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“Disse o Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a Mim, para Eu não reinar sobre ele” (v.7).
Avançado em dias, Samuel tomou as devidas providências para que seus filhos o sucedessem no julgamento de Israel. Joel e Abias, contudo, não andaram nos caminhos de seu pai, “antes, se inclinaram à avareza, e aceitaram subornos, e perverteram o direito” (v.3). Sabendo disso, os anciãos de Israel foram ao encontro de Samuel para protestar contra tal liderança e exigir que ele constituísse um rei sobre o povo, segundo a tradição das demais nações.
Não deve ter sido fácil para Samuel ouvir aquelas palavras. Por vários anos, ele havia julgado o povo e os advertido de seus maus caminhos. Se tinha alguém que havia se tornado um modelo de homem consagrado a Deus, esse alguém era Samuel. Como agora lidar com a triste sorte de filhos que não lhe seguiram o exemplo? Isto partiu o coração do velho pai. E, como sempre, o profeta depôs diante do Senhor a sua profunda tristeza: “Então, Samuel orou ao Senhor” (v.6).
Ó, amados, o Senhor, nosso Deus, também é o nosso Pai amoroso, e jamais ignora um filho que dEle se aproxime com o coração quebrantado. Sentindo-se rejeitado pelo povo e envergonhado pelos filhos, Samuel foi consolado por Aquele que sabia o que ele estava sentindo: “pois a Mim Me deixou” (v.8). O fato de os filhos de Samuel não satisfazerem as expectativas do povo serviu apenas de impulso para um desejo que há muito crescia em seus corações. Eis o verdadeiro motivo de Israel pedir um rei: “Para que sejamos também como todas as nações” (v.20).
Desde a saída do Egito, Israel havia experimentado da grandeza de Deus, de Seu cuidado paterno em alimentá-los, protegê-los e instruí-los. A inclusão de um rei terreno lhes traria consequências que lhes foram expostas. O Senhor não deixou o povo inadvertido. Por intermédio de Samuel, declarou todos os encargos e jugos que lhes sobreviriam. Ainda assim, assumiram as consequências, exigindo para si um líder semelhante às nações pagãs. Chegaria o dia em que clamariam novamente por auxílio, porém teriam de deparar-se com a assoladora realidade: “mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia” (v.18).
Perto como estamos do maior evento que este mundo jamais viu, eis diante de nós um prévio tempo de graça, mas também um tempo de angústia. Quando estudamos e paramos para meditar na vida de homens e mulheres de Deus, que, como Samuel, buscaram viver “de toda palavra que sai da boca de Deus” (Mt.4:4), e olhamos para a condição atual da igreja do Senhor, somos tomados por perplexidade e nos perguntamos: ‘Até quando, Senhor?’. E a infelicidade de Samuel para com seus filhos tem sido a realidade de muitos lares, onde os filhos escolhem andar por caminhos diferentes do caminho no qual foram instruídos.
Amados, como mãe cristã, posso lhes garantir com propriedade, que Deus sofre os nossos sofrimentos e sente as nossas dores. Ele compartilha da nossa angústia, mas não permite que sejamos por ela derrotados. O que Ele disse a Samuel, em outras palavras, foi que tanto o povo quanto seus filhos não estavam agindo por indisposição ao profeta e pai, mas a Deus. Se, pela graça de Deus, somos pais e mães que correspondem ao sagrado chamado do Senhor, precisamos segurar firme na esperança de que Ele irá completar a obra. Mas também precisamos cumprir com fidelidade a nossa parte, confiando e obedecendo as orientações que o Senhor nos deixou nestes últimos dias. A realidade, meus irmãos, é que, em muitos aspectos, a verdade presente, através da reforma de saúde, da verdadeira educação, da vida simples no campo, está sendo melhor compreendida e vivida pelos que não possuem a luz que recebemos.
Que, como “igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1Tm.3:15), não desejemos imitar o mundo, para que, no Dia de Deus, não nos aconteça o que aconteceu com Israel: “mas o Senhor não vos ouvirá naquele dia”. Mas que se cumpra em nossa família a bendita profecia: “Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais” (Ml.4:6). E, com alegria inexprimível, possamos exclamar naquele grande Dia: “Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu” (Is.8:18).
Nosso Pai Celestial, Tu bem sabes que não tem sido fácil educar filhos para Ti nesses dias finais e muitas vezes nosso coração desfalece diante das dificuldades no lar. Nós clamamos, ó Deus, pela salvação dos nossos filhos! Nós clamamos para que o Teu Espírito os encontre, os converta e os salve! Que na disciplina da vida, eles tenham seu caráter desenvolvido à semelhança de Cristo. E opera em nós, como pais, o Teu querer e o Teu efetuar, para que a nossa influência seja sempre um cheiro de vida para vida! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, igreja do Deus vivo!
Rosana Garcia Barros
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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