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“Ao que lhes disse Jesus: Não compreendeis ainda?” (v.21).
Os relatos dos evangelhos testificam de que Jesus passou grande parte de Seu ministério terrestre curando. Precisamos, porém, compreender o objetivo maior da cura e dos milagres. Diante de uma “grande multidão” (v.1), Jesus lhe expôs o alimento espiritual. Durante três dias aquelas pessoas estiveram com o Mestre divino, sendo confortadas e doutrinadas por Suas palavras, cheias de compaixão e de verdade. Mas Jesus também reconhecia suas necessidades e limitações físicas. E mesmo em face da letargia de Seus discípulos, realizou a segunda multiplicação de pães e peixes, despedindo aquela multidão com Sua perfeita provisão.
Entre os que se reuniam para ouvi-Lo estavam também os fariseus: um grupo domesticado por suas próprias tradições e inflexível quanto ao que acreditavam como religião. Tentavam constantemente a Cristo com perguntas maliciosas ou pedidos aleatórios. Ao pedirem “um sinal do céu” (v.11), Jesus expressou uma decepção tão profunda que em lugar nenhum do Novo Testamento encontraremos a palavra grega utilizada aqui. Os líderes religiosos de Seu povo, aqueles que deveriam instruir Israel sobre o verdadeiro conhecimento eram os mais ignorantes a respeito do que realmente importava. Não tinham o rico e suficiente alimento para oferecer ao povo. Suas vidas não passavam de um fermento cuja influência levedava contra a influência de Cristo.
Mas os discípulos não entendiam a metáfora bem empregada por Jesus acerca dos ensinamentos dos líderes de Israel, de modo que tiveram de ouvir as duras indagações: “Ainda não considerastes, nem compreendestes? Tendes o coração endurecido? Tendo olhos, não vedes? Tendo ouvidos, não ouvis?” (v.17, 18). A maior e mais terrível perseguição não viria da parte de Roma ou de outros povos pagãos, mas daqueles que diziam seguir a Deus. Se os discípulos não entendessem que sua fé e sua vida cristã precisava de um toque diário de cura, dariam início apenas a mais uma religião de aparências, com uma visão tão turva e confusa quanto a do cego em Betsaida ao abrir os olhos pela primeira vez (v.24).
Hoje, Jesus deseja tomar o Seu povo pela mão para fora de sua zona de conforto e aplicar-lhe nos olhos o que sai de Sua boca (v.23). À primeira vista, todos nós não enxergávamos senão o vulto da mensagem adventista. Contudo, creio, com convicção, de que a visão clara e perfeita já está à disposição de todos aqueles que têm buscado com genuíno interesse o reavivamento prometido. Reavivamento e reforma consiste em renúncia, em “perder a vida por causa de [Cristo] e do evangelho” (v.35). Apenas confessar que Jesus é o Cristo não é suficiente, amados. Jesus precisa ser o nosso Senhor e Salvador pessoal. Há uma cura disponível a todos nós e esta só dará o fruto do Espírito quando entendermos que precisamos primeiro levá-la “para casa” (v.26).
A maioria esmagadora das famílias está tão destroçada e tão carente do alimento espiritual, que o Espírito Santo precisa interceder “com gemidos inexprimíveis” (Rm.8:26). E “Não compreendeis ainda” (v.21) que “Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus?” (Mt.4:4). O maior milagre não está na cura física, mas em aceitarmos carregar o instrumento de morte: “Se alguém quer vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-Me” (v.34). Jesus não disse que temos que carregar a cruz dEle, e sim a nossa. Precisamos morrer para o mundo e viver para Deus! Isso não significa uma vida somente de dores e aflições, mas uma vida que mesmo sofrendo terríveis perseguições e provações, não se envergonha de Jesus e de Suas palavras. Porque, bem alimentada do pão do Céu, e com o coração ardendo pela contemplação de Cristo em Sua Palavra, seus olhos podem distinguir “de modo perfeito” (v.25) a missão que o Senhor lhe confiou, para onde deve ir e o que deve evitar (v.26).
Nunca o mundo clamou tanto por cura como agora em tempos tão difíceis e incertos. Sejamos, pois, a geração de verdadeiros adoradores que repartirá com as multidões a perfeita provisão divina. Certamente, aproxima-se o tempo em que haverá “fome sobre a Terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até o Oriente; correrão por toda a parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão” (Am.8:11-12). Que Jesus nos encontre reavivados por Sua Palavra “quando vier na glória de Seu Pai com os santos anjos” (v.38).
Senhor, nosso Deus, há um grande conflito no qual todos estamos envolvidos e necessitamos como nunca antes da Tua graça e do Teu poder. Batiza-nos com Teu Santo Espírito e ajuda-nos a compreender a cada dia o que Ele deseja nos ensinar através da Tua Palavra. Tira do nosso coração tudo aquilo que não Te agrada e dá-nos força e fé para carregarmos nossa cruz na certeza de que no final receberemos a coroa da vida das mãos do nosso Salvador; não por mérito nosso, Pai, mas pelos méritos de Teu Filho, que carregou a cruz da vitória eterna. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, reavivados pela Palavra de Deus!
* Oremos pelo batismo do Espírito Santo. Oremos uns pelos outros.
Rosana Garcia Barros
#Marcos8 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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