor! Se Ele te chamou, é porque, em primeiro lugar, Ele deseja te salvar e, nessa jornada, usar sua vida para salvar a outros.

Pai Celestial, nosso Deus bondoso, como Isaías reconhecemos que somos homens e mulheres de impuros lábios e necessitamos do toque purificador e capacitador da brasa viva do Teu altar! Então, Senhor, estaremos prontos para Te dizer: ‘Eis-me aqui. Envia-me a mim’. Esvazia-nos de nós mesmos e enche-nos do Espírito Santo! Ilumina a nossa mente para que possamos reconhecer a voz do Teu Espírito e a obra que o Senhor deseja que realizemos nesses últimos dias. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz semana, chamados para salvar!

Rosana Garcia Barros

#Êxodo3 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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