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“Esta é a dádiva feita pelos príncipes de Israel para a consagração do altar, no dia em que foi ungido […]” (v.84).
Exatamente “no dia em que Moisés acabou de levantar o tabernáculo” (v.1), uma oferta especial foi oferecida pelos “príncipes de Israel, os cabeças da casa de seus pais” (v.2). Instruído pelo Senhor, Moisés logo distribuiu essas ofertas entre os levitas, exceto aos filhos de Coate, pois estes não teriam necessidade de carros ou animais, “porquanto a seu cargo estava o santuário, que deviam levar aos ombros” (v.9). Além da oferta levada ao tabernáculo no primeiro dia, outra oferta sucedeu aquele momento em mais doze dias. Começando pelo príncipe dos filhos de Judá, a cada dia, o príncipe de uma tribo se dirigia ao tabernáculo para oferecer sua dádiva, segundo a ordem das tribos. O detalhe é que as ofertas de todos os príncipes eram idênticas.
As Escrituras têm uma característica especial que, para muitos de nós, pode parecer cansativa: a repetição. O capítulo de hoje relata a oferta de príncipe por príncipe, repetindo suas ofertas, ainda que todas sejam idênticas. O Senhor, porém, não faz nada sem um propósito bem definido. Nossa mente pode receber fortes influências, negativas ou positivas, pelo processo de repetição. Quando a Bíblia reforça uma ideia ou ensinamento, é porque o Senhor deseja que assimilemos algo de grande importância naquela mensagem. Ao lermos sobre as dádivas idênticas dos príncipes de Israel, percebemos que Deus não olha para o valor das nossas ofertas nem faz acepção de doadores. Aos olhos de Deus, toda oferta apresentada diante do Seu altar, como expressão de alegria do adorador, é semelhante à oferta da viúva pobre (Lc.21:1-4).
Ao oferecerem seus presentes ao Senhor, não houve tentativa de angariar reconhecimento humano. Nenhum príncipe levou além ou aquém do que o outro. Toda a atenção deveria estar voltada para a adoração ao Senhor, que havia descido para habitar no meio de Seu povo. Não ousaram destacar nenhuma de suas obras. No dia determinado, cada príncipe, em atitude de reverência e santo procedimento, sem pompa ou anúncio prévio, conduzia suas ofertas ao local designado e rogava ao Senhor por Seu favor e bênção. Consagrado o altar pelos filhos de Israel, o santuário tornou-se morada de Deus e fonte de comunicação entre Ele e Seu povo por meio de Moisés, que “ouvia a voz que lhe falava de cima do propiciatório, que está sobre a arca do Testemunho, entre os dois querubins; assim [o Senhor] lhe falava” (v.89).
Deus não exige de Seus filhos ofertas mecânicas nem lhes pede além do que suas posses permitem ofertar. Também não pode abençoar onde há descaso para com Sua Casa e Sua obra. Onde há um grupo de crentes reunidos, deve haver a cooperação de todos para o avanço da obra do Senhor. Isso inclui nossa adoração por meio dos dízimos e das ofertas. Muitos têm alimentado o sentimento maligno de que apenas os mais afortunados devem se empenhar em devolver e doar. Fossem eles mais fiéis no pouco que possuem, não teriam necessidade alguma dos recursos dos ricos. A bênção do Senhor não está sobre quem dá mais, mas sobre “quem dá com alegria” (2Co.9:7). São esses os amados de Deus que saltarão de júbilo quando ouvirem da boca de Jesus: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu [Senhor]” (Mt.25:23).
Mordomia, amados, é adoração. Se queremos crescer como verdadeiros adoradores de Deus, precisamos nos dedicar ao exame de Sua Palavra com diligência, sem descaso ou desleixo, clamando pela sabedoria do Espírito da verdade. Como os bens foram distribuídos aos levitas de forma diferente, Deus também distribui os bens desta terra conforme Lhe apraz, de acordo com a capacidade de cada um em administrar. Tudo o que ofertamos ao Senhor de coração, seja pouco ou muito, é computado nos Céus como o montante afortunado daqueles que entenderam que a maior e melhor oferta já nos foi dada: Jesus Cristo. Jesus, de boa vontade, deu Sua vida por mim e por você. Nenhuma oferta humana, ou todas elas juntas, poderia se assemelhar ao alto preço de nosso resgate.
Que a alegria que brota do fruto do Espírito Santo nos motive não somente a ofertar os nossos recursos ao Senhor, mas que tudo em nós seja uma resposta de amor ao Deus que nos salvou.
Pai Celestial, o Senhor tanto nos amou que nos deu o Seu único Filho. E essa oferta de amor, que nos proveu libertação, deveria ser suficiente para humilhar o nosso coração e rendê-lo a Ti. Porque cremos, Senhor, que se o nosso coração for Tua propriedade, tudo em nossa vida será uma oferta de verdadeira adoração a Ti. Ó, Pai, faz-nos habitação do Teu Espírito para que tenhamos os ouvidos abertos e atentos para ouvir a Tua voz, mediante o estudo da Tua Palavra! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, príncipes e princesas do reino dos Céus!
Rosana Garcia Barros
#Números07 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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