Reavivados por Sua Palavra


ATOS 04 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
31 de outubro de 2024, 0:45
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A maravilhosa cura e o ousado discurso de Pedro despertaram o interesse de milhares de judeus. Tanto, que muitos “dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil” (v.4). Não obstante, alguns ficaram “ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos” (v.2). Os sacerdotes e os saduceus, bem como “as autoridades, os anciãos e os escribas” (v.5), reuniram-se a fim de interrogar aos discípulos Pedro e João.

Com intrepidez e “cheio do Espírito Santo” (v.8), Pedro passou a lhes falar como se tivesse frequentado a escola dos rabis e, tanto ele como João, demonstraram que, acima da educação judaica está aquela em que Cristo é o excelente Mestre. Contudo, se ainda assim as palavras não fossem suficientes, a prova maior estava “com eles”, de forma que aqueles líderes judeus “nada tinham que dizer em contrário” (v.14). E debaixo de várias ameaças, os discípulos permaneceram firmes em sua fé, sendo esta a resposta de ambos: “Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (v.19-20).

Aqueles homens estavam sendo impedidos de exercer livremente a sua fé. Eram considerados traidores da nação pelos rabinos judeus, que estudavam a melhor forma de coibir a sua pregação. Nem imaginavam que o movimento que apontavam como uma ameaça era, na verdade, o início de uma ceifa que está prestes a amadurecer (Ap.14:15). As primícias do ministério terrestre de Cristo compunham uma igreja que orava. Uma igreja que mesmo odiada e perseguida não temia enfrentar a represália com um irrefutável “assim diz o Senhor”. Uma igreja onde “ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum” (v.32). Era a igreja dentro de uma igreja. Daí, vem a pergunta: Onde está esta igreja hoje?

Avancemos para o livro do Apocalipse. Eis a igreja de nossos dias, descrita pelo próprio Jesus: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu” (Ap.3:15-17). Esse é o retrato escrito da última igreja de Cristo na Terra. Uma igreja que se orgulha do que tem enquanto Jesus está do lado de fora! Ele mesmo diz que está à porta e bate (Ap.3:20). Ah, meus irmãos, Jesus é um cavalheiro, Ele jamais vai entrar em lugar algum sem ser convidado! Ele está à porta. Ele bate. Ele não desiste. Mas Ele nunca vai invadir a minha e a sua vida, porque Ele não invade, Ele espera para entrar com a devida permissão.

Aquela igreja orou! Aquela igreja clamou! Aquela prima comunidade cristã estava unida como um só coração e alma. Talvez, o nosso maior problema, hoje, seja exatamente a liberdade de crença da qual tanto nos orgulhamos. Porque é no fogo que se forja o mais puro ouro. A igreja cristã primitiva crescia não porque as pessoas iam em busca de bênçãos, mas porque, verdadeiramente, desejavam ser uma bênção. A mornidão atual é um grande problema, mas que tem solução. Há um chamado sendo realizado pelo Espírito Santo. Cada pessoa está sendo visitada pelo Consolador em Suas últimas súplicas. É tempo de assentar-se aos pés de Jesus como criança e dEle aprender como ser manso e humilde de coração.

Percebam que tanto o discurso de Pedro, quanto suas palavras e de João diante das autoridades, foram palavras simples, mas ditas por quem estava cheio do Espírito Santo. Portanto, amados, o poder não está na eloquência de palavras ou em discursos alongados, não está na compostura de homens doutos ou de educação elevada. Estas coisas, no máximo, alcançarão um mero assentimento ou admiração de caráter passageiro. O poder está nas seguintes palavras: “e reconheceram que haviam eles estado com Jesus” (v.13), e, “todos ficaram cheios do Espírito Santo” (v.31). Aqueles homens e mulheres investiam tempo em oração, a ponto de tremer o lugar em que oravam.

Como tem sido o uso do nosso tempo? Aproveitado ou desperdiçado? Uma vida cheia do Espírito Santo é ativa e consistente na oração; firme e coerente na ação. Oh, meus irmãos, precisamos, em nome de Jesus, deixar de ser cristãos rasos, que não têm profundidade, que não têm o mínimo necessário para que as pessoas encontrem em nós a imagem do Deus que afirmamos seguir! Que neste dia, as nossas palavras e ações não sejam motivadas por fotografias ou curtidas nas redes sociais, mas, que movidos pelo Espírito Santo, a nossa vida seja uma bênção aos nossos semelhantes, a Palavra de Deus viva em nós, ainda que apenas visualizados pelo Céu.

Pai de amor e de bondade, sabemos que todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Não queremos ter medo, mas queremos ser cheios do Teu Espírito de modo que nossa fé fique ainda mais evidente nas provações. Que a Tua Palavra continue nos reavivando, nos ensinando, nos santificando e nos educando em Tua justiça. Como crianças, queremos estar assentados aos pés de Jesus todos os dias para dEle aprender e com Ele caminhar. Enche-nos do Espírito Santo e purifica o nosso coração para Ti! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, igreja de Cristo!

Rosana Garcia Barros

#Atos4 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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