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“Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (v.30).
Mesmo após a exposição da sabedoria acima do extraordinário do Inocente réu, Pilatos mandou açoitar a Jesus. O temor de que seu julgamento fosse temerário quanto a inocentar Aquele que o povo acusava de ser inimigo de César, tornou aquele episódio em um tribunal do júri popular. Deixou sob responsabilidade dos acusadores decretarem a tão cruel sentença: “Tomai-O vós outros e crucificai-O” (v.6). Mas ao declararem o motivo de sua sorte, Pilatos “mais atemorizado ficou” (v.8) e iniciou um segundo interrogatório com Jesus que o levou a procurar soltá-Lo, “mas os judeus clamavam: Se soltas a Este, não és amigo de César!” (v.12).
Certamente, o governador romano nunca havia se sentido daquele jeito. Imagino Pilatos suando como nunca antes, pressionado por uma indescritível angústia e uma sensação constante de que Aquele prisioneiro não merecia qualquer tipo de condenação. Seu coração batia acelerado cada vez que olhava para Jesus, mas o medo lhe consumia a cada ameaça do povo. Seu veredito a favor de Cristo lhe causaria a acusação de inimigo do Império e sob a pressão das massas acusadoras, sentiu-se como segundo réu daquela feita. Então, mediante todo aquele cenário, temendo perder o seu prestígio e posição, “O entregou para ser crucificado” (v.16). E, carregando o peso da mais injusta condenação, Jesus percorreu o Seu mais doloroso caminho.
Cada vez que estudamos sobre a vida de Jesus, principalmente Seu sublime sacrifício, o Espírito Santo realiza alguma mudança em nós. Todas as vezes que permitimos a ação divina em nosso coração mediante o estudo da Bíblia e a oração, recebemos do Céu o maravilhoso e incomparável presente do conhecimento de Deus. Comunhão com Deus não é uma experiência isolada, por mais poderosa que seja. Comunhão com Deus é andar com Ele, passo a passo, dia a dia. E foi a comunhão que Cristo entretinha com o Pai que O fortaleceu para o cumprimento de Sua missão aqui na Terra. Não deveríamos nós, muito mais, estar buscando essa comunhão, esse relacionamento diário?
Quando Deus ordenou a Abraão que tomasse a Isaque e o levasse caminho de três dias ao monte Moriá e ali o oferecesse em sacrifício, Abraão prontamente obedeceu, porque ele conhecia a voz de Deus. A Bíblia diz que ele “tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado” (Gn.22:3). Ao contrário de Jesus, Isaque não fazia ideia da razão de sua peregrinação e nem que estava sendo uma figura do maior ato de amor de todos os tempos. Isaque carregou “a lenha do holocausto” (Gn.22:6). Jesus carregou a pesada cruz. Abraão “levava nas mãos o fogo e o cutelo” (Gn.22:6). O Pai faria Jesus beber do cálice de Sua ira. Abraão e Isaque “caminhavam ambos juntos” (Gn.22:6). O Pai caminhava junto a Cristo para executar o Seu mais doloroso ato. Abraão “estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho” (Gn.22:10). Jesus Se doou para ser pregado naquela cruz. Mas a voz que impediu o patriarca de concretizar o sacrifício, não foi ouvida no Calvário. E ali, perante as testemunhas do espetáculo do amor incondicional, Jesus bradou: “Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito” (v.30).
Tudo isso foi por mim e foi por você. Ele foi “desprezado e o mais rejeitado entre os homens […] e dEle não fizemos caso. Certamente, Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados […] Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como ovelha muda perante os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca […] Designaram-Lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na Sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca. Todavia, ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar” (Is.53:3-10).
O texto de Isaías, sem sombra de dúvida, é a mais fiel descrição da missão messiânica. A profecia foi perfeitamente cumprida quando a morte calou o Verbo de Deus. Mas ela não faria sentido algum se a morte fosse a sua palavra final. E sob arrebatadora expectativa, os anjos e os seres dos mundos não caídos aguardavam a sequência da profecia e o seu fiel cumprimento. O lugar onde “depositaram o corpo de Jesus” (v.42), tornou-se o cenário da certeza de nossa fé e de nossa maior esperança. Pois, amanhã, veremos que a história continua.
Pai nosso que está nos Céus, mas que também habita com o abatido e contrito de espírito, graças Te damos pelo caríssimo preço de nosso resgate! O nosso Salvador foi até o fim para nos dar vida, e vida eterna. Ele morreu por nós, pecadores, miseráveis, infelizes, pobres, cegos e nus. E tudo o que o Senhor nos pede é a entrega completa do nosso coração. Pai, desperta-nos para a importância da comunhão Contigo. A vida eterna está em Te conhecer, em entreter um relacionamento pessoal e diário com o Senhor, de forma que isso se torne em uma caminhada feliz e contínua. Concede-nos o que o Senhor como nosso Pai mais deseja nos dar, que é o Teu Espírito. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, redimidos pelo sangue do Cordeiro de Deus!
Rosana Garcia Barros
#João19 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
1 Comentário so far
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Excelente!
Comentário por Silvio Fernandes 25 de outubro de 2024 @ 7:16