Reavivados por Sua Palavra


Números 11 – Rosana Barros by Ivan Barros
22 de agosto de 2025, 0:45
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“Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o Seu Espírito!” (v.29).

Vivendo como peregrinos no deserto, os filhos de Israel enfrentavam muitas privações, mas o cuidado e o zelo do Senhor para com eles não lhes deixava faltar nada quanto às suas necessidades básicas. A água da rocha e o maná eram uma prévia da fartura que encontrariam em Canaã e deveriam ser motivo de grande gratidão. Acostumados, porém, com os alimentos do Egito, permitiram que seus desejos os dominassem a ponto de assumirem uma atitude de queixa e murmuração. Essa atitude foi incitada pelo “populacho” (v.4), o povo híbrido, ou seja, hebreus que se casaram com egípcios e que ficavam nas extremidades do acampamento. O apetite dominou a razão, acendendo assim a ira de Deus como fogo consumidor. Então, Moisés orou pelo povo, e “o fogo se apagou” (v.2).

Diante da tenda de Moisés, família após família apresentava sua queixa e, em tom de ameaça, expressava o desejo pelos alimentos da terra do exílio. Vendo Moisés que, novamente, a ira de Deus se havia acendido contra o povo, com o coração quebrantado, depôs diante do Senhor o seu pesado fardo. O grande líder reconheceu sua impotência diante da obra de guiar pelo deserto um povo tão obstinado e rebelde, que conservava no coração as coisas do Egito. Pedindo a morte, Moisés demonstrou um alto grau de sofrimento emocional, pensando ser essa a solução para sua profunda angústia. O fiel servo de Deus rasgou o coração diante de seu Pai em sinceridade, e sua humildade e mansidão foram expostas como a força motriz de sua liderança.

A resposta divina veio na forma de setenta homens designados para auxiliar o grande líder, dividindo com ele as dificuldades da jornada no deserto. Disse o Senhor a Moisés: “Tirarei do Espírito que está sobre ti e o porei sobre eles” (v.17). No tempo determinado, “o Espírito repousou sobre eles, e profetizaram” (v.25). Dois deles, porém, Eldade e Medade, não foram à tenda da congregação, como ordenado pelo Senhor. Contudo, o mesmo Espírito foi derramado sobre eles, de modo que profetizavam no arraial. Josué, “servidor de Moisés” (v.28), entendeu que a atitude daqueles dois era uma espécie de ameaça à liderança de Moisés. Este, no entanto, demonstrou genuíno interesse em que todo o povo pudesse experimentar a suave e poderosa atuação do Espírito Santo.

Quando o apetite e as paixões carnais assumem o controle da mente humana, o homem fica limitado a enxergar tão somente o corruptível. Com o coração furtado pela cobiça, suas ambições tornam-se irracionais, suas aspirações, frustradas, entrando em um processo de constante insatisfação. O insuperável Educador celestial utiliza Seus métodos de ensino conforme a necessidade de Seus aprendizes. Ao prover o arraial com codornizes, o Senhor não exagerou em Sua provisão, mas deu ao povo exatamente na medida do que desejavam. Por meio de sua glutonaria, Israel experimentou os resultados de permitir que a vontade própria assuma o lugar da “boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm.12:2).

Assim como Moisés desejou que o Espírito Santo fosse derramado sobre todo o povo, o Senhor deseja derramar Seu Espírito “sobre toda a carne” (Jl.2:28). Mas, assim como apenas setenta homens dentre os filhos de Israel estavam prontos para recebê-Lo, hoje, poucos têm se preparado para receber a chuva serôdia. Desde o Éden, Satanás tem usado o apetite para desvirtuar o homem da vontade de Deus. Ele sabe bem a intrínseca relação entre corpo e mente e é especialista em induzir estilos de vida que promovam o vício, a doença e o bloqueio da razão para a clara compreensão do “assim diz o Senhor”. Há luz suficiente para que não sejamos alvos dessa estratégia maligna. Temos aceitado e buscado praticar a luz que nos foi dada, amados?

Não há ruptura entre mente, corpo e espírito. O homem é um ser holístico e, como tal, precisa buscar a nutrição ideal de cada aspecto de sua vida. É um processo que requer renúncia, perseverança, confiança na provisão divina e completa dependência de Deus. Encerro hoje com a advertência de uma parte da luz que nos foi dada nestes últimos dias, por meio da mensagem de saúde:

“Meu irmão e minha irmã, tendes uma obra a fazer que ninguém pode fazer por vós. Despertai de vossa letargia, e Cristo vos dará vida. Mudai vosso modo de viver, de comer e de beber, e vosso sistema de trabalho. Enquanto continuardes no caminho que tendes seguido por anos, não podereis discernir com clareza coisas eternas e sagradas. Vossas sensibilidades estão embotadas, e vosso intelecto, obscurecido. Não tendes estado a crescer em graça e no conhecimento da verdade, como é vosso privilégio. Não tendes crescido em espírito, mas aumentado em trevas” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, CPB, p.45).

Ó, Senhor, nosso Deus, como necessitamos do Teu Espírito em nossa vida! Como necessitamos de uma mente lúcida para discernir a Tua voz das vozes deste mundo! Como necessitamos cuidar melhor da nossa saúde colocando em prática os Teus remédios naturais: ar puro, luz solar, temperança, exercício físico, água, alimentação saudável, descanso e confiança em Deus! Não foi sem razão que o Senhor nos deixou orientações preciosas sobre saúde nestes dias finais, porque chegará o tempo em que precisaremos suportar o cansaço, a demora e a fome. Ajuda-nos, Senhor, a zelar pelo nosso corpo e, consequentemente, pela nossa mente, pois somos templos do Teu Espírito! Tira de nós o desejo pelas iguarias do príncipe deste mundo! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia da preparação, templos do Espírito Santo!

Rosana Garcia Barros

#Números11 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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