Reavivados por Sua Palavra


JOÃO 09 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
15 de outubro de 2024, 0:45
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A crença que prevalecia entre os judeus era que enfermidades ou deficiências eram castigos de Deus aos pecadores. Por isso que geralmente a sorte de “um homem cego de nascença” (v.1), por exemplo, era a de viver “como mendigo” (v.8). Aquele homem cego deveria estar em seu costumeiro lugar, esperando ouvir o tilintar das moedas que caíssem em sua vasilha. O relato de João não diz que o cego pediu para ser curado e nem que Jesus lhe comunicou o que estava prestes a fazer. E sim que Ele “cuspiu na terra”, fez lodo com a saliva e aplicou aquela mistura nos olhos do cego (v.6). Imagino aquele homem tateando os braços e o rosto de Jesus, tentando entender o que estava acontecendo. Mas, antes que pudesse dizer alguma palavra, ouviu uma agradável voz que lhe ordenou: “Vai, lava-te no tanque de Siloé”, então “ele foi, lavou-se e voltou vendo” (v.7).

Numa linguagem científica, Jesus tinha acabado de entrar no córtex visual primário daquele homem e restaurado os danos que o fizeram nascer cego. Mas um fato curioso é que, mesmo que uma criança venha ao mundo com sua visão perfeita, se lhe fosse colocado um tampão em um dos olhos, privando aquele olho de ter acesso à luz nos dois ou três primeiros meses de vida do bebê, este ficaria irreversivelmente cego do olho que foi obstruído. Ou seja, é o contato dos olhos com a luz que desenvolve a visão.

O porquê de Jesus ter aplicado lodo nos olhos do homem, não sabemos. Mas esta cena nos remete à criação, quando o Senhor modela o ser humano utilizando o pó da terra (Gn.2:7). E a declaração anterior de Jesus define bem o que Ele desejava realizar na vida daquele homem: “sou a Luz do mundo” (v.5). O Sol da Justiça raiou em meio às trevas espirituais, emocionais e físicas. Desde o nascimento, aquele filhinho de Deus sofreu a rejeição e o desprezo de seu próprio povo. Sua deficiência assinava seu atestado de culpa, ou de seus pais. Mas sua visão, agora perfeita, abriu-lhe a porta para uma nova vida, uma vida de esperança e de paz com Deus.

Parece que esses milagres extraordinários tinham um dia escolhido a dedo para acontecer: o sábado. Conforme a considerável lista de várias regras sabáticas criadas pelos líderes judeus, uma delas proibia cuspir no chão em dia de sábado, pois, conforme eles, a saliva estaria regando a terra. Os judeus estavam com algum tipo de “tampão” que os tornavam cegos espirituais. Não aceitavam a Cristo e Suas obras porque não tinham olhos espirituais para nEle crer. O sábado havia se tornado em um dia de rituais vazios e regras absurdas, e o que passasse disso era considerado grave pecado.

Após escrever tantos preciosos conselhos em Eclesiastes, o sábio Salomão terminou com a seguinte conclusão: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos; porque isto é dever de todo homem” (Ec.12:13). Notem que ele não disse que “isto é dever de todo judeu”, e sim “de todo homem”. E, ao contrário do que julgavam os judeus, Jesus foi o perfeito exemplo de obediência. Em nenhum momento transgrediu os mandamentos de Seu Pai, mas os confirmou e engrandeceu, sendo um fiel praticante de Sua Palavra. E, a cada sábado, Sua luz incidia o perfeito brilho de um dia especial de cura, restauração e verdadeira adoração.

A primeira voz angélica nos diz: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap.14:7). Ora, qual é o único mandamento que nos lembra que Deus é o Criador de todas as coisas? Há uma luz especial sobre o quarto mandamento da Lei de Deus e, certamente, Jesus também deixou isso bem claro. O profeta Isaías declarou que a cada sábado adoraremos ao Senhor na Nova Terra (Is.66:23). Após citar um importante princípio sobre os dez mandamentos, Tiago diz que seremos julgados por esta Lei, a qual ele chamou de “lei da liberdade” (Tg.2:10-12). Paulo escreveu que “resta um repouso para o povo de Deus” (Hb.4:9). O remanescente dos últimos dias possui as seguintes características: “os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap.12:17).

Logo, a guarda do sábado bíblico definirá em que lado cada um de nós está no grande conflito. Portanto, é nosso dever, meus irmãos, brilhar a luz de Cristo, especialmente aos sábados. A obediência como uma obrigação cega não é obediência, é presunção. Mas a obediência como resultado do temor a Deus e do amor que Lhe devotamos, é a manifestação da luz de Jesus em nossa vida. “Crês tu no Filho do Homem?” (v.35). Então, faça as obras de Deus enquanto é dia. Adore-O todos os dias, mas principalmente no dia que Ele descansou, abençoou e santificou (Gn.2-1-3), então você se deleitará no Senhor (Is.58:13-14).

Nosso Deus e Criador, muitos de nós nascemos “cegos” espiritualmente, mas o Senhor operou em nós o milagre da cura, abrindo os nossos olhos e nos dando a oportunidade de Te ver e Te conhecer. Pela fé, podemos andar Contigo na certeza de que nosso testemunho produzirá muito fruto para o Teu reino. Ajuda-nos a observarmos o Teu sábado a cada semana segundo a Tua vontade. E que o Teu amor em nós nos motive a Te buscar com todo o nosso coração e assim estarmos prontos para o que há de vir. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, adoradores do Criador!

Rosana Garcia Barros

#João9 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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