Reavivados por Sua Palavra


DANIEL 02 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
14 de maio de 2024, 0:45
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Era apenas o segundo ano de seu reinado, e Nabucodonosor já experimentava o apogeu de sua nação, uma superpotência do mundo antigo. Sua fama correu o mundo e os reis da Terra lhe eram submissos. De uma forma extraordinária, um reino antes considerado de pouca importância, conquistou “o poder, a força e a glória” (v.37). Quando o profeta Isaías, por exemplo, profetizou acerca de Babilônia, ainda era algo impensável para Israel que esta nação tomaria as rédeas do mundo em suas mãos. Babilônia, porém, tornou-se a capital da Terra e, Nabucodonosor, o rei que Deus levantou a fim de estabelecer o Seu juízo sobre os povos. A este mesmo rei, o Senhor revelou o futuro das nações até os “últimos dias” (v.28). Através da imagem gráfica de “uma grande estátua […] de extraordinário esplendor” (v.31), o Senhor mostrou ao rei a história da humanidade até ao tempo do fim.

Cercado de magos, encantadores e feiticeiros (v.2), considerados os sábios do reino, Nabucodonosor declarou a sua imposição e ameaça: “Uma coisa é certa: se não me fizerdes saber o sonho e a sua interpretação, sereis despedaçados, e as vossas casas serão feitas monturo” (v.5). No antigo Oriente os sonhos eram considerados previsões divinas e existiam pessoas dedicadas apenas a interpretá-los. Tanto é que, ainda hoje, no islamismo os sonhos são levados muito a sério, e muitos relatos correm o mundo sobre muçulmanos que têm se convertido ao cristianismo através de sonhos e visões; algo que tem crescido absurdamente nos últimos anos. Mas, ao contrário destes, o rei de Babilônia dá a entender que não lembrava de tudo em seu sonho, como escreveu Ellen White: “Nabucodonosor teve um sonho singular, pelo qual ‘seu espírito se perturbou, e passou-se-lhe o seu sono’. Mas embora a mente do rei estivesse profundamente impressionada, foi-lhe impossível, quando despertou, recordar as particularidades” (Profetas e Reis, CPB, p. 250). E, perturbado por sabê-lo e entendê-lo, tomou uma decisão tão firme quanto a de Daniel no capítulo anterior.

Já decidido a cometer um verdadeiro morticínio da classe dos sábios, o rei não esperava que dentre estes houvesse quem daria um fim ao seu desespero. Nabucodonosor sabia que seu sonho se tratava de uma revelação e a proposta de Daniel, de forma “avisada e prudentemente” (v.14), veio até ele como um fio de esperança. Unidos em oração, “Daniel e seus companheiros” pediram “misericórdia ao Deus do céu sobre este mistério” (v.18). “Então, foi revelado o mistério a Daniel numa visão da noite” (v.19), e, após uma oração de ação de graças proferida pelo profeta, este demonstrou compaixão ao pedir a Arioque que poupasse a vida dos “sábios da Babilônia” (v.24), pois que ele já tinha uma resposta favorável para apresentar ao rei.

A maneira como Daniel foi anunciado à presença do rei revela a poderosa lição de que Deus não está com a maioria, Deus está com os humildes de coração, ainda que sejam poucos ou apenas um. Enquanto Arioque disse, referindo-se a Daniel: “Achei um” (v.25), Daniel disse a Nabucodonosor: “há um Deus no céu” (v.28). Enquanto os sábios caldeus tentaram enganar o rei com “palavras mentirosas e perversas” (v.9) ostentando a sabedoria que não possuíam, Daniel revelou a humildade de um verdadeiro servo do Altíssimo: “E a mim foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente” (v.30).

Em apenas um capítulo da Bíblia, encontramos a revelação precisa sobre a história dos maiores impérios mundiais da Antiguidade e o futuro glorioso de “um reino que não será jamais destruído” (v.44). “A cabeça de fino ouro” (Babilônia), “o peito e os braços de prata” (Medo-Pérsia), “o ventre e os quadris, de bronze” (Grécia), “as pernas, de ferro, os pés, em parte, de ferro, em parte, de barro” (Roma), compõem a profecia que fielmente encontrou seu cumprimento na história mundial. Culminando nos tempos dos “artelhos dos pés” (v.42), ou seja, os países da Europa, que, tantas vezes tentaram unir forças “mediante casamento” (v.43), percebemos o perfeito cumprimento profético, posto que “o ferro não se mistura com o barro” (v.43).

O capítulo dois de Daniel exalta a fidelidade de Deus e Seu controle no curso da história, ainda que o homem tente usar seus próprios meios ignorando o que está escrito. Babilônia foi conquistada pelos medos e os persas; estes, foram conquistados pelos gregos; e os gregos foram derrotados por Roma. Vários casamentos foram feitos a fim de estabelecer uma aliança política entre as nações da Europa, mas todos fracassaram em seus propósitos. Provas inquestionáveis da veracidade das Escrituras e da sabedoria de “um Deus no céu, O qual revela os mistérios” (v.28) e faz saber aos Seus servos o que é importante para o fortalecimento da nossa fé e aperfeiçoamento de nosso relacionamento pessoal com Ele. Lembre-se de que Deus revelou tão grande mistério a um rei pagão, o qual veremos mais adiante, foi tremendamente provado até tornar-se como “fino ouro” (v.32).

Meus amados irmãos, estamos vivendo no desfecho de um sonho revelado há mais de dois mil e quinhentos anos! Estamos nos dedos dos pés! Estamos muito perto do tempo em que a pedra “cortada sem auxílio de mãos” (v.34) porá fim ao reino do príncipe deste mundo! Não serão guerras, não será uma arma nuclear, não serão pandemias, não será qualquer manifestação da natureza que acabará com este planeta em ebulição. Mas “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular” (1Pe.2:7). E a pedra é Cristo (1Co.10:4)! Breve o reino de Cristo será estabelecido de uma vez por todas! Esta é uma mensagem que não deve ser calada. Uma profecia não somente informativa, mas salvífica. Em tempos de ameaça e perseguição, Daniel e seus amigos confiaram em Deus e o Senhor os honrou. Em meio à Babilônia atual, escolhamos servir a Deus e confiar em Sua provisão, e, certamente, Ele nos guardará até que venha o Seu reino eterno. Perseveremos, amados, pois logo estaremos em casa!

“Seja bendito o nome de Deus, de eternidade a eternidade, porque dEle é a sabedoria e o poder; é Ele quem muda o tempo e as estações, remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e entendimento aos inteligentes. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com Ele mora a luz. A Ti, ó Deus de meus pais, eu Te rendo graças e Te louvo” (v.20-23)! Deus de Daniel, sê também o Deus de nossa vida, guiando-nos em humildade, mansidão e sabedoria pelo poder do Teu Espírito! Neste capítulo também vemos a vitória sobre a presunção e o orgulho, pois que Daniel foi humilde, dando um prelúdio da vitória de Cristo sobre a segunda tentação no deserto. Retira de nós toda presunção e orgulho, Pai, e faz-nos cada vez mais semelhantes a Teu Filho! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, cidadãos do reino que não terá fim!

Rosana Garcia Barros

#Daniel2 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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