Filed under: Sem categoria
“Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para vos ser por Deus. Eu sou o Senhor, vosso Deus” (v.41).
Em cada registro sobre as ofertas que deveriam ser levadas ao Senhor, no tabernáculo, há uma nova descoberta, uma nova percepção acerca dos propósitos divinos. Além de usar o método de repetição a fim de impactar a mente humana com as coisas sagradas, Deus também acrescenta novas informações que ampliam nossos horizontes para a compreensão de verdades e princípios eternos. Não era desejo do Senhor que Israel tomasse apenas para si o privilégio de tê-Lo como Deus, mas que fosse uma nação receptiva a todo estrangeiro que quisesse conhecer e servir ao único Deus verdadeiro: “Como vós, assim será o estrangeiro perante o Senhor” (v.15). Isso me lembra o seguinte texto do profeta Isaías:
“Não fale o estrangeiro que se houver chegado ao Senhor, dizendo: O Senhor, com efeito, me separará do Seu povo. […] Aos estrangeiros que Se chegam ao Senhor, para O servirem e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos Seus, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte e os alegrarei na Minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar, porque a Minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos” (Is.56:3,6 e 7).
As mesmas leis e os mesmos ritos cerimoniais deveriam ser observados por naturais e estrangeiros. Todos eram iguais perante o Senhor. E, se todos, por ignorância, errassem e não cumprissem “todos estes mandamentos” (v.22), tinham de assumir o erro, levando uma oferta pelo pecado e “um novilho para holocausto” (v.24). O sacerdote faria expiação por toda a congregação, e seriam perdoados. O mesmo critério era usado de forma individual, tanto para o natural quanto para o estrangeiro. A pessoa, porém, que fizesse “alguma coisa atrevidamente” (v.30), injuriando o Senhor e desprezando Sua Palavra, seria eliminada do meio do povo e levaria sobre si sua iniquidade.
Antes mesmo de proferir os Dez Mandamentos no monte Sinai, o Senhor provou Seu povo quanto à observância do sábado. O quarto mandamento já inicia declarando sua pré-existência: “Lembra-te do dia de sábado para o santificar” (Êx.20:8). Ao recolherem o maná em dobro na sexta-feira, estavam lançando um firme alicerce espiritual de confiança na provisão de Deus. A morte do homem que colheu lenha no sábado não foi um ato sanguinário e cruel de um Deus tirano. Também não foi um pecado por ignorância, mas o Senhor, que sonda os corações, sabia que, atrevidamente, o homem havia desprezado o mandamento, assumindo a fatal consequência de seu pecado: “Porque o salário do pecado é a morte” (Rm.6:23).
O capítulo de hoje também menciona as “borlas”, que eram franjas na parte inferior das vestes e serviam como um símbolo, uma lembrança dos mandamentos do Senhor. Foi na borla da veste de Cristo que a mulher com o fluxo de sangue tocou e foi curada (Lc.8:44). Até mesmo na vestimenta, Israel deveria reproduzir a vontade de Deus. Ao contrário do que o mundo tem pregado, o Senhor nos diz: “Não seguireis os desejos do vosso coração, nem dos vossos olhos, após os quais andais adulterando” (v.39). O mundo está sendo tomado por um cristianismo emocional, sustentado pelo fundamento arenoso e instável da vontade humana. O princípio estabelecido por Deus em Sua Palavra, de que todos devem participar da verdadeira adoração, não inclui, em parte alguma, o desejo ou os gostos do coração humano. Aquele que detalhadamente definiu como deveria ser adorado pelo antigo Israel é o mesmo que concedeu à Sua igreja militante o conhecimento profético para os últimos dias.
Segundo Ellen White, o mesmo princípio é aplicado na igreja de Deus, hoje. Ela escreveu:
“A igreja é o instrumento de Deus para a proclamação da verdade, por Ele dotada de poder para fazer uma obra especial; e se ela for leal ao Senhor, obediente a todos os Seus mandamentos, nela habitará a excelência da graça divina. Se for fiel a sua missão, se honrar ao Senhor Deus de Israel, não haverá poder capaz de a ela se opor” (Minha Consagração Hoje, CPB, p.249).
Para cada filho de Deus, há um chamado. Para cada um de nós, há um ou mais dons a serem multiplicados. Mães, assumam sua sagrada obra; vasculhem os Testemunhos como em busca de um tesouro perdido; pela graça de Deus, pratiquem os ensinos ali contidos, na certeza de que o Senhor lutará por vocês e salvará seus filhos (1Tm.2:15). Pais, há uma vasta coleção de conhecimento à sua disposição; vocês possuem uma grandiosa obra a executar como sacerdotes do lar; desviem-se do exemplo de Eli (1Sm.2:29). Filhos, o dever de vocês consiste em honrar a Deus e sua família; procurem dominar suas paixões, buscando ao Senhor como Daniel, que três vezes ao dia se punha de joelhos em meio à ímpia Babilônia (Dn.6:10); procurem fugir das tentações, à semelhança de José, que fugiu da oferta sensual da mulher de Potifar (Gn.39:12).
Depositemos, hoje, amados, a nossa vida e a nossa família no altar do Senhor! Esta, certamente, é uma oferta “de aroma agradável ao Senhor” (v.14).
Senhor, nosso Deus, somos limitados e nossa natureza pecaminosa muitas vezes nos coloca em encrenca. Se pecamos contra Ti por ignorância, que se cumpra a Tua Palavra de que o Senhor não leva em conta os tempos da ignorância. Perdoa-nos e ajuda-nos a não pecar contra Ti, pelo poder que há no sangue do nosso Salvador! O que seria de nós se a salvação pertencesse somente a Israel, Senhor? Mas o Senhor nos chamou para Si e nos adotou como filhos legítimos por meio de Cristo. Muito obrigado, Paizinho querido! Coloca em nosso coração as borlas da fidelidade e da obediência à Tua Palavra, porque nós Te amamos. Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, santos do Altíssimo!
Rosana Garcia Barros
#Números15 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
Deixe um comentário so far
Deixe um comentário