Reavivados por Sua Palavra


JONAS 3 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
23 de junho de 2024, 0:45
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Recebendo uma segunda chance, Jonas finalmente se dispôs não mais para fugir, mas para cumprir sua missão como atalaia do Senhor. O profeta teimoso iniciou a jornada “de três dias” apregoando a mensagem divina àquela cidade, porque “Nínive era cidade mui importante diante de Deus” (v.3). Os resultados ali obtidos num intervalo de três dias, Moisés não pôde testemunhar em quarenta anos pastoreando Israel. As atitudes de Jonas bem refletiam o coração de seu povo: zeloso pela lei, mas intolerante quanto à misericórdia.

Ainda que não compreendesse o porquê de estar advertindo a um dos povos mais bárbaros da época, desta vez, Jonas “levantou-se […] e foi” (v.3). Contudo, diferentemente de Abraão, quando questionou ao Senhor sobre a possibilidade de haver justos em Sodoma e Gomorra (Gn.18:22-33), Jonas esperava que a mesma destruição que baniu aquelas cidades caísse sobre Nínive. A sua disposição não era a de salvar pessoas, mas a de garantir de que todas fossem advertidas de sua iminente destruição. Ele nutria em seu coração a “esperança” de contemplar de camarote as cenas de juízo que livraria o seu povo de mais um inimigo.

Porém, o que se seguiu frustrou por completo suas ideias e concepções acerca de seus ouvintes. Jonas foi testemunha ocular da maior história de conversão coletiva registrada nas páginas sagradas. A inclusão dos animais indica uma submissão total de cada criatura e o fato de que aqueles povos eram extremamente idólatras e pervertidos moralmente. Além da prática de adoração a certas espécies de animais, a prática do bestialismo também era muito comum entre os povos pagãos. Os ninivitas reconheceram que tudo o que respirava estava contaminado pelas abominações que até então haviam cometido.

A Bíblia relata que todo o povo se arrependeu e, como um só homem, clamava a Deus pelo perdão. Toda aquela cidade foi salva por causa da pregação de um homem. Ele tinha uma mensagem de juízo para proclamar, porém, ainda que não entendesse dessa forma, também era uma mensagem de misericórdia. Jonas sabia que se eles se arrependessem, Deus os perdoaria. O que ele temia era exatamente isso, que Deus perdoasse aqueles que ele odiava. Os ninivitas haviam oprimido o seu povo e assassinado seus amigos, e quem sabe até seus familiares. Como levar salvação para esse tipo de gente? O que você faria no lugar dele? E se Deus lhe pedisse para pregar para o assassino de alguém de sua família?

Conheço uma irmã muito querida que sofreu a perda de seu filho, e após um período de jejum e muita oração, encontrou-se com o assassino e lhe ofereceu o perdão. Mais do que isso, o Espírito Santo colocou em seu coração amor de mãe por aquele rapaz. Foi assim que nasceu um lindo ministério aos encarcerados em sua cidade. Portanto, amados, o Senhor desejava curar o coração de Jonas assim como curou o coração daquela mãe enlutada.

Um dos piores enganos de Satanás tem sido o de desvincular o amor de Deus de Sua justiça. Isso faz com que grande parte do mundo cristão pregue sobre o amor, mas descarte a justiça divina. Por isso que o Antigo Testamento tem sido negligenciado como se fosse uma parte das Escrituras que perdeu o seu valor. Lançam por terra verdades que o próprio Senhor disse que jamais passariam (Is.40:8), perdendo o privilégio de proclamar a mensagem completa (2Tm.3:16-17). Assim, o amor tem sido pregado não como a essência do caráter divino, mas como um escape para se viver da forma que bem desejar. A mensagem de Jonas era de juízo, mas também era um chamado do amor divino para uma vida transformada, mesmo que o próprio profeta não compreendesse dessa forma.

Nestes últimos dias, Deus tem um povo com a mesma missão de Jonas, que é pregar “as verdadeiras palavras de Deus” (Ap.19:9), independentemente de quem seja ou de sua reação. Deus tem chamado “Jonas” modernos para difundir o Seu último chamado de juízo e de amor. Não com o mesmo sentimento que houve no profeta, mas tendo “o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp.2:5). “Deus é amor” (1Jo.4:8), e Ele tem usado os Seus pregadores da justiça dos últimos dias, convocando, sem fazer acepção de pessoas, todos, para receberem de igual modo a salvação em Cristo Jesus. O verdadeiro amor não é uma emoção, nem tampouco uma desculpa para se levar uma vida libertina. O verdadeiro amor é Jesus Cristo e quem O ama segue os Seus passos (1Pe.2:21) e cumpre as Suas palavras: “Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos” (Jo.14:15).

O fato é: assim como amou aos ninivitas, Deus te ama, quer você tenha conhecimento disto, quer você aceite, quer não. No entanto, amá-Lo ou não, é sim uma escolha sua. Clamemos “fortemente a Deus” (v.8) e busquemos, pelo poder do Espírito Santo, a conversão diária de que tanto necessitamos.

Querido Pai, o Teu amor por nós é tão grande que enviaste Teu Filho amado para pagar o preço do nosso resgate e para ser o nosso Mediador, de forma que nossas orações sejam aceitas por Ti. O Senhor não espera mais que nos vistamos de panos de saco e lancemos terra e cinza sobre a nossa cabeça. Mas um “coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl.51:17). Ó, nosso Deus, purifica o nosso coração e nos concede alegria em pregar o Teu evangelho! Dá-nos o entendimento verdadeiro e harmonioso do Teu amor e da Tua justiça. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz semana, convertidos pelo Amor!

Rosana Garcia Barros

#Jonas3 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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