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“José beijou a todos os seus irmãos e chorou sobre eles; depois, seus irmãos falaram com ele” (v.15).
Ao ouvir as palavras de Judá e perceber a mudança ocorrida em seu coração, José não pôde mais conter a emoção. Ordenando que todos os egípcios saíssem de onde estava com seus irmãos, José ‘levantou a voz em choro, de maneira’ que nem adiantou muito retirá-los dali, pois ‘os egípcios o ouviam e também a casa de Faraó’ (v.2). A pergunta que poderia estar na mente de Judá e seus irmãos naquele momento era: ‘O que está acontecendo?’ Eles não entendiam o porquê de tamanha comoção do governador do Egito, até que aquele homem declarou, com voz ainda embargada: ‘Eu sou José; vive ainda meu pai?’ E eles ‘não lhe puderam responder, porque ficaram atemorizados perante ele’ (v.3).
Enquanto José falava e explicava tudo, imagino aqueles homens tentando processar tudo o que estava acontecendo. Imagino-os lembrando dos sonhos de José e do dia em que o venderam sem se importar com os seus rogos. Tudo deve ter lhes passado na mente como um filme, e temeram. Mas José lhes falou ao coração e deixou bem claro que não foram eles que o enviaram ao Egito, mas Deus, ‘para conservação da vida’ (v.5). Então, beijou cada um de seus irmãos e chorou com eles, deixando bem claro que os havia perdoado. Só então, ‘seus irmãos falaram com ele’ (v.15). E aquele encontro familiar chegou ao conhecimento de Faraó e seus oficiais, que muito se alegraram com a notícia.
José tinha pressa em ver seu pai. Após uma separação de vinte anos, seu maior desejo era o de reencontrá-lo. Abastecidos com o melhor do Egito e levando consigo algumas das carruagens de Faraó, aqueles irmãos partiram de volta a Canaã com a seguinte ordem de José: ‘Não contendais pelo caminho’ (v.24). Ou seja, José sabia que todo aquele drama familiar poderia despertar lembranças amargas e provocar acusações de uns para com os outros. E ao chegarem em casa e declararem a Jacó: ‘José ainda vive e é governador de toda a terra do Egito’ (v.26), parecia que o coração do velho pai tinha parado de bater, de forma que não acreditou neles. Mas ao ouvir de seus filhos tudo o que havia acontecido e vendo as carruagens egípcias, ‘reviveu-se-lhe o espírito’ (v.27) e se apressou em descer ao Egito para reencontrar seu filho amado.
Dramas familiares são uma constante no mundo desde a entrada do pecado. O primeiro homicídio aconteceu ainda na família de Adão, quando Caim matou seu irmão Abel (Gn.4:8). Desde então, cada família tornou-se o principal alvo do inimigo, em sua ânsia por destruir a instituição sagrada de Deus. Mas apesar das insistentes investidas de Satanás, o Senhor tem o poder de transformar tragédias em finais felizes quando um filho Seu exerce fé e clama por Seu auxílio. A promessa para as famílias do Seu povo nestes últimos dias revela a obra que o Espírito Santo está realizando hoje. Pois assim diz o Senhor: ‘Ele converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que Eu não venha e fira a Terra com maldição’ (Ml.4:6).
O perdão que José concedeu a seus irmãos é a chave que pode abrir a porta da reconciliação e da união em muitas famílias. Perdão não é um sentimento, perdão é uma decisão. Mas mesmo o perdão também é um dom de Deus, e como tal é necessário ser liberado por um coração em que Cristo habita. Tanto quem perdoa quanto quem é perdoado passam por um processo de readaptação e recuperação da confiança, que pode levar um bom tempo. Em alguns casos, porém, o perdão não significa um retorno à convivência. E pode até ser saudável e prudente que seja assim. Mas, seja qual for o resultado, o perdão verdadeiro sempre promove a cura do coração e o alívio da mente.
Seja qual for a situação em que esteja vivendo hoje, entregue tudo aos cuidados do Senhor. Permita que Ele abrande o seu coração e o torne lugar de Sua morada. Como José e seu pai estavam ansiosos pelo reencontro, há um Pai Celestial que não vê a hora de correr ao nosso encontro, nos abraçar e beijar e declarar com grande júbilo: ‘este Meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado’ (Lc.15:24). Lembre-se sempre de que foram os nossos pecados que crucificaram o Senhor da Glória. E se Ele nos perdoou e a tal ponto nos amou, também espera que nos perdoemos uns aos outros. ‘Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará’ (Mt.6:14).
Nosso Pai do Céu, juntamente com meus irmãos, clamo a Ti por Teu auxílio no desafio de perdoar! Somente um coração subjugado pelo Espírito Santo, e no qual Cristo habita, pode liberar o perdão porque entende o alto preço que foi pago por sua vida, quando ainda pecador. Em Cristo, o Senhor nos reconciliou Contigo, e somente em Cristo, podemos nos perdoar uns aos outros. Concede-nos, ó Deus, a mente e o coração de Cristo, para que sejamos Seus imitadores! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, imitadores de Cristo!
Rosana Garcia Barros
#Gênesis45 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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