Reavivados por Sua Palavra


Levítico 16 – Rosana Barros by Ivan Barros
31 de julho de 2025, 0:45
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“Porque, naquele dia, se fará expiação por vós, para purificar-vos; e sereis purificados de todos os vossos pecados” (v.30).

Tendo em mente que o santuário e tudo o que o envolvia apontava para o plano da salvação, o capítulo de hoje é um símbolo da obra final de Cristo no santuário celestial. O Dia da Expiação, ou, em hebraico, “Yom Kippur”, era um dia de extrema solenidade para o povo de Israel, o dia da purificação do santuário. Durante todo o ano, seus pecados haviam sido levados para o santuário, e aquela única vez no ano em que o sumo sacerdote poderia entrar no Lugar Santíssimo era justamente como uma “borracha” no tempo, a fim de apagar de uma vez por todas as marcas de todos os pecados ali acumulados. O sangue do cordeiro e do bode “para o Senhor” (v.9) representavam, respectivamente, Cristo se fazendo pecado por nós e Cristo como nosso inocente substituto (2Co.5:21). E o bode emissário, ou bode Azazel – que significa “demônio do deserto” – é um claro símbolo de Satanás, que é o autor do pecado e do mal e que passará mil anos nesta Terra deserta sem ter a quem tentar (Ap.20:1-3).

Quando avançamos para o livro de Daniel, ali encontramos a profecia referente ao Dia da Expiação profético: “Ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado” (Dn.8:14). Sabendo que a expressão “tarde e manhã” se refere a um dia, que um dia em profecia é equivalente a um ano (Leia Nm.14:34; Ez.4:7), e que o início desse período se deu no ano 457 a.C. com o decreto de Artaxerxes (Dn.9:25; Ed.7), a contagem dos dois mil e trezentos anos termina no ano de 1844. Anos antes, porém, homens e mulheres que buscavam sinceramente a verdade das Escrituras se debruçaram sobre esta profecia e chegaram à conclusão de que algo grandioso e significativo estava para acontecer. Apesar da compreensão errada quanto ao evento – pois acreditaram que a purificação do santuário era a purificação da Terra com o retorno de Cristo – eles não erraram na data, e, apesar da evasão de muitos que, decepcionados, abandonaram a fé, um pequeno grupo de crentes permaneceu buscando no Senhor a resposta à sua decepção.

Foi quando Deus revelou que a decepção deles também estava profetizada. O conhecimento acerca do livrinho de Daniel e da volta de Jesus tinha-lhes sido na boca doce como o mel, mas ao perceberem que Jesus não voltaria conforme esperavam, grande foi a amargura, como está escrito: “Tomei o livrinho da mão do anjo e o devorei, e, na minha boca, era doce como mel; quando, porém, o comi, o meu estômago ficou amargo” (Ap.10:10). Era o tempo certo, mas o evento errado. Ali se cumpriram as palavras do anjo ditas a Daniel: “Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o esquadrinharão, e o saber se multiplicará” (Dn.12:4). Ainda não era o fim, mas o tempo do conhecimento acerca das profecias de Daniel serem compreendidas e espalhadas como folhas de outono: “É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap.10:11). Era o começo do fim, inaugurado pela primeira voz angélica: “Temei a Deus e dai-Lhe glória, pois é chegada a hora do Seu juízo; e adorai Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Ap.14:7).

Iniciava-se, portanto, o juízo em que Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, entraria no Lugar Santíssimo do santuário celeste, a fim de exercer a Sua obra final. A partir dali podemos dizer que começou a contagem regressiva para a volta de Jesus. Como tudo no santuário terrestre encontrou o seu antítipo, não poderia ser diferente com relação à obra de Cristo no “verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem” (Hb.8:1). Observem, por exemplo, as visões de João no Apocalipse. Tudo ali aponta para o santuário celestial. E o Dia da Expiação, diferente dos demais dias de festa, era dia de aflição de alma para os filhos de Israel. Era um dia de solene reflexão. Cada filho de Israel deveria se perguntar: “Será que eu confessei diante do Senhor todos os meus pecados?” Da mesma forma, amados, com Cristo no Lugar Santíssimo, desde 1844 estamos vivendo na solenidade do Dia da Expiação profético. Há registros de pecados no Céu que estão sendo examinados e julgados. E, ao findar Sua obra de selar os servos de Deus (Ap.7:3), é de lá, do mais santo lugar, que Jesus dirá: “Feito está!” (Ap.16:17), e, então, cada decisão estará selada para sempre (Ap.22:11), e os salvos poderão se alegrar na última festa, na festa dos tabernáculos antitípica e eterna (Lv.23:40; Jo.14:2).

Pode ser que esse assunto seja uma novidade para você. Mas eu te convido a estudar com diligência e sinceridade o assunto do santuário. Você verá que ele envolve toda a Bíblia, todo o plano de salvação e, inclusive, tem a ver com as escolhas que fazemos hoje. Enquanto Cristo ministra em nosso favor no Lugar Santíssimo, nos acheguemos a Ele. “Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb.4:15-16).

Pai Celestial, aí no lugar mais sagrado, o nosso Salvador ministra em nosso favor, como nosso fiel Advogado, mas Ele também acumulou a função de Juiz, como Ele mesmo afirmou em João 5:22: “E o Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento”. Se nas leis humanas existe o direito de investigação a fim de comprovar a condenação ou a absolvição de alguém, quanto mais perfeitos e justos são os Teus juízos, Senhor! Ó Pai, que possamos dar ouvidos ao que diz o Teu Espírito! E que a nossa atitude seja aceitável a Ti nestes dias finais e decisivos! Perdoa-nos, Senhor! Purifica-nos, Pai! E prepara-nos para Te encontrar! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, selados para a eternidade!

Rosana Garcia Barros

#Levítico16 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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