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“Pois o Senhor, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; Ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o Senhor, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou (v.7).
A rebelião de Israel os levou a retroceder para o lugar inicial de sua peregrinação. E após uma jornada prolongada ao redor da montanha de Seir, o Senhor orientou Seu povo a marchar para o norte. Passariam pelas fronteiras das terras dos filhos de Esaú, que temeriam ao avistar aquela numerosa e organizada multidão. Na verdade, o temor consistia na fama de Israel pelos prodígios que o Senhor realizou no Egito e em sua peregrinação no deserto. A ordem dada por Deus, contudo, incluía um procedimento pacífico tanto para com eles, como também para com os descendentes de Ló. Pela fidelidade do Senhor, aquelas terras pertenciam aos descendentes de Esaú e de Ló, tanto quanto Canaã um dia pertenceria aos filhos de Israel.
Em um trajeto consideravelmente curto, Israel demorou “trinta e oito anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra se consumiu no meio do arraial, como o Senhor lhes jurara” (v.14). Mesmo sob as ordens de atravessar as terras inimigas em paz, o Senhor sabia da recusa de Seom em conceder a Israel uma passagem pacífica e tanto este reino quanto outros testemunharam da força de um povo cujo Deus é o Senhor dos Exércitos. Ao ouvirem da fama de Israel, todas as nações tremeriam diante dela e seriam tomadas por terrível angústia. Acabara seu tempo de graça, de forma que não restava dos povos cananeus “sobrevivente algum” (v.34).
Seom representa as primícias da terra que Deus havia prometido aos filhos de Israel. Após uma longa jornada, aquela geração estava preparada para a tão aguardada conquista. No livro Educação encontramos a seguinte revelação: “No trato com os errantes no deserto, em suas marchas de um para outro lado, expostos à fome, à sede e ao cansaço, em perigos de adversários gentios, e na manifestação de Sua providência em seu socorro, Deus procurava fortalecer lhes a fé, revelando-lhes o poder que continuamente operava para seu bem. E havendo-os ensinado a confiar em Seu amor e poder, era Seu intuito pôr diante deles, nos preceitos de Sua lei, a norma de caráter que, pela Sua graça, desejava alcançassem” (Ellen G. White, Educação, CPB, p.34).
Muitos julgam árdua e demorada a jornada cristã neste mundo. Já se passaram quase dois mil anos desde que Jesus nos prometeu as moradas do Pai (Jo.14:1-3), e que estamos andando “por este grande deserto” (v.7). No entanto, o Senhor, nosso Deus, tem estado com Seu povo todo este tempo e, sendo o bom Pastor, jamais permitiu que nada nos faltasse (v.7). Pelo contrário, aqueles que nEle confiam e se entregam por completo ao Seu amoroso cuidado, sentem alegria na tristeza, alívio na dor e paz na tribulação. A amizade com Cristo sacia-lhes a alma e é como uma fonte que jamais se esgota, fluindo da vida para o benefício dos semelhantes.
Quem anda no Caminho excelente já pode provar aqui das primícias do celeste Lar. Por Seu Espírito, Deus nos concede na Terra o antegozo de Sua bondade e a paz “que excede todo o entendimento”, guardando nosso coração e nossa mente “em Cristo Jesus” (Fp.4:7). Através do fruto do Espírito (Gl.5:22-23), podemos provar das delícias que havemos de usufruir pelos séculos eternos. “Levantai-vos, agora” (v.13), Israel de Deus, e marchemos, pela fé, “à terra que o Senhor, nosso Deus, nos dá” (v.29)!
“Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará” (Hb.10:35-37). “Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente, venho sem demora. Amém! Vem, Senhor Jesus!” (Ap.22:20).
Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, vemos em Tua bondade para com os filhos de Esaú, de Moabe e de Amon, que a Tua fidelidade é inquebrável. Pois mesmo se tratando de povos inimigos, o Senhor teve misericórdia deles por amor a seus pais, Isaque e Ló. Mas não queremos, como eles, ter apenas possessões aqui nesta terra. Almejamos o Lar, a Nova Jerusalém, que o Senhor prometeu aos que Te amam e guardam os Teus mandamentos. Por isso, clamamos pelo Espírito Santo, pois não conseguiremos chegar lá por nossas forças, mas somente pela justiça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo! Leva-nos “à terra que o Senhor, nosso Deus, nos dá” (v.29)! Por Jesus, Te clamamos, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, geração eleita do Senhor!
Rosana Garcia Barros
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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