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“Eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que Eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque Eu sou santo” (v.45).
Sem dúvida, este capítulo apresenta um dos assuntos bíblicos mais polêmicos: a diferença entre animais puros e animais imundos. O Senhor fez distinção entre os animais que se podem comer e aqueles que são impróprios para o consumo humano. Quando retornamos ao relato da criação, em Gênesis 1:29, vemos que o plano original do Criador era que o ser humano tivesse uma dieta totalmente vegetariana. Porém, após o dilúvio, não havia vegetação, e o Senhor permitiu que Noé e sua família incluíssem a carne em sua dieta (Gn.9:3). Mas, antes mesmo dos animais entrarem na arca, Deus fez diferença entre os limpos e os imundos (Gn.7:2). A lei sobre animais limpos ou imundos, portanto, não é uma nova lei, mas um reforço de uma lei que já existia.
Como podemos, hoje, saber se esta lei permanece válida ou não? Digamos que você tenha que se submeter a uma cirurgia. Quais são as carnes que o médico prontamente proíbe na recuperação pós-cirúrgica? Carne de porco e seus derivados, frutos do mar e peixe de couro. Não é assim? Existe uma lógica em tal prescrição. Estas carnes são potencialmente inflamatórias, e Deus, em Sua infinita sabedoria, já nos tinha deixado orientações para que delas nos abstenhamos. Não são alimento, mas abominação: “Ser-vos-ão, pois, por abominação; da sua carne não comereis e abominareis o seu cadáver” (v.11). A nutrição de Seu povo é importante para Deus, pois, como nosso Criador, Ele sabe bem como o que comemos tem influência direta sobre a nossa mente.
Assim como o apetite foi usado no Éden para a queda de Adão e sua mulher, Satanás usou da mesma estratégia na primeira tentação de Cristo no deserto: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães” (Mt.4:3). A diferença foi que a vitória provisória que o inimigo teve no Éden não pôde se repetir no deserto da tentação. Ali, o nosso Salvador venceu para que com Ele participemos de Sua vitória. Chegando ao fim de Seu ministério terrestre, Jesus orou por nós e nos deixou o protocolo da santidade: “Santifica-os na verdade; a Tua Palavra é a verdade” (Jo.17:17). Deus nos deixou a Sua Palavra escrita para que por ela fôssemos santificados. No capítulo de hoje, Ele nos diz: “Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque Eu sou santo” (v.44). E o fato de o Senhor associar alimentação com santidade nos deixa um recado bem claro, vocês não acham?
Existe um abismo intransponível entre a pureza e a impureza; entre a vontade de Deus e a nossa própria vontade. Cristo mesmo disse: “A Minha comida consiste em fazer a vontade dAquele que Me enviou e realizar a Sua obra” (Jo.4:34). Quando desafiamos a vontade de Deus para satisfazer o nosso próprio apetite, estamos corrompendo o templo do Espírito Santo (1Co.6:19). Mais do que qualquer médico, o Médico dos médicos deseja que você e eu tenhamos vida e vida em abundância (Jo.10:10). A frase que diz que “somos o que comemos” resume bem a nossa reflexão de hoje. Esta “máquina” incrível que é o corpo humano pode ter o seu “prazo de validade” prolongado de forma útil se seguirmos as sábias orientações de Deus. A saúde, na verdade, é só um resultado do principal objetivo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1Co.10:31).
Lembremos de Daniel, que decidiu “firmemente não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Daniel 1:8). E a Bíblia diz que, além dos benefícios físicos, ele e seus três amigos foram considerados “dez vezes mais doutos” do que qualquer dos sábios do reino (Dn.1:20). E Daniel foi dotado de uma excelência espiritual tão extraordinária, que Deus lhe conferiu “inteligência de todas as visões e sonhos” (Dn.1:17). Percebem, amados? Há uma ligação lógica e inseparável entre a mente e o corpo. O Espírito Santo fala conosco através da nossa mente. É nela que acontece o grande conflito que definirá o nosso destino eterno. Logo, um corpo saudável possui uma mente mais lúcida, tendo uma melhor conexão com Deus e uma melhor compreensão de Sua vontade. Quanto melhor for a nossa saúde, melhor faremos a obra que o Senhor nos confiou.
Diante de nossa realidade de carnes e produtos de origem animal contaminados e causadores de doenças e alergias, creio na mensagem profética para nossos dias de que o retorno à dieta edênica é a melhor escolha a se fazer. Que assim como Daniel e seus amigos, e como o próprio Jesus, o nosso alimento seja fazer a vontade de Deus. E isso também inclui buscar ter um sono de qualidade, praticar exercícios físicos regularmente, renovar o ar dos pulmões com ar puro, desfrutar da bênção da luz solar, beber água em abundância, ser temperante e, acima de tudo, confiar no poder de Deus. Cuidar da saúde é uma questão espiritual, meus irmãos. Mas, cuidado! Que a nossa decisão pessoal seja uma bênção para os outros, e não um instrumento de condenação.
“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3Jo.2).
Nosso Deus e Criador, feliz sábado! Como é maravilhoso saber que o Senhor Se importa conosco e deseja que tenhamos vida abundante, mesmo aqui nesta Terra contaminada pelo pecado! E esta vida abundante inclui não somente a saúde do nosso corpo, mas também da nossa mente e da nossa alma. Como seres integrais, podemos desfrutar de uma saúde plena Contigo. Louvado seja o Senhor por tão grande privilégio! Ajuda-nos, Pai, no desafio de cuidarmos de nossa saúde, praticando os oito remédios da natureza! E que a nossa vida glorifique tão somente a Ti! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, santos do Altíssimo!
Rosana Garcia Barros
#Levítico11 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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