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“José se apressou e procurou onde chorar, porque se movera no seu íntimo, para com seu irmão; entrou na câmara e chorou ali” (v.30).
Não sabemos quanto tempo os irmãos de José demoraram para retornar, mas foi tempo suficiente para consumirem todo o cereal que haviam trazido do Egito. Diante do pedido de Jacó para que voltassem e comprassem mais mantimento, Judá viu a oportunidade de convencer seu velho pai a levar Benjamim com eles. Mesmo relutante, Jacó permitiu e usou a mesma estratégia que anos antes havia empregado com Esaú: mandou preparar muitos presentes para José e os abençoou, dizendo: ‘Deus Todo-Poderoso vos dê misericórdia perante o homem, para que vos restitua o vosso outro irmão e deixe vir Benjamim’ (v.14).
Era um tempo de prova para toda a família. Cada um precisava exercer sua fé em Deus, desde Jacó até Benjamim. Enquanto isso, José aguardava ansioso o retorno de seus irmãos com seu irmão mais novo. Ao ver Benjamim, ordenou a um de seus empregados que os preparassem para almoçar em sua casa. Essa notícia fez estremecer o coração de seus irmãos, que pensaram se tratar de um encontro para acusá-los de roubo por causa do dinheiro que lhes voltou nos sacos de cereais. O que os intimidava, na verdade — e sua constante desconfiança e medo — era uma consciência culpada desde o tempo em que venderam José como escravo. A cada ameaça de infortúnio, sua consciência os acusava e os fazia pensar que estavam diante de um castigo divino.
Mesmo sendo tratados agora com brandura e certos privilégios, ‘prepararam o presente’ (v.25) para entregar ao governador do Egito. Era muito difícil para eles não olharem com desconfiança para aquele momento. Chegaram a pensar que seriam punidos com a mesma sorte de José, sendo capturados como escravos (v.18). O que é isso, senão o resultado de uma mente cheia de culpa? A culpa tem seu lugar no processo que envolve o genuíno arrependimento. Ela age como a dor que indica que algo está errado. Mas, se for canalizada para o eu — como se tivéssemos o poder de vencê-la por meio de nossos próprios esforços —, ela pode levar ao mesmo fim de Judas, que tentou devolver as moedas aos sacerdotes e anciãos, mas, vendo que não adiantou, ‘foi enforcar-se’ (Mt.27:5). Contudo, se como Pedro, encontrarmos o olhar de Jesus (Lc.22:61), experimentaremos o verdadeiro arrependimento, que transforma e redime.
O certo é que, ao invés do que esperavam, os filhos de Jacó foram tratados com honra e dignidade e desfrutaram de uma excelente refeição na casa do oficial mais respeitado e poderoso do Egito. José, contudo, não pôde conter a emoção ao ver seu irmão caçula e ‘procurou onde chorar’ (v.30). E como mais uma forma de provar o caráter de seus irmãos, ‘a porção de Benjamim era cinco vezes mais do que a de qualquer deles’ (v.34). Quando olhamos para a cruz e para tudo o que nosso Salvador teve de passar por causa de nossos pecados, poderíamos nos sentir como os irmãos de José: culpados e passíveis do pior castigo possível. Mas, ao invés disso, Cristo nos prometeu levar para Sua casa e nos tratar com honra e dignidade, enquanto desfrutamos do banquete celestial. Porque ‘Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós; para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus’ (2Co.5:21).
Vocês compreendem, amados? Cristo é a nossa Justiça! Essa é a mensagem que deve permear a nossa vida e ser revelada ao mundo. Esse é o evangelho eterno que transforma e salva! Jesus está na mais sagrada câmara do santuário celeste e é ali, no Santíssimo lugar, que Ele está a derramar Suas últimas lágrimas de amor por mim e por você. Não permita que a culpa seja um agente de destruição em sua vida, mas, pela graça de Deus, que ela te faça olhar para Jesus, Aquele que quer te perdoar e te vestir com Sua perfeita justiça.
Nosso amado Pai, obrigado pela maravilhosa obra redentora de Jesus, que nos deixou escrito o caminho para encontrá-Lo! Tu conheces o nosso coração e sabes bem de que somos culpados. Perdoa-nos, Senhor! Purifica-nos de nossos pecados e prepara-nos para Te encontrar! Estamos, agora, abrindo a porta para que o Senhor entre e coma conosco e nós Contigo. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, justificados por Cristo!
Rosana Garcia Barros
#Gênesis43 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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