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“Ser-Me-eis santos porque Eu, o Senhor, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes Meus” (v.26).
Israel já era muito numeroso no deserto e, certamente, se estabeleceria como uma nação numerosa em Canaã. Era imprescindível que houvesse leis, inclusive, leis penais que inibissem a prática de crimes no meio do povo. Os crimes descritos no capítulo de hoje compõem, por assim dizer, a lista dos mais hediondos aos olhos de Deus. Suas sanções, que incluem pena de morte e esterilidade, já dizem por si só que a tolerância divina não as admite. Sacrifícios humanos, idolatria, imoralidade sexual, filhos rebeldes, alimentação imunda e feitiçaria eram práticas comuns entre os povos que habitavam em Canaã, “porque fizeram todas estas coisas”, por isso o Senhor os lançaria para fora daquela terra (v.23).
Até hoje, as penas estabelecidas por Deus chamam a atenção para o rigor que possuem. Não parece haver piedade, contrastando com a compaixão do Salvador nas linhas que descrevem o Seu ministério terrestre. Todavia, este contraste desaparece quando examinamos toda a história de Israel e a misericórdia e a paciência de Deus para com os filhos do Seu povo. De todos os reis de Judá, por exemplo, creio que Manassés foi um dos piores. Dentre os crimes citados neste capítulo, pelo menos 90% deles Manassés praticou, e ainda outros cometeu. Mas, quando preso por ganchos e cadeias, Manassés se humilhou diante de Deus e orou fervorosamente. Resultado: ele foi perdoado pelo Senhor, conduziu Israel a um reavivamento e reforma, e dormiu em paz o sono da morte dos que serão despertados para a vida eterna na volta de Jesus. O que é isso, senão a graça de Deus?
Deus abomina o pecado, mas ama o pecador. Suas leis e penas aplicadas aos transgressores, ao contrário do que aparentam, não eram para a morte, e sim para a vida. Quando uma mulher adúltera foi levada à presença de Jesus (Jo.8:1-11), a lei dizia que ela deveria morrer, mas também dizia que ela não sofreria a pena sozinha: “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera” (v.10). Jesus estava diante de uma acusação justa, considerando que a mulher adulterou, mas também de um julgamento injusto, porque ela não adulterou sozinha. O povo havia corrompido tanto a pena como a motivação da pena, e cada pedra que tinham em mãos era a materialização de seus corações endurecidos. Aquele, porém, que sonda os corações, jamais aplicaria uma pena de morte a alguém que estivesse disposto a ser por Ele transformado.
Amados, estamos cercados pelo mal que o pecado tem causado a este mundo. A respeito disto, está escrito: “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vós, cheio de grande cólera, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap.12:12). E “fechar os olhos para não ver” (v.4) as abominações que acontecem todos os dias, e o pior, que têm acontecido até mesmo no meio do professo povo de Deus, não resolve nada. Pelo contrário, só faz com que o pecado de um atinja também “a sua família” (v.5). Quando lemos o relato do rei Manassés, de seus pecados e de sua conversão (2Cr.33:1-20), percebemos que não cumpre a nós julgarmos a ninguém no sentido do que só o Senhor pode enxergar, mas, certamente, cumpre-nos falar e viver a vontade do Senhor como Seus atalaias, intercedendo sempre por nossos irmãos. Porque não há admoestação mais eficaz para o impenitente do que o exemplo de uma vida consagrada a Deus.
Cumpre-nos viver como aqueles que estão à espera do selamento final (Ap.7:3). Porque, como foi revelado ao profeta Ezequiel, assim será nos últimos dias. O selo de Deus só será posto sobre a fronte daqueles “que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem” não somente na Terra, mas, principalmente, no seio da igreja de Deus (Ez.9:4). A profunda angústia levou o ímpio rei Manassés ao arrependimento. Creio que o Senhor trará grande angústia aos “Manassés” atuais, a fim de que a pena de morte não seja o seu destino final. Nunca foi e nunca será desejo de Deus que o perverso morra em sua perversidade, mas “que ele se converta dos seus caminhos e viva” (Ez.18:23). Há um clamor sendo realizado pelo Espírito Santo, hoje, e existem duas reações: quebrantamento ou endurecimento do coração. A pergunta é: De que lado nós estamos?
Seja hoje o dia de buscarmos ao Senhor com angústia de alma! Olhemos para a cruz, para o sacrifício do Inocente que sofreu a pena de morte pelos nossos pecados. Olhemos para a tumba vazia, para o Salvador que nos resgatou para a vida eterna. Cristo, eis o incomparável Exemplo! Olhemos para Ele sem cessar, e viveremos!
Senhor, nosso Deus, logo teremos que comparecer diante da Tua santidade, e somente os que permitiram a obra do Espírito Santo no coração através do meio purificador, que é o sangue de Cristo, estarão preparados para Te encontrar. Santo Pai, contempla a nossa situação, pois como disse Davi: “já não há homens piedosos; desaparecem os fiéis entre os filhos dos homens” (Sl.12:1). Ó, Senhor, santifica-nos para Ti e volta logo! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, selados para a eternidade!
Rosana Garcia Barros
#Levítico20 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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