Reavivados por Sua Palavra


Levítico 27 – Rosana Barros by Ivan Barros
11 de agosto de 2025, 0:45
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“No entanto, nada do que alguém dedicar irremissivelmente ao Senhor, de tudo o que tem, seja homem, ou animal, ou campo da sua herança, se poderá vender, nem resgatar; toda coisa assim consagrada será santíssima ao Senhor” (v.28).

Os votos e os dízimos constituem a parte final desta coleção de normas estabelecidas por Deus, conhecida como “Código de Santidade”. O voto consistia em uma espécie de acordo do homem diretamente com Deus, visando o favor divino a fim de alcançar uma determinada bênção. Ana, por exemplo, fez um voto com o Senhor, prometendo dedicar seu primeiro filho exclusivamente a serviço dEle, caso Ele lhe abrisse a madre. Esse voto ela cumpriu ao entregar o menino Samuel aos cuidados do sacerdote Eli, ainda em tenra idade. Fazer um voto a Deus implicava um sagrado compromisso que culminava em uma oferta específica que era levada ao santuário pelo votante. O voto implicava em compromisso, gratidão e plena confiança na provisão divina. Conforme o sábio Salomão, “Melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Ec.5:5).

O dízimo, por sua vez, foi estabelecido como uma prova de fidelidade e um “antídoto” contra a avareza e o egoísmo. Ao separar “todas as dízimas da terra” (v.30) e entregá-las aos sacerdotes, os adoradores eram levados ao consciencioso entendimento de que tudo o que tinham era fruto da bênção de Deus, e devolver a décima parte era muito pouco diante da abundância de que desfrutavam na terra que o Senhor lhes havia dado por herança, mas o suficiente para lhes provar a fidelidade para com o Doador divino. Enquanto o sistema de ofertas não possui uma porcentagem específica, o dízimo coloca todos os fiéis em pé de igualdade. Para Deus não importa se você devolve o dízimo de um salário mínimo ou de uma grande fortuna. Aquele que é o Dono do ouro e da prata (Ag.2:8) não precisa do nosso dinheiro; nós, porém, precisamos dizimar, sendo este o método mais eficaz de declararmos ao Senhor que nós confiamos nEle como o nosso Provedor e Mantenedor.

Infelizmente, muitos transformaram esse assunto em uma forma de enriquecimento fácil. A famosa teologia da prosperidade tem conquistado multidões de seguidores, atraídos pela promessa de abundância de recursos. Através de discursos criativos e apelativos, líderes espirituais reúnem milhares de pessoas, e muitas delas deixam em seus lugares de culto as economias de toda uma vida. Pedro já havia nos advertido com relação a esse engano: “também, movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2Pe.2:3). Por outro lado, não há sociedade mais próspera do que aquela estabelecida entre o homem e Deus, onde o Sócio Majoritário só nos pede o mínimo, enquanto nos promete o máximo de lucro: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro […] e provai-Me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida” (Ml.3:10).

A fidelidade nos dízimos e nas ofertas não é uma questão material, mas espiritual. Ela faz parte da nossa adoração ao Senhor. O mesmo Deus que declara: “Não furtarás” (Êx.20:15) é O mesmo que não muda (Ml.3:6) e que continua a advertir o Seu povo: “Roubará o homem a Deus? Todavia, vós Me roubais e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas” (Ml.3:8). Se fazer um voto ou juramento ao Senhor e não cumprir, constitui uma grave ofensa, imagine usufruir de dinheiro roubado! Lembremos do exemplo de Ananias e Safira, que, pela cobiça, levaram ao Senhor uma oferta mentirosa (At.5:1-11). Ao devolvermos ao Senhor, com inteireza de coração, parte dos recursos que Ele mesmo nos deu, o Espírito Santo nos concede mais da fidelidade de Seu fruto e nos apegamos menos às coisas deste mundo. “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm.6:10).

Há bênção e verdadeira felicidade em fazer a vontade de Deus, amados. Que a nossa vida e os nossos bens declarem que tudo o que somos e o que temos pertencem ao Senhor. Que possamos dar ouvidos às palavras do nosso Resgatador: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no Céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt.6:19-21).

Pai querido, nós Te agradecemos pela bênção do estudo de mais um livro da Tua santa Palavra! Que todas as advertências, repreensões, e que todo o ensino, tenham sido para nós como espada de dois gumes, dividindo a nossa vida em antes e depois de Levítico! Senhor, reconhecemos a importância deste livro não apenas como um guia seguro para o antigo Israel, mas também para nós, que vivemos nos últimos dias deste mundo de pecado. Ó, Senhor, que perseveremos em ser santificados pela verdade! Depositamos em Tuas mãos tudo o que temos e somos, para a Tua glória. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, fiéis servos de Deus!

Rosana Garcia Barros

#Levítico27 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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