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“Procurou Saul encravar a Davi na parede, porém ele se desviou do seu golpe, indo a lança ferir a parede; então, fugiu Davi e escapou” (v.10).
A amizade de Jônatas foi uma arma poderosa para preservar a vida de Davi. Como sucessor do trono, ele tinha tudo para tirar Davi do seu caminho, mas, ao contrário de seu pai, Jônatas reconheceu que o Senhor era com Davi. Com a mente perturbada por um “espírito maligno” (v.9) e, consequentemente, com o coração cheio de inveja e amargura, parecia haver uma luta interior a qual Saul ainda tentava vencer, pois, convencido pela defesa de Jônatas, “esteve Davi perante este como dantes” (v.7). Mas não demorou muito para que novamente desse abertura aos seus vis sentimentos, iniciando um novo atentado à vida daquele que considerava como rival.
Com o anúncio de Mical: “Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã serás morto” (v.11), Davi compreendeu que a fuga seria a melhor opção. Então, “ele se foi, fugiu e escapou” (v.12). Não se foi, contudo, para qualquer lugar ou em busca de qualquer ajuda. “Davi fugiu, e escapou, e veio a Ramá […] e se retiraram, ele e Samuel, e ficaram na casa dos profetas” (v.18). Dali por diante, “o Espírito de Deus” (v.20) tomou conta da situação, de forma que até mesmo Saul teve o privilégio de ser usado por Ele e de ser comparado a um dos profetas.
Quão importante é conservarmos amizades que exalam o aroma de Cristo! Jônatas colocou em risco muitas vezes a sua própria vida a fim de proteger a vida de seu amigo. E Davi soube reconhecer isso, confiando na lealdade de Jônatas. Percebam que Davi se desviou do golpe de Saul e fugiu. Ele poderia ter reagido, mas escolheu confiar no cuidado do Senhor. Davi foi para o lugar e à pessoa onde considerou estar a bênção de Deus. E, por sua confiança e fidelidade, contemplou a ação do Espírito Santo.
Amados, estamos vivendo em tempos muito perigosos, em que viver a vontade de Deus requer coragem, fé e perseverança. Nossa vida está na mira daquele que deseja nos roubar, matar e destruir (Leia Jo.10:10). Satanás está com sua lança inflamada na mão pronto para encravar a nossa vida na parede da morte eterna. E o apelo de Mical a Davi bem se aplica a nós que vivemos na noite destes últimos dias: “Se não salvares a tua vida esta noite, amanhã serás morto” (v.11). Fugir e se desviar do mal é uma das qualidades apreciadas e reconhecidas pelo próprio Deus na vida de Seus fiéis, como foi com o justo Jó (Leia Jó 1:8). Por isso que a última advertência ao Seu povo é um chamado à fuga da falsa adoração: “Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Ap.18:4).
E como Davi encontrou refúgio na companhia do profeta do Senhor, é-nos apresentado, hoje, o mesmo caminho seguro contra o mal: “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar contra os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (Ap.12:17). “Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Ap.19:10). Se assim confiarmos na guia divina, e dermos ouvidos ao “que o Espírito diz às igrejas” (Ap.3:22), o Senhor preservará a nossa vida como poderoso testemunho de Sua fidelidade. Pois está escrito: “Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas e prosperareis” (2Cr.20:20).
Temos inúmeras promessas do cuidado paterno do nosso Deus, amados. Necessitamos ler e memorizar essas promessas como preciosos fios de ouro bem entrelaçados e presos ao nosso coração. Dentre elas, compartilho uma das mais apreciadas e conhecidas, que carregam o peso imutável da garantia divina a todo o que crê: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a Minha destra fiel” (Is.41:10). Fugir do mal não significa, portanto, covardia, e sim coragem e fé firme na intervenção de Deus.
É hora, meus irmãos, de tomarmos uma firme decisão ao lado do Senhor, revestindo-nos da Sua armadura que é suficiente para nos manter a salvo dos atentados do maligno. Assim diz o Senhor: “Se te fadigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo?” (Jr.12:5). Como as adversidades na vida de Davi estavam apenas começando, ainda enfrentaremos tempos muito difíceis. Persevere em apegar-se ao Senhor, em estudar a Sua Palavra e manter-se conectado com Ele, “orando em todo tempo no Espírito” (Ef.6:18), e o mesmo Espírito lutará por nós e nos manterá no “esconderijo do Altíssimo” (Sl.91:1).
Ó Esperança de Israel e Redentor seu no tempo da angústia, graças Te damos por Teu cuidado, amor e proteção! Clamamos ao Senhor por Teu auxílio na fuga contra o mal, para que a nossa mente esteja guardada na Tua verdade presente e confiemos em todo tempo na obra do Espírito Santo. Em nome de Cristo Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, refugiados no Senhor!
Rosana Garcia Barros
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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