Reavivados por Sua Palavra


APOCALIPSE 13 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
7 de abril de 2025, 0:50
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2232 palavras

[NC: esta compilação precisou ter espaço maior devido à atualidade e importância dos temas abordados neste capítulo. Caso haja pouco tempo para a leitura, recomendamos a leitura dos pontos de maior interesse, voltando a uma leitura mais atenta em ocasião oportuna.]

1-18 Esta passagem acrescenta detalhes ao cap. 12, sobretudo em relação à guerra do tempo do fim (de 12:17). Neste capítulo, o dragão reúne dois de seus aliados para o conflito final. Com o dragão, a besta do mar (uma aparente paródia de Cristo) e a besta da terra (um aparente paródia do Espírito Santo) sugerem uma falsa trindade (16:13, 14) em conspiração para enganar o mundo (13:13, 14). Bíblia de Estudo Andrews.

1-7 Escrita no passado, esta seção conta a história da besta que emerge do mar antes de sua atividade do tempo do fim. Ela surge depois do dragão (Roma imperial) e usurpa a autoridade de Cristo. Os eruditos protestantes ao longo dos séculos têm identificado esta besta com o papado da Idade Média (comparar as descrições com Dn 7:3-7, 25; 8:11-14). Bíblia de Estudo Andrews.

1 nomes de blasfêmia. Um poder religioso em oposição a Deus e a seu povo (ver Dn 7:8, 25). Bíblia de Estudo Andrews.

2 A besta […] leão. Uma imagem mista das quatro bestas de Daniel (Dn 7:4-8). Bíblia de Estudo Andrews.

Deu-lhe […] o seu poder. Embora, em primeiro plano, o dragão represente Satanás, em sentido secundário, ele representa o império romano (ver com [CBASD] de Ap 12:3). O poder que sucedeu o império romano e recebeu do dragão “o seu poder, o seu trono e grande autoridade” é Roma papal. […] Por trás de tudo isso, estava Satanás, que tentava eliminar a igreja verdadeira. Quando ele descobriu que seus esforços para aniquilar os seguidores de Cristo por meio da perseguição não eram bem-sucedidos, alterou suas táticas e tentou seduzir a igreja para longe de Cristo, por meio da criação de um vasto sistema religioso impostor. Em vez de trabalhar diretamente por meio do paganismo, o dragão passou a atuar por trás da fachada de uma organização supostamente cristã, na tentativa de disfarçar sua identidade. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 904.

Grande autoridade. O papado controlava questões políticas e religiosas, e até mesmo as consciências. CBASD, vol. 7, p. 904.

3 Golpeada. Esta predição foi dramaticamente cumprida em 1798, quando Berthier, à frente do exército francês, entrou em Roma, declarou o fim do domínio político do papado e levou o papa para a França como prisioneiro, onde logo morreu (ver com. [CBASD] de Dn 7:25; ver GC, p. 439. CBASD, vol. 7, p. 904, 905.

Foi curada. Houve, no entanto, um reavivamento gradual do papado nos anos posteriores à Revolução Francesa. ele sofreu um novo revés em 1870, quando os estados papais foram tomados. Um evento significativo ocorreu em 1929, quando o Tratado de Latrão restaurou o poder temporal ao papa, que recebeu o domínio sobre a cidade do Vaticano, parte de Roma, com cerca de 44 hectares de extensão. Todavia, o profeta previu uma restauração muito maior. Ele viu a ferida completamente curada, como a expressão grega indica. Após a cura, ele viu “os que habitam sobre a terra” adorando a besta (v. 8, GC, 579). Tal acontecimento ainda é futuro. Embora o papado receba honra de alguns grupos, há vastas populações que não lhe rendem nenhuma deferência, mas a profecia indica que isso vai mudar. A besta do v. 11 “faz com que a terra e seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada” (v. 12). CBASD, vol. 7, p. 905.

4 Adoraram o dragão. Adorar a besta corresponde, em realidade, a adorar o dragão, pois a besta não passa de um agente visível do dragão, colocando seus planos em vigor. A era do papado reavivado também será caracterizada por uma atividade mais acentuada do espiritismo. Por trás do espiritismo, Satanás trabalha “com todo engano de injustiça” (2Ts 2:10). Por meio do catolicismo romano, do espiritismo e do protestantismo apostatado, Satanás almeja levar o mundo a adorá-lo. Ele terá êxito sobre a maioria, com exceção de um pequeno remanescente que se recusará a obedecer a suas ordens (Ap 12:17; 13:8). CBASD, vol. 7, p. 905.

Quem […] besta? O contraste deliberado com Cristo é notável, pois o nome Miguel (Cristo, 12:7) significa “Quem é como Deus?”. Bíblia de Estudo Andrews.

Pode pelejar. A resistência às ordens da besta significa guerra. A sugestão é de que ela governa à força de armas e que resistir é inútil. No final, Cristo e Seu exército celestial terão sucesso na batalha contra a besta e a lançarão viva “dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19:20). CBASD, vol. 7, p. 905.

Blasfêmias. As blasfêmias são detalhadas no v. 6. CBASD, vol. 7, p. 905.

6 Difamar o nome. Por assumir títulos divinos (ver com. [CBASD] de Dn 7:25). CBASD, vol. 7, p. 906.

O tabernáculo. Este é o segundo alvo de sua blasfêmia. Esse poder pretende estabelecer seu templo na Terra e, por isso, afasta a atenção das pessoas do santuário celestial, o “verdadeiro tabernáculo”, onde Jesus ministra como sumo sacerdote (Hb 8:1, 2). Ele tenta obscurecer a obra de Cristo no santuário celestial (ver com. [CBASD] de Dn 8:11; cf. v. 12, 13). O ministério do sacrifício de Cristo é menosprezado, e o sacrifício da missa na Terra o substitui. CBASD, vol. 7, p. 906.

Os que habitam no céu. O terceiro aspecto blasfemo do poder papal afeta os habitantes celestiais. É provável que a referência seja aos membros da Divindade e Seus associados no serviço à humanidade pecadora. Em parte, isso se cumpriu na reivindicação católica romana de perdoar pecados e também em conferir a Maria poderes e virtudes que só se aplicam a Cristo. Assim, a mente das pessoas se afasta da obra de mediação realizada por Jesus e se concentra no confessionário terreno. CBASD, vol. 7, p. 906.

8 foi morto desde a fundação do mundo. A decisão de que Cristo morreria pela raça culpada foi tomada entes da criação do mundo e confirmada por ocasião da queda do ser humano (ver PP, 66, 64). Nesse sentido, Ele foi morto desde a fundação do mundo. CBASD, vol. 7, p. 906.

A dor da cruz está no coração de Deus desde o princípio. Bíblia de Estudo Andrews.

10 Leva para cativeiro. A captura e o exílio do papa, em 1798, podem ser considerados um cumprimento parcial desta profecia. CBASD, vol. 7, p. 906, 907.

11 Outra besta. A segunda besta atua em colaboração com a primeira. CBASD, vol. 7, p. 907.

Escrito no tempo verbal passado, este versículo conta a curta história da besta que emerge da terra para sua atividade no fim do tempo. De início, parodia a obra do Espírito Santo e, mais tarde, se torna o falso profeta de 16:13. A linguagem simbólica positiva no início (“parecendo cordeiro”) e a clara ligação com 12:16 (“a terra abriu a boca”) sugerem a muitos intérpretes que a descrição desta besta é uma referência aos Estados Unidos da América, nação protestante com influência religiosa. As outras 298 referências a “cordeiro” no Apocalipse aludem a Cristo.  Bíblia de Estudo Andrews.

Da terra. Uma vez que “mar” representa povos e nações (ver com. [CBASD] de Ap 13:1; 17:1, 2, 8), pode-se presumir que “terra” simboliza uma região pouco povoada. A nação assim designada não surgiria por meio da guerra, conquista e ocupação, mas se desenvolveria e chegaria à grandeza em uma região pouco povoada. Os comentaristas adventistas veem nesta segunda besta um símbolo dos Estados Unidos da América. Esse poder cumpre de maneira clara as especificações da profecia. Quando a primeira besta foi para o cativeiro, em 1798 (ver com. [CBASD] de Ap 13:10), os Estados Unidos cresciam em importância e poder. A nação surgiu não no velho mundo, densamente povoado, mas no novo mundo, que ainda contava, relativamente, com poucos habitantes (ver GC, 439-441). CBASD, vol. 7, p. 907.

Dois chifres. Eles podem ser interpretados como representantes de duas características notáveis do sistema de governo norte-americano: a liberdade civil e religiosa, ambas garantidas pela Constituição dos Estados Unidos. A liberdade civil encontrou sua expressão na forma republicana de governo e a liberdade religiosa, no protestantismo. CBASD, vol. 7, p. 907.

Cordeiro.Essa besta com chifres de cordeiro simboliza uma nação que, no início de sua história, não tinha tais aspirações. A principal preocupação dos colonos britânicos no novo mundo era viver em paz, colocar em ordem a própria vida e prover refúgio para os oprimidos de tantas nações. CBASD, vol. 7, p. 907.

como dragão. As ações posteriores desta besta não são positivas, contrastando com as qualidades anteriores, de semelhança com um cordeiro. Bíblia de Estudo Andrews.

Há uma contradição surpreendente entre a aparência e as ações da besta. Sua aparência é pacífica e inofensiva, mas seus atos são perseguidores e cruéis (v. 12-18). Quando a profecia é aplciada aos Estados Unidos, fica evidente que seu cumprimento ainda está no futuro. O país mantém os princípios de liberdade garantidos pela constituição. A forma que ocorrerá a mudança é apresentada na profecia: ela estará ligada à crise final, pouco antes do momento em que “o reino do mundo se [tornar] de nosso Senhor e do Seu Cristo” (Ap 11:15; cf. Sl 2:2; Dn 2:44; 7:14, 27. CBASD, vol. 7, p. 907, 908.

12 Exerce […] primeira besta. A besta do mar é reativada para os eventos finais, mas a besta da terra, um aparente terceiro elemento na falsa trindade do tempo do fim, assume um papel visível de liderança em seu lugar (ver 16:13, 14). Bíblia de Estudo Andrews.

Autoridade. Para que a segunda besta exerça toda a autoridade da primeira, será necessário entrar na esfera da religião e tentar dominar a experiência de adoração. Um passo como esse significa para os Estados Unidos uma completa inversão da política de total liberdade religiosa, mas isso é o que está predito aqui (ver T5, 451). Se dúvida, a mudança política começará de maneira discreta. Várias tentativas já foram feitas de aprovar leis rígidas prevendo a reserva do domingo como dia de descanso religioso. […] Por mais inocente que pareça, qualquer tentativa de regular por lei um dia religioso viola o princípio fundamental da liberdade. Essa profecia prediz que o domingo, uma instituição do papado (ver com. [CBASD] de Dn 7:25), será imposto por lei sob ameaça de sanção econômica e medidas piores para aqueles que guardam o sábado (ver Ap 13:12-18; cf. p. 1092 [CBASD]; T1, 353, 354; GC, 604, 605. CBASD, vol. 7, p. 908.

sinais. Este poder terreno realiza milagres convincentes que demonstram autoridade. Bíblia de Estudo Andrews.

fogo do céu. Talvez seja uma semelhança intencional com o papel do Espírito Santo nas línguas de fogo do Pentecostes (At 2), algo tão impressionante e convincente quanto o fogo de Elias no Monte Carmelo (1Rs 18). Bíblia de Estudo Andrews.

14 Seduz. No preparo para o Armagedom, “espíritos de demônios, operadores de sinais” se dirigirão “aos reis do mundo inteiro” (Ap 16:14). Em geral, a mente pragmática moderna resiste a acreditar em milagres. O que algumas pessoas chamam de milagres, os céticos atribuem a mudança de circunstâncias, truques ou fraudes. A ciência não inclui o sobrenatural em sua visão do mundo físico. Satanás se agrada da descrença em relação aos milagres. Ela contribui para seu propósito de enganar.. O profeta revela que, quando chegar o tempo, ele usará seu poder sobrenatural para enganar (Ap 13:13, 14). […] As pessoas, incapazes de explicar os milagres de Satanás, os atribuirão ao poder de Deus. CBASD, vol. 7, p. 909.

16 marca. A falsificação do selo de Deus, que o mandamento do sábado representa (Êx 20:8-11). No cerne das alianças antigas havia um selo contendo o nome, o título e a fonte da autoridade daquele que firmava o concerto. O mandamento do sábado desempenha esse papel nos dez mandamentos (ver nota [nesta referência] sobre 11:19). Bíblia de Estudo Andrews.

Mão direita […] fronte. A marca indicará que influencia não só a ação (a mão), mas também a crença (a fronte). A expressão também pode designar duas classes: aqueles que se submetem aos decretos da besta por conveniência e os que o fazem por convicção pessoal. CBASD, vol. 7, p. 910.

18 Aqui está a sabedoria. A sabedoria elogiada aqui é a mesma a que Paulo se refere (Ef 1:17). Somente mediante a iluminação divina os seres humanos podem compreender os mistérios da Palavra de Deus (ver com. [CBASD] de 1Co 2:14). CBASD, vol. 7, p. 910.

Número da besta. É importante observar que a besta já foi identificada de maneira conclusiva (ver com. [CBASD] dos v. 1-10). O número proporciona evidências confirmatórias disso. Desde os primórdios do cristianismo, há grande discussão quanto ao significado de 666. Um dos primeiros a escrever sobre o assunto foi Irineu (c. 130-202 d.C.). Ele identificou a besta como o anticristo e acreditava que o valor numérico das letras de seu nome somaria 666. […] Ao mesmo tempo advertiu: “Portanto é mais garantido e menos perigoso aguardar o cumprimento da profecia do que fazer suposições e especular nomes, uma vez que muitos nomes se encaixam no número mencionado” (Contra heresias, v. 30.3; ANF, vol. 1, p. 559). […] Uma interpretação que ganhou força no período subsequente à Reforma é que 666 significa Vicarius Filii Dei, expressão que significa “Substituto do Filho de Deus”, título que seria atribuído ao papa. O valor numérico das letras que compõem o título soma 666. Essa interpretação se baseia na identificação do papa como o anticristo, um conceito histórico da reforma. O principal expoente desta visão foi Andreas Helwig (c. 1572-1643; ver L. E. Froom, The Profetic Faith of Our Fathers, vol. 2, p. 605-608). Muitos, desde então, adotaram a interpretação. Este Comentário identifica a besta como o papado; mas ao mesmo tempo, reconhece, que o número 666 deve ter mais implicações do que o indicado por essa interpretação popular. CBASD, vol. 7, p. 910, 911.

seiscentos e sessenta e seis. O número de Deus no Apocalipse é sete; portanto, múltiplos do número seis podem representar e enfatizar a falsificação e o engano (ver notas [desta referência] sobre v. 1-17; observar o seis e seus múltiplos em Dn 3:1). Bíblia de Estudo Andrews.

Número de homem.  A besta representa uma organização humana. CBASD, vol. 7, p. 911.


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