Reavivados por Sua Palavra


Êxodo 36 – Rosana Barros by Ivan Barros
11 de julho de 2025, 0:45
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“Porque o material que tinham era suficiente para toda a obra que se devia fazer e ainda sobejava” (v.7).

O povo foi motivado a levar “a Moisés ofertas voluntárias” (v.3). Cada manhã, havia uma fila de homens e mulheres, todos dispostos a contribuir para a obra do santuário, até o ponto em que “o povo foi proibido de trazer mais” (v.6). Já havia sido arrecadado mais do que o necessário. Então, os homens responsáveis pela fabricação do tabernáculo seguiram à risca as especificações dadas por Moisés e realizaram uma “obra de artista” (v.8), usando somente os materiais que Deus havia ordenado. Parece que, após a apostasia no Sinai, os filhos de Israel estavam dispostos a se redimir perante Deus através da sua fidelidade.

Falar sobre mordomia e fidelidade com relação aos nossos recursos financeiros tornou-se para muitos um tema ofensivo ou até mesmo apelativo. O discurso monetário da maioria das igrejas protestantes, apontando a prosperidade material como sinal do favor divino, acabou por transformar uma doutrina bíblica e sagrada em uma fonte desonesta de dinheiro fácil. Referindo-se aos últimos dias, o apóstolo Pedro nos advertiu que falsos mestres, “movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias; para eles o juízo lavrado há longo tempo não tarda, e a sua destruição não dorme” (2Pe.2:3). O Senhor, portanto, não deixará sem punição todos os que têm lidado com esse assunto de forma leviana, com o propósito de enriquecimento às custas da ignorância de muitos.

A mordomia cristã não se trata apenas da nossa responsabilidade perante Deus com relação aos nossos recursos materiais. Somos mordomos do Senhor não apenas no que diz respeito aos dízimos e às ofertas, mas também na administração dos nossos dons, talentos, tempo e do cuidado com o nosso próprio corpo. E essa fiel administração só se torna uma oferta agradável a Deus quando é voluntária e pessoal. Sim, o dízimo é bíblico e as ofertas também (Leia Ml.3:9-10; 2Co.9:7). Mas a devolução dos dízimos e das ofertas por interesse, como uma espécie de barganha com Deus, com a finalidade de enriquecimento ou favor, não corresponde ao propósito da fidelidade financeira que o Senhor espera de Seus filhos.

Somos, por natureza, egoístas, e isso, por si só, amados, é um excelente motivo pelo qual o Senhor pede que Lhe devolvamos parte dos nossos recursos. Ao pedir aos filhos de Israel que ofertassem “de coração disposto, voluntariamente” (Êx.35:5), fica bem claro que Deus nunca exigiu e nunca irá exigir nada de nós sem o nosso consentimento. Dizimar e ofertar é um ato de adoração. E Deus só é verdadeiramente adorado quando colocamos o nosso coração em tudo que Lhe devolvemos e oferecemos. Notem que a primeira obra feita para o tabernáculo foram as cortinas que o envolveriam, a sua cobertura e o seu pavimento. Da mesma forma, como santuários do Espírito Santo (1Co.6:19), necessitamos ser envolvidos e cobertos com as vestes brancas da justiça de Cristo, sobre o sólido e dourado pavimento de Sua Palavra.

Quando permitimos que o Espírito Santo seja o nosso Instrutor no estudo das Escrituras, Ele ilumina a nossa mente e, nos conduz ao conhecimento crescente do amor de Deus na pessoa de Jesus Cristo, e é esse conhecimento que nos impulsiona a adorá-Lo com tudo o que temos e somos. Quando olhamos para a cruz, para o sacrifício supremo do nosso Salvador; quando entendemos que ali estava a mais perfeita oferta; que no contraste daquele fatídico e salvífico dia a nossa salvação foi garantida, a fidelidade se torna a resposta de um coração que é impelido a adorar ao Senhor “em espírito e em verdade” (Jo.4:23). E mesmo que a nossa vida neste mundo se resuma a privações e dificuldades, como os antigos patriarcas, aspiramos “a uma pátria superior, isto é, celestial” (Hb.11:16).

Lembram da oferta da viúva pobre? Da sua pobreza ela ofereceu a riqueza de um coração cheio de sinceridade e gratidão e suas “duas pequenas moedas” foram reconhecidas por Jesus como “mais do que o fizeram todos os ofertantes” (Mc.12:41-44). O Senhor nos convida à verdadeira adoração, meus irmãos. Que sejamos prósperos em Cristo, “segundo a riqueza da Sua graça” (Ef.1:7).

Nosso Pai e Mantenedor, nós Te agradecemos por Tua abundante graça que nos envolve a cada manhã e nos convida a Te adorar em verdade na beleza da Tua santidade! Que nossos tesouros, nossos talentos, nosso tempo, nosso templo, que é o nosso corpo, estejam sempre diante do Teu altar, como oferta voluntária proveniente de um coração guiado pelo Espírito Santo. Porque reconhecemos que pertencemos a Ti, que tudo vem de Ti, e das Tuas mãos Te damos, Senhor. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia da preparação, ricos da graça de Cristo!

Rosana Garcia Barros

#Êxodo36 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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