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Muitos cristãos não consideram de grande importância ou de algum valor os serviços do santuário divinamente designados, embora o plano da salvação mais plenamente revelado no NT se torne mais claro mediante a compreensão do AT. De fato, quem compreende o sistema levítico, como apresentado no AT, pode compreender e apreciar muito mais o evangelho no NT. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 1, p. 767.
1:1 – 7:38 Esses capítulos provem instruções para a adoração do Senhor através de sacrifícios oferecido no santuário/tabernáculo israelita. Andrews Study Bible.
1-2 Os sacrifícios em Israel envolviam a oferta de animais domésticos selecionados, cereais, azeite e vinho. Todos esses produtos simbolizavam o adorador israelita que, através dos atos de sacrifício, dava-se de volta a Deus de alguma maneira. Em cada sacrifício animal, o adorador colocava a sua mão sobre a cabeça da vítima, identificando-se desta forma com o animal, como que dizendo: “Este animal me representa”. Bíblia de Genebra.
1 Tenda do Encontro (NVI; ARA: tenda da congregação). O tabernáculo, em que Deus Se encontrava com Israel. Bíblia de Estudo NVI Vida.
2 Trareis a vossa oferta. Heb. qorban, do verbo qarab, “trazer para perto”, aproximar. CBASD, vol. 1, p. 767.
3 holocausto. Heb ‘olah, cujo significado básico é de fazer subir em fumaça. Bíblia de Genebra.
Era em geral um cordeiro ou um cabrito (para o indivíduo mediano), mas novilhos (para os ricos) e pombos (para os pobres) também eram especificados. … O holocausto devia ser totalmente queimado … (holo significa “inteiro”, e caust significa “queimado”). Quando um novilho era oferecido, no entanto, o sacerdote ofertante podia ficar com o couro para si mesmo (7.8). … Seu nome em hebraico significa “subindo”, talvez simbolizando a adoração e a oração ao subir o seu aroma ao Senhor (v. 17). Bíblia de Estudo NVI Vida.
O macho sem defeito, v. 3, representa Cristo na Sua perfeição (Hb 9.14; 1Pe 1.19). Bíblia de Genebra.
5 Imolará o novilho. Não é possível crer que uma pessoa normal teria prazer em matar uma vítima inocente, mesmo que fosse apenas um animal. Mesmo assim, Deus exigia esse ato do ofertante. […] Para o pecador, essa devia ser uma experiência angustiante e dolorosa por saber que seu pecado tornara aquela morte necessária. Isso devia impressioná-lo a “ir e não pecar mais”. Diante de si, ele podia ver vividamente o resultado do pecado, que não significava apenas morte, mas a morte de um inocente. O que mais essa cerimônia poderia despertar no transgressor além de ódio ao pecado e uma solene decisão de não ter nada mas a ver com ele? A primeira lição que Deus queria ensinar a Israel, através do sistema sacrifical, era que pecado significa morte. […] O NT declara especificamente que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6:23), mas muitos falham em compreender a importância dessa declaração. Uma concepção mais realista de que pecado e morte estão ligados inseparavelmente ajudaria muito na apreciação e compreensão do evangelho. Muitos, porém, não o compreendem em profundidade. Para os cristãos isso encerra uma importante lição: a culpa é nossa; não dEle. A contemplação da cruz deveria trazer a nós, em primeiro lugar, um sentimento de culpa, depois repulsa pelo pecado e, finalmente, uma profunda gratidão a Deus porque através da morte vem a salvação – “Cristo morreu por mim. Eu devia ter morrido, pois pequei e o ‘salário do pecado é a morte’ (Rm 6:23). Mas Ele morreu por mim; Ele tomou o meu lugar no Calvário!” CBASD, vol. 1, p. 770, 771.
Apresentarão o sangue e o aspergirão. Para alguns, a morte de Cristo parece desnecessária. Pensam que Deus podia ou devia perdoar sem o Calvário, e a cruz não lhes parece uma parte vital da expiação. Os cristãos fariam bem se refletissem mais sobre o preço da salvação. O perdão não é uma questão simples. Por meio do sistema cerimonial Deus ensinou Israel que o perdão pode ser concedido apenas mediante derramamento de sangue. Precisamos dessa lição hoje. No sistema sacrifical de Israel, os princípios de uma vida santificada podem ser encontrados; por isso, o AT é fundamental. Aqueles que estão firmemente alicerçados nele não cairão quando vierem as chuvas e os ventos soprarem. Estarão “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular” (Ef 2:20). CBASD, vol. 1, p. 771.
7 Porão em ordem a lenha. A lenha usada no serviço do santuário era cuidadosamente inspecionada antes de ser colocada no altar. Madeira atacada por insetos ou roída por vermes era rejeitada. […] A lenha não era jogada no fogo ou colocada ali de qualquer jeito. Era colocada “em ordem” cuidadosamente. A lição é clara. Nada que tenha a ver com o serviço de Deus deve ser feito com desleixo e precipitação. Tudo deve ser feito com cuidado e decência. CBASD, vol. 1, p. 772.
9, 13, 17 aroma agradável ao Senhor. É um modo de expressar que Deus aceitou o sacrifício por causa da atitude do povo. Life Application Study Bible.
Os sacrifícios do AT prenunciavam Cristo, que foi “sacrifício de aroma agradável” (Ef 5.2; cf. Fp 4.18). Bíblia de Estudo NVI Vida.
De aroma agradável. Isso significa agradável a Deus. As ofertas queimadas de Levítico 1 não eram obrigatórias, mas voluntárias, algo que o ofertante apresentava porque sentia necessidade de Deus e queria mostrar sua apreciação pela bondade do Senhor. Ao levar a oferta, o adorador expressava seu amor por Deus e a consagração de si mesmo a Seu serviço. […] A expressão de Paulo em Romanos 12:1, “apresenteis a vosso corpo por sacrifício vivo”, é uma referência às antigas ofertas queimadas. Implica que o cristão deve se consagrar totalmente a Deus e se purificar completamente. […] A oferta queimada tipificava Cristo, que deu a Si mesmo completamente, deixando um exemplo a ser seguido. Isso ensina santificação plena, completa dedicação. Por isso, é acertadamente colocada em primeiro lugar na lista de ofertas em Levítico. […] As ofertas queimadas de Levítico 1 são “de aroma agradável” a Deus, por serem totalmente voluntárias. Os cristãos correm o risco de fazer o que é bom e correto não por necessidade interior ou pelo amor que os impele, mas porque é costume fazer o que é esperado e correto. Dever é uma grande palavra e deve ser enfatizada, mas não se deve esquecer que amor é maior ainda. Se adequadamente aplicado, o dever é cumprido no amor. O amor é voluntário, espontâneo, livre; o dever é compulsório, rigoroso. Ambos são necessários na vida cristã, e não se deve enfatizar um em detrimento do outro. O dever cumpre a lei e segue por todo o caminho. O amor também cumpre a lei e segue por todo o caminho, mas o amor vai mais longe. Ele anda a segunda milha e dá a capa também. “Deus ama quem dá com alegria” (2Co 9:7). Alguns substituiriam “com alegria”, por “com liberalidade”, mas o texto diz “com alegria”. Isso significa dar espontaneamente, de livre vontade, não por obrigação, mas voluntariamente. Isso é agradável a Deus. CBASD, vol. 1, p. 772 – 774.
Há tarefas a cumprir que não são agradáveis nem prazerosas. Deus aprecia quando as cumprimos voluntariamente, sem queixas ou murmurações. Há aqueles que precisam ser encorajados, admoestados, estimulados com insistência ou quase subornados a fazer o que deveriam fazer com alegria e voluntariamente (ver Is 64:7; Ml 1:10). Uma atitude indiferente e o desejo de recompensa cansam tanto a Deus como aos homens. É desanimador para os líderes admoestar com veemência e repetidas vezes para, enfim, nada mais obter do que uma fraca resposta. CBASD, vol. 1, p. 774.
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