Reavivados por Sua Palavra


GÊNESIS 3 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
19 de abril de 2025, 0:50
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1370 palavras

[Nota do compilador: recomendamos a leitura do Comentário Bíblico Adventista sobre Gênesis 3, de cujas 9 1/2 páginas extraímos aqui esta seleção.]

Disse à mulher. Usando a serpente como médium, Satanás achou um momento em que pôde se dirigir à mulher sozinha. Sempre é mais fácil persuadir uma pessoa a fazer algo errado quando ela está longe de um ambiente protetor. Tivesse Eva permanecido junto ao marido, sua presença teria sido uma proteção para ela, e a história sem dúvida teria tido uma sequência diferente. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1, p. 213.

Deus disse. Observe-se que a tentação está associada à dúvida relativa à Palavra de Deus, “Deus disse”. Bíblia de Estudo Andrews.

Do fruto das árvores do jardim podemos comer. … em vez de voltar as costas e correr para o marido, mostrou sinais de vacilação e dúvida e uma disposição para discutir o assunto um pouco mais com a serpente. CBASD, vol. 1, p. 213.

No dia se vos abrirão os olhos. Satanás … acusou a Deus de: (1) Invejar a felicidade de Suas criaturas. … (2) Mentir. … A promessa “se vos abrirão os olhos” sugeria uma então presente limitação de visão que podia ser removida seguindo-se o conselho da serpente. CBASD, vol. 1, p. 214.

Depois de terem sido despertadas na mulher a dúvida e a incredulidade com respeito à Palavra de Deus, a árvore lhe pareceu muito diferente. Três vezes é feita a menção de quão atrativa ela era: agradava ao paladar, aos olhos e ao anseio por mais sabedoria. O olhar para a árvore dessa forma, com o desejo de participar de seu fruto, foi uma concessão ao estímulo de Satanás. Em sua mente, ela já era culpada de transgredir o mandamento divino: “Não cobiçarás”(Êx 20:17). O ato de tomar o fruto e comer dele foi apenas o resultado natural de haver se colocado no caminho da transgressão. CBASD, vol. 1, p. 214.

Tomou-lhe do fruto. Havendo cobiçado aquilo a que não tinha direito, a mulher prosseguiu, transgredindo um mandamento após outro. A seguir ela roubou o que era propriedade de Deus, violando o oitavo mandamento (Êx 20:15). Comendo do fruto proibido e dando-o ao marido, transgrediu também o sexto mandamento (Êx 20:13 [Não matarás.]). Então, quebrou o primeiro mandamento (Êx 20:3) porque colocou Satanás acima de Deus em consideração e obedeceu a ele em vez de ao Criador. CBASD, vol. 1, p. 214, 215.

E deu também ao marido. Observando que não havia morrido imediatamente – o que parecia confirmar a definida afirmação do sedutor: “Não morrereis” – Eva experimentou uma enganosa sensação de enlevo. Desejou que o marido também partilhasse dessa sensação. CBASD, vol. 1, p. 215.

E ele comeu. … o poder de persuasão da esposa aliado a seu próprio amor por ela, induziu-o a partilhar das consequências de sua queda, quaisquer que elas fossem. Em vez de esperar até que tivesse a oportunidade de discutir o trágico assunto com Deus, Adão decidiu tomar o destino em suas mãos. A queda de Adão é a mais trágica, porque ele não duvidou de Deus, nem foi enganado como Eva; agiu sob a segura expectativa de que a terrível ameaça de Deus se concretizaria. … Não foi a escolha de Eva, mas a deliberada escolha de Adão, na plena compreensão de uma ordem expressa de Deus, que tornou o pecado e a morte a sorte inevitável da humanidade. Eva foi enganada, mas o mesmo não ocorreu com Adão … Se Adão tivesse permanecido leal a Deus, apesar da deslealdade de Eva, a sabedoria divina teria resolvido o dilema e evitado o desastre para a raça humana. CBASD, vol. 1, p. 215.

Abriram-se, então, os olhos de ambos. Que ironia há nessas palavras, que registram o cumprimento da ambígua promessa de Satanás! Abriram-se os olhos de seu intelecto e compreenderam que não mais eram inocentes. CBASD, vol. 1, p. 215.

Onde estás? Deus … o chamou não porque ignorasse o seu esconderijo, mas para levá-lo à confissão. Adão procurou ocultar o pecado por trás das consequências deste e sua desobediência, por trás de seu senso de vergonha, declarando a Deus que havia se escondido devido ao embaraço da nudez. A consciência dos efeitos do pecado era mais aguçada que o senso de pecado em si. CBASD, vol. 1, p. 216.

A mulher que me deste. A resposta de Adão para explicar seu embaraço foi uma desculpa tortuosa e evasiva que acabou sendo uma acusação contra Deus. A que ponto o caráter de Adão havia mudado no curto intervalo de tempo desde que enveredara pelo caminho da desobediência! O homem que havia amado tanto a esposa que intencionalmente violara o mandamento de Deus para não se separar dela, agora fala da esposa com fria e insensível antipatia, como “a mulher que me deste”. … Um dos amargos frutos do pecado é que o coração se torna duro, “sem afeição natural” (Rm 1:31). CBASD, vol. 1, p. 216.

13 A serpente me enganou. Nenhum dos dois deu evidências de arrependimento. Existe, porém uma diferença notável entre a confissão de um e de outro. A mulher alegou que havia sido enganada; Adão admitiu tacitamente que seu ato havia sido deliberado, com pleno conhecimento das consequências. CBASD, vol. 1, p. 216.

15 Entre a tua descendência e o seu descendente. Faz-se referência aqui ao conflito milenar entre a “descendência” ou os seguidores de Satanás (Jó 8:44; At 13:10; 1Jo 3:10) e o descendente da mulher. O Senhor Jesus Cristo é designado, por preeminência, como “o descendente” (Ap 12:1-5; cf. Gl 3:16, 19). Ele que veio para “destruir as obras do diabo” (Hb 2:14; 1Jo 3:8). CBASD, vol. 1, p. 217.

Este te ferirá a cabeça. Adão, que foi vice-rei de Deus na Terra enquanto permaneceu leal, havia cedido a autoridade a Satanás, ao transferir sua lealdade a Deus para a serpente. … Adão começou a perceber a extensão de sua perda quando, de governante deste mundo passou a ser um escravo de Satanás. Contudo, antes de ouvir o pronunciamento da sentença, o bálsamo da esperança foi aplicado à sua alma despedaçada. Para a mulher, a quem havia culpado pela sua queda, ele agora devia se voltar em busca do livramento – na espera pelo descendente prometido, em quem haveria poder para vencer o arqui-inimigo de Deus e do homem. CBASD, vol. 1, p. 218 e 218.

16 O teu desejo será para o teu marido. A palavra heb. shuq, “desejo”, significa “correr atrás de de, ter ardente anseio por algo”, indicando o mais forte desejo possível. Embora governada pelo homem e torturada pelas dores do parto, a mulher ainda sentiria intenso desejo pelo marido. … Prece razoável concluir que esse “desejo” foi dado para aliviar as tristezas da feminilidade e unir ainda mais o coração do marido e da esposa. CBASD, vol. 1, p. 218.

17 Maldita é a terra. Deve ser notado, novamente, que Deus não amaldiçoou Adão nem sua esposa. As maldições foram pronunciadas somente sobre a serpente e a terra. Mas Deus disse a Adão: “Maldita é terra por tua causa”. CBASD, vol. 1, p. 219.

Até que tornes à terra. O Senhor informou Adão que a sepultura era seu destino certo. Ele compreendeu, assim, que o plano da redenção (v. 15) não impediria a perda da vida presente, mas oferecia a certeza de uma nova vida. … A menos que, em misericórdia, fosse concedido um tempo de graça para o homem, a morte teria ocorrido instantaneamente. A justiça divina exigia a vida; a misericórdia divina concedeu uma oportunidade para restaurar essa vida. CBASD, vol. 1, p. 220.

20 E deu o homem o nome de Eva a sua mulher. Este verso … mostra que Adão creu na promessa relativa ao descendente da mulher e manifestou essa fé no nome que deu à esposa. Eva, hawwah, significa “vida”, e é aqui traduzida como zoe pela LXX [versão em grego do AT efetuada antes do nascimento de Jesus]. … Em Gênesis 4:1, hawwah foi imperfeitamente transliterado como eua pela LXX e daí vem a forma “Eva” em nossa língua. CBASD, vol. 1, p. 220.

Por ser a mãe. Adão deu, em fé, o nome “aquela que vive” à sua esposa… Em vez de chamá-la, em desânimo e desespero – como seria de se esperar naquelas circunstâncias – de “a mãe de todos os condenados à morte”, ele fixou os olhos, pela fé, em seu Juiz e, antes mesmo que ela desse à luz seu primogênito, chamou-a, com esperança, de “aquela que vive”. A fé de fato foi para ele “a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11:1). CBASD, vol. 1, p. 220.


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