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“Se a oferta de alguém for sacrifício pacífico, se a fizer de gado, seja macho ou fêmea, oferecê-la-á sem defeito diante do Senhor” (v.1).
Os sacrifícios pacíficos eram sacrifícios voluntários, uma espécie de oferta de gratidão. Poderiam, também, ser uma oferta votiva, ou seja, para o cumprimento de algum voto feito pelo adorador a Deus. Em todo caso, havia um coração grato e feliz por trás de cada sacrifício pacífico. Mas é necessário e muito importante que compreendamos a ordem das ofertas mencionadas desde o primeiro capítulo deste livro. Em primeiro lugar, Deus inspirou Moisés a escrever sobre os holocaustos, as ofertas que precisavam ser completamente queimadas; símbolo de uma vida inteiramente entregue a Deus e morta para o pecado. Depois, temos as orientações acerca das ofertas de manjares; símbolo de uma vida missionária cheia do Espírito Santo. E então, temos os sacrifícios pacíficos; símbolo da alegria e do amor que o verdadeiro adorador tem pelo Senhor.
Sabem, amados, é muito fácil nos perdermos na leitura da Bíblia porque simplesmente não entendemos os detalhes ali contidos. O capítulo de hoje é um exemplo disso. É a gordura das entranhas que precisa ser queimada, é “o redenho sobre o fígado com os rins” (v.4) que precisam ser tirados; e acabamos perdendo o principal, que é o desejo do Senhor em nos instruir através de Sua preciosa Palavra. O conhecimento teológico é importante e é válido, mas ele não pode jamais estar acima do conhecimento relacional com o Deus da Palavra. Tem você ouvido a voz de Deus através do estudo diário da Bíblia? Seu coração arde ao entrar em contato com o Livro dos livros? Você tem oferecido a Cristo a oferta pacífica da comunhão diária com Ele?
Percebam que os sacrifícios, além de suas especificações sobre como deveriam ser oferecidos, também havia a clara ordenança de que não poderiam apresentar qualquer tipo de defeito. Nenhuma mancha ou deformidade física poderia haver. Deveriam ser “sem defeito diante do Senhor” (v.1). Se fôssemos analisar essa exigência olhando para nós – que precisamos apresentar diante do Senhor uma vida sem defeito algum – poderíamos agora mesmo entrar em desespero. Mas nós somos convidados, meus irmãos, a ofertar ao Senhor a nossa vida “olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus” (Hb.12:2). Como Davi, podemos ofertar ao Senhor a nossa vida escondida em Cristo e, pela fé, declarar: “Pois tudo vem de Ti, e das Tuas mãos Te damos” (1Cr.29:14).
Parece até clichê dizer que Jesus é o supremo sacrifício pacífico, pois Ele Se entregou por nós, e fez isso por amor e pela alegria em nos salvar. Parece que a mensagem da cruz foi substituída pelo “status” da luz. As pessoas não vão mais à igreja em busca de uma decisiva mudança de vida, mas atraídas pelos holofotes de uma adoração emocional e rasa. Troquem as músicas apelativas pela oração e pela súplica, e as pregações covardes por um cortante e assertivo “assim diz o Senhor”, então veremos genuínas conversões como sacrifícios pacíficos “de aroma agradável ao Senhor” (v.5). Enquanto estivermos lidando com o pecado como se fosse algo pequeno, quando ele cobra de cada um de nós um preço fatal, continuaremos aqui neste mundo, tendo aparência de piedade, mas sem poder algum.
Amados, a chama do Espírito Santo precisa aquecer o nosso coração todos os dias, e, pela justiça de Cristo, consumir toda a escória do pecado e nos tornar ofertas pacíficas a Deus. Não adianta termos o título de cristãos se Cristo não for o primeiro e o último em nossa vida. Em nome de Jesus, lembremos das palavras inspiradas de Davi: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Sl.51:17). Não espere um reavivamento coletivo enquanto você mesmo não o busca. Moisés precisou de quarenta anos na solidão entre as ovelhas até que Deus o capacitasse para a missão de liderar Israel. Não limite a atuação do Espírito Santo a um culto de uma hora na igreja. Se você não O buscar todos os dias na solidão de seu retiro de comunhão, como espera reconhecer a Sua voz quando Ele finalmente lhe chamar para a missão?
O Espírito do Senhor apela ao seu coração, hoje, para que você persevere na oração e no estudo das Escrituras. Que nada seja mais importante em sua vida do que a comunhão com Seu Pai e Amigo. Conhecer a Deus e a Jesus é vida eterna (Jo.17:3). E esse conhecimento só pode ser obtido mediante uma vida de relacionamento com Deus, que permite a ação constante e transformadora do Espírito Santo. Portanto, “quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt.6:6).
Nosso amado Pai, entregamos em Tuas mãos a nossa vida, como oferta voluntária e pacífica, em reconhecimento de quem Tu és e do que tens feito por nós! Mas o que temos a te oferecer é um coração podre, Senhor, que para nada presta, a não ser que seja miraculosamente trocado por um novo coração. Nós cremos que o Teu Espírito pode realizar esse milagre e nós suplicamos que Ele realize essa cirurgia cardíaca espiritual em nós! Abre os nossos olhos para a realidade de que todos somos miseráveis, infelizes, pobres, cegos e nus, por isso necessitamos da justiça de Cristo. Seja Cristo a nossa Justiça, Pai, então, seremos aceitos por Ti no Amado. Nós Te amamos e aguardamos com esperança o Teu retorno! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia da preparação, ofertas pacíficas ao Senhor!
Rosana Garcia Barros
#Levítico03 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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