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“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (v.27).
Além de consternado pelas mazelas que atingiam a igreja de Deus, Paulo ainda sofria certo preconceito com respeito às ofertas que ele e os demais apóstolos recebiam, geralmente de mulheres piedosas e sensíveis às suas necessidades. Apesar de procurar exercer sua profissão como fabricante de tendas (At.18:3), em determinados momentos era-lhe exigida total dedicação à pregação do evangelho, dada a necessidade local. Eram nesses momentos que Paulo e seus companheiros de jornada encontravam assistência por parte dos crentes. Ao serem apresentados ao maravilhoso amor de Jesus, seus corações eram sensibilizados pelo Espírito Santo a serem cooperadores em Cristo, acolhendo e sustentando os pregadores enquanto ali permanecessem.
“Entretanto”, Paulo deixou bem claro, “não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo” (v.12). Não que ele e os demais não tenham jamais se beneficiado das ofertas da irmandade, mas em que procuravam sempre agir com prudência levando em consideração a expectativa de cada local onde anunciavam o evangelho. A ordem do Senhor é de que “aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho” (v.14), mas o objetivo do apóstolo era tão maior do que os privilégios que tinha por direito, que muitas vezes abria mão da assistência por amor aos fracos. Sua consciência para com Deus era livre em Cristo, mas considerava seus atos perante seus ouvintes como parte integrante de sua pregação. Se mesmo aquilo que não o condenava fosse considerado por alguns motivo de discussão, a salvação destes sempre sobressaía sobre qualquer alívio de sua parte.
“Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns” (v.22) era o lema de seu apostolado. Paulo desconsiderava a si mesmo em favor nem que fosse de uns poucos que pudesse evangelizar. Movido por uma fé prática, tinha em mente uma meta bem definida: alcançar a coroa incorruptível (v.25). Mediante o anseio por um prêmio que nada neste mundo pode superar, percebeu que quanto mais pregava, quanto mais se desprendia das coisas desta terra e quanto mais se interessava pela salvação de seus semelhantes, mais seu coração ardia por correr e alcançar os braços do Pai e mais percebia a sua necessidade pessoal de constante vigilância e santificação.
O apostolado de Paulo não consistia em métodos humanos nem em quebra de princípios a fim de agradar a todos. Seu trabalho era sempre realizado tendo em vista a direção do Espírito Santo. Não eram os planos de Paulo, mas de Deus. Seguindo os passos de Seu Salvador, o apóstolo mantinha constante comunhão com o Senhor tendo sua vida regida pela agenda do Céu. Isso por si só deveria ser para nós suficiente lição de que a obra missionária não consiste em fazer ou não fazer, mas em confiar no plano divino e obedecê-lo, ainda que não faça sentido na ótica humana. Construir uma arca em terra seca não fazia sentido na época de Noé. Marchar uma semana ao redor de Jericó e no último dia marchar sete vezes e gritar, não fazia sentido. Ir para a guerra com apenas 300 homens desarmados também não fazia sentido algum. Mas em todas essas situações e em muitas outras, Deus revelou o Seu poder e a bênção que há em obedecê-Lo pela fé.
Amados, fomos chamados por Deus para uma obra que custou o precioso sangue de Cristo. Cada pessoa é considerada por Ele como objeto de Seu mais terno amor e é desta forma que devemos enxergar os nossos semelhantes. Não compete a nós julgar quem são os que ouvirão a voz do Bom Pastor e aceitarão o Seu convite, mas cumpre-nos fazer o que estiver ao nosso alcance para que as boas-novas atinjam até os mais improváveis corações. Que o mesmo espírito de desprendimento que movia Paulo a amar mais aos outros do que a própria vida seja derramado em nós pelo Espírito Santo, a fim de que apressemos o Dia em que receberemos todos “o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:14).
Pai de amor, louvado seja o Teu nome pela salvação que há em Cristo Jesus! Que tudo em nossa vida, inclusive os nossos bens, que o Senhor por Sua bondade tem nos dado, que sejam para o avanço da pregação do Teu evangelho eterno e para abreviar a Tua volta. Dá-nos um coração generoso e sensível às necessidades dos nossos irmãos, principalmente daqueles que vivem da pregação do evangelho. Dá-nos a sabedoria do alto para que a nossa vida cumpra a agenda do Céu na obra de salvar pessoas para o Teu reino. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, atletas de Cristo!
Rosana Garcia Barros
#1Coríntios9 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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