Reavivados por Sua Palavra


Números 04 – Rosana Barros by Ivan Barros
15 de agosto de 2025, 0:45
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“Segundo o mandado do Senhor, por Moisés, foram designados, cada um para o seu serviço e a sua carga; e deles foram contados, como o Senhor ordenara a Moisés” (v.49).

Como vimos no capítulo anterior, não bastava ser um levita para assumir a obra de Deus no santuário. Havia uma hierarquia e divisão de cargos e funções que designava cada um para um serviço determinado. Havia também condições para que cada serviço pudesse ser realizado, a fim de preservar a vida dos próprios levitas. Certos objetos do tabernáculo precisavam ser preparados por Arão e seus filhos antes que os levitas tivessem acesso a eles para os transportar. A arca da aliança, por exemplo, bem como os objetos e móveis utilizados no Lugar Santo, precisavam ser cuidadosamente cobertos antes que os filhos de Coate tivessem acesso a eles, para que não morressem.

Através destas regras sobre o transporte do santuário, tanto os levitas quanto os demais filhos de Israel recebiam preciosas lições sobre santidade, reverência e temor do Senhor. Cada vez que precisavam levantar acampamento e marchar, todo o povo podia ver com que ordem e decência os levitas carregavam os objetos sagrados. Era um trabalho que exigia grande responsabilidade e cuidado com as “coisas santíssimas” (v.19). Enquanto permanecessem fiéis ao mandado do Senhor, Ele os abençoaria e protegeria em todas as suas viagens. Engana-se quem pensa que Deus não requer hoje de Seu povo o mesmo cuidado e zelo para com a Sua obra. Cada discípulo de Jesus é chamado a realizar um serviço específico na grande obra final, e precisamos permitir que o Senhor nos indique esse dever exato.

Após o Pentecostes, os discípulos foram capacitados para um ministério mundial de proclamar as boas-novas de salvação em Cristo Jesus. O Espírito Santo falou a Filipe para ir ao encontro de um eunuco etíope e ensinar-lhe as Escrituras (At.8:29). O apóstolo Pedro recebeu instruções do Espírito Santo, após uma visão, para pregar também aos gentios (At.10:20). Paulo foi impedido pelo Espírito Santo de ir a certo lugar e, por meio de uma visão, entendeu para onde deveria ir naquele momento (At.16:7-10). O mesmo Espírito continua guiando os filhos de Deus hoje, e nosso papel é estar atentos para ouvir Sua voz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap.2:7).

Não podemos lidar com a sagrada obra do Senhor conforme nos apraz, mas precisamos entender qual é a vontade de Deus em nosso trabalho nesta terra. Ele não exigiu que os sacerdotes tomassem para si todos os encargos do templo, mas designou uma tribo inteira para auxiliá-los. Também não colocou sobre os ombros de poucos o peso de carregar o santuário, mas dividiu as funções para que ninguém fosse sobrecarregado. O primeiro convite que Jesus nos faz é o de ir até Ele, depondo a Seus pés todo o nosso cansaço e sobrecarga, e trocarmos pelo Seu jugo suave e Seu fardo leve (Mt.11:28-30). Só então estaremos aptos para realizar a obra que Ele nos designou, conforme o Espírito nos guie. Entender isso é crucial para que o reino de Deus avance em seus propósitos e o Senhor nos acrescente, dia após dia, os que vão sendo salvos (At.2:47).

Há um inimigo que conhece muito bem a ordem e a disciplina celestial, que já fez parte do cenário do Céu na perfeita obra dos anjos, mas cuja rebelião o expulsou do lugar de Deus. Ele faz de tudo para distrair o povo do advento e impedi-lo de avançar ordenadamente, aproveitando-se da fragilidade de cristãos professos para isso. A respeito disso, Ellen White escreveu: “Satanás bem sabe que o sucesso apenas pode acompanhar a ação ordenada e harmoniosa. Bem sabe que tudo que se relaciona com o Céu se acha em perfeita ordem, e que sujeição e disciplina perfeita caracterizam os movimentos da hoste angélica. Ele estuda e faz esforços para levar os cristãos professos o mais longe possível da disposição ordenada por Deus; portanto, engana até o povo professo de Deus, e faz-lhes crer que a ordem e a disciplina são inimigas da espiritualidade” (A Igreja Remanescente, CPB, p.24).

Precisamos estar atentos para ouvir o Espírito do Senhor a nos indicar cada passo que devemos dar no sagrado dever missionário e no cuidado para com a Sua casa de oração. Se atendermos ao primeiro chamado de Cristo: “Vinde a Mim” (Mt.11:28), certamente seremos habilitados a cumprir a Sua ordem: “Ide” (Mt.28:19). E eis que Ele estará conosco, “todos os dias, até à consumação do século” (Mt.28:20).

Nosso amado Pai celestial, o Senhor ama a ordem e a disciplina. Tudo no Céu segue um curso perfeito e santo. Não poderia ser diferente no lugar em que o Senhor habitava no meio do Seu povo e que apontava para o perfeito plano da redenção. Hoje, Pai, a Tua Palavra nos diz que somos templos do Espírito Santo. Então, ajuda-nos a lidarmos com a nossa vida tendo sempre a consciência de que, na verdade, ela não é nossa, ela é Tua, e deve ser vivida para a Tua glória. Que, como igreja, sejamos guiados por Teu Espírito, com ordem e decência, servindo ao Senhor com temor e tremor, mas também com amor e devoção. Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia da preparação, igreja ordenada do Deus vivo!

Rosana Garcia Barros

#Números04 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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