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“Mas Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos sarados” (v.5).
A maravilhosa obra de Jesus na Terra foi a assinatura do amor de Deus pela humanidade. De uma forma totalmente altruísta, Cristo despiu-Se de Sua glória para caminhar no solo enegrecido deste mundo, experimentando o sofrimento humano e sendo desprezado e rejeitado (v.3). Porém, mesmo diante da atitude irracional daqueles pelos quais veio salvar, Ele nos amou a tal ponto de entregar-Se no maior ato de compaixão de todos os tempos! E eu lhe convido a, neste momento, contemplar o que o Amor (1Jo.4:8) aceitou sofrer por você e por mim:
Jesus escolheu deixar a glória do Céu para vir a este mundo como um bebê indefeso. Cresceu em uma família pobre. Encaliçou as mãos no serviço de carpintaria com José. Passou quarenta dias e quarenta noites jejuando e orando, e foi tentado por Satanás. Esteve entre nós suportando a fadiga, o escárnio e o desprezo daqueles que tanto amava e vendo o sofrimento daqueles que criou para a perfeição. Era constantemente acusado como um impostor. Foi maltratado, cuspido e esbofeteado. Apanhou com um caniço. Teve a Sua fronte perfurada por uma coroa de espinhos. Foi cruelmente açoitado. A madeira que por anos havia sido o Seu instrumento de trabalho, foi transformada em instrumento de morte em forma de cruz. Por um longo e doloroso caminho teve que carregá-la sob sofrimento descomunal.
Em meio a desmaios e quedas, Jesus enfrentou uma turba enfurecida que blasfemava do Seu nome. Foi despido e deitado no madeiro, e as mãos que haviam curado e abençoado receberam os cravos que O prendiam ao “castigo que nos traz a paz” (v.5). Os mesmos pés que, mui formosos, haviam percorrido toda aquela região espalhando as boas-novas da salvação, foram unidos à cruz com golpes cruéis de um enorme cravo que os traspassava. A cruz foi erguida, e o peso do Seu corpo rasgava Suas feridas. Quando teve sede, ofereceram-Lhe fel a beber. Seus discípulos e companheiros de jornada O abandonaram, ficando apenas o discípulo amado. Foi insultado pelos líderes religiosos como incapaz de salvar-Se a Si mesmo, e morreu com o coração dilacerado pela dor de sentir-Se separado do Pai por pecados que jamais cometeu!
Que cena! Quanta dor! Quanto amor por um mundo que nem merece! Mas, foi ali no Calvário que Jesus orou por você e por mim: “Pai, perdoe-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lc.23:34). O que pensamos estar fazendo quando damos as costas ao Salvador de nossa vida? Apesar de todo o sofrimento, a clara expressão do amor de Deus em nenhum momento perdeu a sua força, e Seu olhar permaneceu perscrutando cada coração ali presente. Mesmo em meio às trevas que ocultaram a Sua vergonha, as trevas morais dos que O rejeitaram eram atingidas por Seus olhos de amor.
Qualquer que seja a nossa condição hoje, todos nos encontramos separados do Senhor pelo abismo que é o pecado. O Salvador Se doou por amor de todos e todos nós estamos sujeitos tanto ao Seu amor, quanto às trevas deste mundo. Professos cristãos hoje podem não o ser amanhã. Enquanto homens e mulheres considerados casos impossíveis poderão levantar-se na “hora undécima” (Mt.20:6) como fiéis sentinelas do Senhor. Não cabe a nós julgar, mas agir conforme nos deixou exemplo o nosso Mestre: amar ao próximo assim como Ele nos amou!
Em uma geração onde “por se multiplicar a iniquidade, o amor esfriará de quase todos” (Mt.24:12), o amor de Deus em nós será o que nos tornará diferentes do mundo. Um amor relacional, que redime, que transforma e que nos salva de nosso egoísmo. Eis o nosso maior desafio: amar como Jesus amou. Eis a ordem de Cristo: “Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que vós outros, Me odiou a Mim” (Jo.15:17 e 18). E Cristo jamais nos pediria algo que fosse impossível. Somente mediante o agir do Espírito Santo podemos experimentar o amor celestial. Somente entregando o nosso coração por completo nas mãos de Deus, podemos amar como Jesus amou.
Que a Bíblia, com a sabedoria que ela traz do Alto, seja o nosso mapa para o Céu. E que aceitemos, todos os dias, o chamado de Cristo de buscá-Lo e conhecê-Lo como o nosso Salvador pessoal. E quem O busca O encontra, cumpre com os Seus propósitos e vive o amor.
Querido Pai Celestial, não conseguimos mensurar o privilégio que nos é dado de termos um relacionamento pessoal Contigo. Que privilegio, Senhor! Um privilégio que tantas vezes temos negligenciado. Oh, Deus Eterno, que nossas orações não sejam mais monólogos, mas diálogos, porque mais do que falar Contigo, necessitamos ouvir a Tua voz. Derrama em nosso coração o amor do Calvário e enche-nos do Espírito Santo até que não reste nada mais de nós, mas que viva Cristo em nós! Nós Te pedimos e clamamos! E Te perguntamos: Qual é a Tua vontade para cada um de nós neste dia? Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, justificados pelo “penoso trabalho” (v.11) de Jesus!
Rosana Garcia Barros
#Isaías53 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
1 Comentário so far
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Que amor é esse? E nunca, jamais seremos merecedores desse amor. A paz do Senhor.
Comentário por Márcio 15 de janeiro de 2024 @ 14:43