Reavivados por Sua Palavra


LUCAS 02 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
14 de setembro de 2024, 0:45
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O cântico da “multidão da milícia celestial” (v.13) foi a única vez em que o Céu se abriu para revelar a sua santa melodia. Diante de simples pastores, as mais perfeitas vozes entoaram o mais sublime louvor. A partir daquele momento, aqueles homens perceberam que o mundo já não seria mais o mesmo. Aquele acontecimento dividiria o tempo em antes e depois de Cristo. E após contemplarem o Menino, conforme a palavra do mensageiro celeste, eles não puderam se calar, e “divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito do menino” (v.17). O semblante deles era tão cheio de alegria e de convicção, que “todos os que ouviram se admiraram das coisas referidas pelos pastores” (v.18).

A mãe do Salvador, contudo, “guardava todas estas palavras, meditando-as no coração” (v.19). Maria ainda não compreendia totalmente que Aquela “Criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (v.12) não era apenas um frágil bebê, mas “a redenção de Jerusalém” (v.38) e de “todo aquele que nEle crê” (Jo.3:16). Havia, porém, “um homem chamado Simeão; homem justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele” (v.25). Foi-lhe revelado pelo Espírito que ele não morreria antes de contemplar o Messias prometido. Por longos anos, Simeão aguardou a preciosa promessa. Mas, enfim, havia chegado o grande dia. As suas idas ao templo sempre eram cheias de expectativa, mas aquele dia foi diferente. Imagino a alegria indescritível que movia seus apressados passos em direção ao lugar onde tomaria nos braços o Senhor da glória.

O grande diferencial que fez com que aquele homem reconhecesse naquela Criança a salvação, e não os sacerdotes que oficiariam a cerimônia de apresentação de Jesus no templo, foi a atuação do Espírito Santo em sua vida. A Bíblia não deixa dúvida com relação a isto, nas três sentenças seguintes:

1. “e o Espírito Santo estava sobre ele” (v.25);
2. “Revelara-lhe o Espírito Santo” (v.26);
3. “Movido pelo Espírito” (v.27).

A presença atuante do Espírito Santo promove discernimento espiritual. O que era apenas uma ideia torna-se tão concreto quanto tocar e ver. Na história de Jó, por exemplo, a Bíblia diz que ele era um “homem íntegro, reto, temente a Deus e que se desviava do mal” (Jó 1:1), mas foi apenas após a sua trajetória de terríveis provações que, diante da manifestação de Deus, ele declarou: “Eu Te conhecia apenas de ouvir, mas agora os meus olhos Te veem” (Jó 42:5).

Assim como o foi com Jó e com Simeão, o Espírito Santo deseja nos revelar a salvação que há em Cristo Jesus de forma palpável e visível. Vivendo nos últimos dias deste mundo de pecado, há a possibilidade de muitos de nós não passarmos “pela morte antes de ver o Cristo do Senhor” (v.26). Mas os nossos olhos só contemplarão a Sua salvação se, aqui, estivermos prontos para recebê-la. Porque assim como profetizou Simeão a respeito da primeira vinda de Jesus, de que estaria “destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos” (v.34), assim o será também em Sua segunda vinda. Muitos O receberão com o gozo de quem já O aguardava, outros, porém, se lamentarão perante Aquele que, manifestando “os pensamentos de muitos corações” (v.35), revelará as suas más intenções.

A vida de outro personagem citada neste capítulo e sua prática constante complementa a nossa real necessidade atual. A profetisa Ana, que também aguardava o cumprimento da profecia, reconheceu naquela Criança a redenção de seu povo. Sua expectativa por aquele momento era tão grande que ela “não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações” (v.37). Oh, quanto necessitamos muito mais exercer tal prática! É tempo de colocarmos em prática Joel 2:12-13 para que façamos parte do povo “que o Senhor chama” (Jl.2:32).

Precisamos experimentar dia e noite a intimidade com Deus através da comunhão diária. O Espírito Santo geme por isso, “com gemidos inexprimíveis” (Rm.8:26). Assim como os pastores, Simeão e Ana eram uma pequena representação dos que aguardavam o Messias em seus dias, comparado a toda a nação de Israel, hoje, Deus tem nesta Terra de quase 8 bilhões de habitantes um pequeno povo que vigia e ora na expectativa da segunda vinda de Jesus em seus dias. Necessitamos do poder do Espírito Santo. Ele deseja nos revelar “coisas grandes e ocultas” que ainda não sabemos (Jr.33:3). Mas, para isso, necessitamos ser movidos pelo Espírito e olharmos constantemente para Jesus.

Houve profunda angústia e desespero quando José e Maria perderam Jesus de vista. Mas quando “O acharam no templo” (v.46), que tamanho alívio lhes sobreveio imediatamente. Que não percamos o nosso Salvador de vista sequer um instante, amados, e, muito em breve, O veremos face a face.

Santo Deus, que privilégio imerecido o nosso de ter a promessa do Teu Espírito em nossa vida e de sermos guiados por Ele. Oh, Senhor, estamos tão distantes da realidade de Simeão e de Ana! Mas queremos ser homens e mulheres justos e piedosos diante de Ti. Almejamos e aguardamos “a consolação de Israel”, do Teu Israel espiritual. Pai, concede-nos o Espírito Santo! Queremos estar vivos para ver “o Cristo do Senhor”. Capacita-nos a falar de Jesus e de Sua breve volta a todos os que O esperam para a salvação. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz sábado, habitação do Espírito Santo!

Rosana Garcia Barros

#Lucas2 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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