Reavivados por Sua Palavra


1Coríntios 07 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
17 de dezembro de 2024, 0:45
Filed under: Sem categoria

No capítulo de hoje, Paulo deu início a uma sequência de perguntas e respostas, começando por questões relacionadas ao casamento. Para uma igreja que estava sofrendo os efeitos da imoralidade, os conselhos do apóstolo, se obedecidos, teriam um papel fundamental na restauração de sua moral e avanço da obra. Apesar de ter optado pelo celibato por entender a vontade de Deus para sua vida, Paulo não impôs tal condição como uma regra a ser seguida, mas a igualou ao casamento no sentido de que ambos são aprovados por Deus quando discernidos espiritualmente.

Ao colocar a mulher em pé de igualdade com relação ao marido nos direitos e deveres conjugais, Paulo deixou bem claro que, diante de Deus, ambos são responsáveis pela felicidade ou pela infelicidade no lar. Ele ainda destacou a prática sexual como fundamental para um casamento estável e próspero. “Não vos priveis um ao outro” (v.5), é uma das mais importantes frases de impacto nesse sentido. O sexo dentro do casamento entre um homem e uma mulher tem a plena aprovação de Deus (observados os princípios bíblicos) e deve ser uma entrega de ambos os cônjuges pelo prazer de fazer o outro feliz (v.4). Se o meu corpo pertence ao meu marido e o corpo do meu marido me pertence, deve haver um “mútuo consentimento” (v.5) e consciência de que a abstinência prolongada pela indiferença de uma das partes abre uma grande brecha para Satanás e suas tentações.

Jesus também nos deixou orientações com relação ao casamento, ao condenar o adultério e ao esclarecer que as únicas exceções que permitem um segundo casamento são em caso de adultério ou de morte. Portanto, quando Paulo diz que é ele quem fala “e não o Senhor” (v.12), não está afirmando que aqueles conselhos não são inspirados, mas que ele abordará questões das quais Jesus não tratou. Ao dirigir-se a uma igreja que avançava na pregação do evangelho, era natural que tivesse em seu meio muitos cristãos que aceitaram a mensagem quando já casados, cujos companheiros não abraçaram a mesma fé. Acontecia que muitos pensavam na possibilidade do divórcio neste caso como sendo uma aprovação de Deus. Paulo esclareceu que o divórcio nunca deveria partir de uma iniciativa do cristão, mas em que este deveria ser um modelo de conduta cristã, a fim de ganhar seus filhos e seu cônjuge para Cristo (v.14).

Em tempos em que a igreja de Deus sofria severas perseguições e a obra de pregação encontrava sérios obstáculos, Paulo viu a necessidade de mais obreiros dedicados à missão de forma desimpedida, ou seja, “livres de preocupações” (v.32). Mais uma vez ele não condenou o casamento, mas advertiu o povo a sempre colocar o Reino de Deus em primeiro lugar. Um casamento apressado e sem a plena certeza da aprovação divina, ao invés de ser uma benção, pode tornar-se um fardo para toda a vida. E um casal que possui a plena consciência de seus deveres matrimoniais, precisará dividir as “coisas do Senhor” (v.34) com as “coisas do mundo” (v.33), de como agradar um ao outro. Pessoas desimpedidas certamente têm uma liberdade bem maior para estar a serviço da obra missionária.

Devemos observar e levar em consideração, no entanto, as palavras de Paulo à luz do que toda a Escritura diz sobre o assunto. O casamento foi instituído por Deus como uma bênção ainda no Éden. Sob um teto e sobre um solo destituídos de pecado, Adão e Eva gozaram das delícias de uma união pura e aprovada pelo Criador. Apesar de estarmos debaixo de um céu enegrecido e com os pés sobre uma terra maculada pelo pecado, ainda assim o casamento hétero e monogâmico continua sendo uma bênção. A despeito do celibato, o importante na vida de cada filho de Deus deve ser sempre a certeza da presença do Espírito Santo (v.40). Podemos fazer tanto do celibato quanto do casamento um instrumento nas mãos de Deus, pois “o tempo se abrevia” (v.29).

Solteiros e viúvos, sem dúvida, terão um papel fundamental no término da obra alcançando muitos lugares e pessoas. Mas em um tempo onde as famílias têm sido abatidas pelos ‘golpes’ de um inimigo que sabe que pouco tempo lhe resta (Ap.12:12), as famílias fundamentadas na Rocha, que é Cristo, terão uma influência e missão tão nobres quanto foi com Noé e sua família. Que independentemente de seu estado civil atual ou qualquer outro aspecto, lembre-se que “o que vale é guardar as ordenanças de Deus” (v.19) e permanecer fiel a Ele “naquilo em que foi chamado” (v.24), pois “o tempo se abrevia” (v.29).

Nosso Deus e Criador, o Senhor instituiu o casamento no Éden como uma bênção à humanidade. Marido e mulher possuem o sagrado privilégio de procriar e constituir uma família, podendo viver na terra um pedacinho do Céu. Derrama a Tua bênção e o Teu Espírito sobre cada lar dos Teus filhos, e mesmo que muitos sejam chamados a abrir mão do casamento, que de igual forma a Tua bênção e o Teu Espírito sejam sobre eles. Quer em família, quer no celibato, faze de nós atalaias da Tua verdade, de forma que fique claro para o mundo que temos o Espírito de Deus. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, chamados à paz de Cristo!

Rosana Garcia Barros

#1Coríntios7 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


1 Comentário so far
Deixe um comentário

Avatar de Silvio Fernandes

Excelente!

Comentário por Silvio Fernandes




Comente:

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.