Reavivados por Sua Palavra


Êxodo 30 – Rosana Barros by Ivan Barros
5 de julho de 2025, 0:45
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“Farás também um altar para queimares nele o incenso; de madeira de acácia o farás” (v.1).

No altar de incenso, que ficava em frente ao véu que fazia a separação entre o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo, deveria ser queimado diariamente o incenso aromático, especialmente preparado para aquele fim. Seu fragrante aroma perfumava todo o ambiente. Aquele altar era um símbolo do ministério de intercessão de Cristo, que continuamente intercede por nós perante o Pai e, a queima do incenso, representava “as orações dos santos”, ascendendo ao Céu como aroma agradável a Deus (Ap.8:4). O altar de incenso era o objeto mais próximo do Lugar Santíssimo. Bem atrás do véu estava a manifestação da glória de Deus; e poder ministrar tão próximo à gloriosa presença do Senhor era, de fato, uma experiência inesquecível e singular.

O “recenseamento dos filhos de Israel” (v.12) era uma contagem de todos os homens com idade a partir dos vinte anos, geralmente para fins de guerra, como uma espécie de alistamento militar. Neste caso, o objetivo principal era o de arrecadar as ofertas que provavelmente seriam utilizadas na construção do santuário. Havia um valor específico para esta oferta, um valor determinado por Deus que colocava pobres e ricos em pé de igualdade. Todos ofertavam de forma igualitária. Uma clara confirmação de que “para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm.2:11). Assim como a oferta para expiação de cada israelita era igual, Cristo fez expiação por cada um de nós com uma única oferta.

Antes de entrar na tenda da congregação a fim de cumprirem seus deveres diários, os sacerdotes precisavam passar pela “bacia de bronze” (v.18), ou pia da purificação. Só após lavarem “as mãos e os pés” (v.19) poderiam oficiar no Lugar Santo. Nenhum sacerdote poderia oficiar no altar ou entrar no Santo Lugar sem se lavar, ou, do contrário, morreria. Jesus nos oferece a água da vida. Só Ele pode nos purificar de nossos pecados. Lavar as mãos e os pés simboliza o fazer a vontade de Deus e o caminhar em Seu caminho eterno, por meio da obra do Espírito Santo no coração. Cristo deseja filtrar em nossa vida todas as impurezas que nos impedem de avançar espiritualmente, a fim de que alcancemos “a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14); uma obra que é realizada diariamente pelo Espírito Santo (Tt.3:5).

A Moisés também foi dada a ordem de ungir a tenda da congregação, desde o Lugar Santíssimo até o pátio, inclusive Arão e seus filhos. Ele foi o primeiro homem a entrar no Santo dos Santos, antes mesmo de Arão. Aquele óleo, preparado de forma exclusiva para o uso sagrado, simbolizava o Espírito Santo. Oh, quanto necessitamos dessa unção diária! Deve ser o mais alto clamor da alma, o mais ardente desejo do coração de todo o crente, a oração mais insistente, a busca incessante! O Senhor tem prazer em nos dar o Seu Espírito mais do que um pai tem prazer em presentear um filho (Lc.11:13). A unção ou batismo diário com o Espírito Santo não se resume a manifestações sobrenaturais, mas na colheita de Seu fruto: “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl.5:22-23).

Tudo o que era preparado para o santuário tinha o seguinte peso: “é santo e será santo para vós outros” (v.32). Nada do que ali estivesse e nada do que fosse preparado para o seu uso poderia ser utilizado de forma comum. O óleo da santa unção e o incenso, “perfume segundo a arte do perfumista” (v.35), eram especialmente preparados no cadinho de Deus através de homens hábeis por Ele capacitados. Muitas são as lições sobre santidade que podemos extrair do estudo do santuário, amados. Deus desejava imprimir na mente do Seu povo a diferença entre o santo e o comum, entre o puro e o imundo. Mas também fortalecer na mente de todos, ricos e pobres, que perante Ele somos todos iguais, que o Senhor nos ama na mesma medida.

Como santuários do Espírito Santo (1Co.6:19), precisamos contextualizar as lições do santuário em nossa vida. Não se trata da simples leitura de símbolos antigos, mas do estudo de aplicações espirituais práticas que nos preparam para o breve encontro com o nosso Senhor e Salvador. Sem acepção, o Senhor nos escolheu para sermos santos. Creio que o texto a seguir resume bem a mensagem do capítulo de hoje: “Como filhos da obediência, não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância; pelo contrário, segundo é santo Aquele que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso procedimento, porque escrito está: ‘Sede santos, porque Eu sou santo’. Ora, se invocais como Pai Aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação” (1Pe.1:14-17).

Como Israel, somos todos peregrinos em terra estranha. Oremos e clamemos ao Senhor pelo batismo diário do Espírito Santo. Que possamos abandonar tudo o que não nos edifica e ser fortalecidos pelo poder do alto. Certamente, o Espírito de Deus nos ungirá, nos santificará e nos conduzirá à vida eterna.

Nosso Pai Celestial, como Tu és santo, precisamos também ser santos. Mas essa é uma obra que está fora do nosso alcance operar. Por isso, nos entregamos aos cuidados do Espírito Santo para que Ele viva em nós e realize em nosso coração tudo o que for preciso para nos santificar e nos preparar para o alto clamor e para o encontro Contigo. Temos saudades de Ti, Pai! Todos nós! Ouve o nosso clamor, pois queremos ir para o Lar! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz sábado, santos do Altíssimo!

Rosana Garcia Barros

#Êxodo30 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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