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“O Meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque, tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também Eu Me esquecerei de teus filhos” (v.6).
O relacionamento entre Oseias e Gômer tornou-se um símbolo do que Deus desejava realizar no meio do Seu povo. O procedimento do profeta em receber de volta sua esposa e preservá-la em um tempo de purificação de sua prostituição era exatamente o que o Senhor desejava operar na nação apóstata. A verdade, o amor e o conhecimento de Deus foram apresentados como inexistentes em Israel, “porque ao Senhor deixaram de adorar” (v.10). A verdade representa a liberdade que há no relacionamento com Deus. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo.8:32). O amor é símbolo de uma aliança eterna: “Com amor eterno Eu te amei” (Jr.31:3). E o conhecimento de Deus é a intimidade que nos aproxima dEle e que nos faz desejar prosseguir em conhecê-Lo cada vez mais, ansiando por Sua vinda (Os.6:3).
Foi dentro do contexto de líderes e liderados destituídos desta tríplice comunhão, que Deus levantou Oseias com uma mensagem muito clara e direta. Os sacerdotes viviam uma espécie de sacerdócio de fachada. Sua função ainda era mantida, mas haviam perdido o respeito do povo que os acusava, mas que também refletia a insensatez da liderança. E nessa troca de ofensas e acusações, seus corações estavam tão distantes do Senhor e de Sua Palavra, que pela sensualidade e pela prostituição espiritual e física, “abandonaram o seu Deus” (v.12). Enganados por “um espírito de prostituição” (v.12), deixaram de ouvir o Espírito Santo, que é Quem dá o entendimento, e “o povo que não tem entendimento corre para a sua perdição” (v.14).
A ausência do conhecimento que resulta em corrupção e destruição não se trata do conhecimento intelectual apenas. Nunca houve um tempo de tanto esclarecimento bíblico como o que vivemos hoje. Com as facilidades da tecnologia, estamos a um “clique” de um vasto leque de informações, e nossa igreja vai além, com inúmeros materiais de conteúdos riquíssimos. Mas nem tudo isso junto é capaz de preencher o vazio da alma se não compreendermos o real objetivo de examinarmos as Escrituras: “E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a Quem enviaste” (Jo.17:3). Se não buscarmos o conhecimento da Bíblia a fim de conhecermos a Deus e Seu caráter na pessoa de Jesus Cristo, então o nosso conhecimento é vão e não menos insignificante quanto o de Satanás, que também conhece bem as Escrituras (Mt.4:6).
Deus desejava comungar uma amizade genuína com os sacerdotes e com o povo, e isto implicava viver a verdade presente através de um conhecimento prático. Mas eles rejeitaram o conhecimento. Ou seja, sabiam o que deviam fazer, mas não faziam. E essa negligência implicaria em consequências inevitáveis sobre a sua descendência (v.6). Seus filhos sofreriam não porque pagariam pelos pecados de seus pais, e sim porque seriam frutos de lares nominalmente religiosos, mas fatalmente apostatados. Será que o “pedaço de madeira” e “a vara” (v.12) não mudaram apenas de cenário, e prosseguimos hoje consultando o que nos é conveniente e não o que sabemos ser a vontade de Deus? Creio que Satanás tem dado risadas de um povo que julga ter tudo o que precisa (Ap.3:17), mas que não passa de escravo da própria razão pervertida.
Mas a realidade da igreja hoje não deveria ser uma surpresa para nós e nem deveria nos causar espanto. Através de Sua Palavra, o Senhor já havia nos advertido quanto ao que aconteceria no tempo do fim. Ou nos apegamos à Palavra de Deus com genuíno interesse em conhecer a Sua vontade; ou nos entregamos à oração como quem caminha com um amigo; ou permitimos que o Espírito Santo opere em nós o que mais necessitamos, que é um reavivamento e reforma, ou seremos facilmente enredados pelos enganos desses últimos dias, que inclui os enganos sutis de Satanás sendo pregados até mesmo dos púlpitos de nossas igrejas por líderes que não conhecem a Deus, mas que bem conhecem as melhores técnicas de oratória e convencimento. Notem bem a seguinte advertência: “Muitos se levantarão em nossos púlpitos tendo nas mãos a tocha da falsa profecia, acesa na infernal tocha de Satanás” (EGW, Testemunhos Para Ministros, CPB, p.409).
Temos todo o conhecimento necessário para este tempo do fim. Mas será que isso basta, amados? Para quê uma mensagem de saúde, um apelo claro para que as famílias com crianças busquem uma vida simples no campo e se envolvam no trabalho missionário ou que os pais assumam suas funções na educação do lar, se nossa vida não reflete nenhuma dessas mensagens? Somos detentores de uma verdade presente repleta de orientações práticas, enquanto o “que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar” (v.2). Muitos têm acusado seus líderes, mas a realidade é que “como é o povo, assim é o sacerdote” (v.9). Eis aqui uma serva de Deus que deseja ardentemente viver tudo o que o Senhor nos deixou revelado como sendo Sua vontade para o Seu povo nos últimos dias. Mas aqui também está quem enfrenta uma grande luta diária para caminhar nesse sentido.
Não é uma jornada fácil, meus irmãos! Então, lutemos juntos em oração até que o Senhor nos abençoe! Também não são palavras fáceis de se falar, visto que nunca foi o objetivo deste ministério causar nenhum tipo de polêmica. Muito pelo contrário. O meu coração anseia que todos nós possamos viver a vontade do Senhor em meio a uma terra que “está de luto” (v.3), assim como viveram os patriarcas, “confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a Terra” (Hb.11:13). Há um propósito glorioso e grandioso por trás de manter uma vida saudável, simples e tranquila. Mas tudo isso deve ser buscado mediante muita oração e comunhão, pois o inimigo sempre se levanta para atacar aqueles que resolvem firmemente fazer a vontade de Deus. Portanto, o convite do Senhor para nós a cada dia é o mesmo: “Vinde a Mim” (Mt.11:28). Em aceitá-lo, está a nossa segurança e o caminho do verdadeiro conhecimento.
Querido Pai Celestial, nós Te louvamos porque o Senhor repreende e disciplina a quantos ama! E se as advertências deste livro foram preservadas através dos tempos e chegaram até nós hoje, é porque necessitamos dar ouvidos a elas, de forma que o Teu Espírito possa alcançar o nosso coração de pedra e substituí-lo por um coração de carne que não endureça diante da repreensão, mas que seja modelável à mansidão e humildade de Cristo. Sê com os pastores e líderes da Tua igreja, Senhor! Reaviva-os por Tua Palavra e conduze-os com Teu Espírito a fim de que eles sejam instrumentos Teus para conduzir Teu povo na obra final da pregação do evangelho. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, amigos de Deus!
Rosana Garcia Barros
#Oseias4 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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