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“Responderam eles: Jamais alguém falou como este Homem” (v.46).
Além de relatos inéditos, o evangelho segundo João também aborda a grande dificuldade enfrentada por Cristo entre os judeus e entre a Sua própria família, de forma que “nem mesmo os Seus irmãos criam nEle” (v.5). Esquecemos que os sofrimentos de Jesus não foram limitados à via dolorosa e à cruz, mas que em todo o Seu ministério Ele sofreu rejeição, perseguição e inúmeras ameaças. Muitos advogam hoje sobre o evangelho de Cristo como se fosse o evangelho que facilmente se harmoniza com qualquer crença e estilo de vida. Deixam, porém, de perceber, ou simplesmente rejeitam, o fato de que as palavras de Jesus eram constantemente refutadas e, Seus ensinamentos, considerados um escândalo para os judeus, que “procuravam matá-Lo” (v.1).
A “Festa dos Tabernáculos” (v.2) fazia parte das festas anuais de Israel, sendo a última festa após o dia da expiação. Tinha a duração de sete dias, e celebrava o cuidado de Deus no período das colheitas, bem como lembrava os quarenta anos em que o povo habitou em tendas no deserto, de modo que passavam os sete dias de festa habitando em cabanas. Era um período festivo muito aguardado e seria a oportunidade perfeita de ampliar o ministério de Jesus e torná-Lo “conhecido em público” (v.4). Sua discrição em realizar muitos dos “Seus feitos em oculto” (v.4), parecia incomodar Seus irmãos incrédulos. Não compreendendo a missão de Cristo e a perfeita harmonia entre Ele e o Pai, não aceitavam Seu modo de vida, compassivo, paciente e humilde, nunca buscando reconhecimento ou aplausos, mas sempre submisso à vontade de Deus e plenamente comprometido com a verdade, ainda que odiado pelos opositores.
Era impossível ouvir Jesus e não ser impactado por Suas palavras e modo de falar. Ele destoava de todo o povo em graça e virtude. Replicava as Escrituras com a autoridade como de um regente celestial. Para os que criam, havia paz e um firme desejo por uma nova vida. Para os incrédulos, havia ódio e um firme propósito de silenciar Aquele que condenava os pecados que eles tanto amavam. É nesse sentido que o evangelho de Cristo se torna em espada. Cria-se uma nítida divisão entre os que aceitam viver para a glória de Deus e os que vivem “procurando a sua própria glória” (v.18). Após a Sua declaração: “Eu sou o Pão da Vida” (Jo.6:48), Jesus sofreu uma rejeição em massa. Agora, Ele declara: “Se alguém tem sede, venha a Mim e beba” (v.37). Pão e Água se fundem nAquele que é o único capaz de saciar as nossas mais vitais necessidades.
A hora ou o tempo a que Jesus Se referia se tratava da consumação de Sua obra na Terra. O Senhor é Deus de ordem e decência, não fazendo nada sem que esteja previamente estabelecido em Seu plano salvífico. Ele também não faz “coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas” (Am.3:7). “Por isso, também os que sofrem segundo a vontade de Deus” (1Pe.4:19), estão experimentando do que o Salvador experimentou, e sendo preparados para enfrentar a mais terrível oposição. Semelhante a Jesus, do interior dos filhos de Deus “fluirão rios de água viva” (v.38) e, perante as autoridades, suas palavras causarão grande admiração e espanto. Do menor ao maior dentre eles, todos manifestarão fluente e claro conhecimento da verdade e coerência no que professam e vivem, porque estarão cheios do Espírito Santo.
Amados, Deus nos deixou a Sua verdade presente através do ministério profético de Ellen White. Ensinos que divergem tanto da realidade em que vivemos, que chegam a incomodar os que ainda não entenderam o seu vital objetivo: exaltar a Cristo como o nosso único meio de salvação. Pois Cristo ama a Sua igreja! E foi por amá-la, que “a Si mesmo Se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para a apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef.5.25-27). Como Jesus o foi, se perseverarmos em fazer a vontade de Deus revelada para os nossos dias, certamente também sofreremos perseguições.
Que o Espírito Santo nos santifique a cada dia, e nos conceda a sabedoria e a prudência tão necessárias para que sigamos os passos de Jesus com fé e perseverança até que Ele volte.
Nosso Deus e Pai, muitas vezes somos confrontados simplesmente por fazer a Tua vontade. Mas, como Jesus, podemos perseverar nesse sentido, crendo que o Senhor nos dará a coragem e a força de que necessitamos. Retira do nosso coração qualquer desejo por reconhecimento humano. Que do nosso interior, porém, fluam rios de água viva, a atuação do Teu Espírito, para que a nossa vida glorifique a Ti. Em nome de Cristo Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz semana, perseguidos por causa da justiça!
Rosana Garcia Barros
#João7 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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