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1429 palavras
1 Cento e quarenta e quatro mil. A repetição de doze vezes o número doze mil (Ap 7:5-8) pode sugerir que o principal objetivo desta passagem não é revelar o número preciso dos selados, mas, sim, mostrar sua distribuição entre as tribos do Israel espiritual. Os 144 mil são apresentados aqui como aqueles que conseguem “suster-se” em meio aos terríveis acontecimentos que precedem a segunda vinda (ver com. de Ap 6:17). Eles têm o “selo do Deus vivo” (Ap 7:2) e são protegidos num período de destruição universal, como aqueles que possuíam a marca na visão de Ezequiel (Ez 9:6). … O conselho a seguir pode ser oportuno: “Não é vontade dEle [de Deus] que entrem em conflito sobre questões que não os ajudarão espiritualmente, como quem compõe o grupo dos 144 mil. Sem dúvida de dúvida, os eleitos de Deus terão essa informação dentro de pouco tempo” (Ellen G. White, Material Suplementar sobre Ap 14:1-4; cf. PR, 189). CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 867.
3 Ninguém pôde aprender. A experiência é de natureza tão pessoal que somente aqueles que passam por ela são capazes de apreciar seu significado. Para eles, o cântico é uma síntese abrangente das experiências que vivenciaram nas etapas finais do grande conflito. CBASD, vol. 7, p. 913.
4 Macularam. A referência, neste caso, é figurada e trata da mácula trazida por relações ilícitas. … a união de elementos religiosos, simbolizados por “mulheres”, exercerá forte pressão sobre os santos, a fim de que renunciem a lealdade a Deus e a Seus mandamentos, para se unir à besta (ver com. de Ap 16:14; 17:2, 6). Qualquer concessão implicaria uma mácula. CBASD, vol. 7, p. 913, 914.
Mulheres. A figura da mulher é usada com frequência nas Escrituras para representar a igreja. Uma mulher pura simboliza a mulher verdadeira, e uma mulher imoral, a igreja apóstata (ver com. de Ap. 12:1). A igreja de Roma e as várias igrejas apóstatas que segurem seus passos são simbolizadas por uma mulher impura e suas filhas (ver com. de Ap. 17:1-5). Sem dúvida, é a essas igrejas que o profeta se refere aqui. CBASD, vol. 7, p. 914.
Castos. Uma vez que toda a passagem é metafórica, a castidade literal, masculina ou feminina, não é o assunto em questão. Caso fosse, este versículo estaria em contradição a outros que defendem o casamento e a relação conjugal (ver com. de 1Co 7:1-5). Os santos são chamados de castos, por não terem se relacionado com a Babilônia (ver com. de Ap 18:4). Eles recusaram qualquer ligação com a Babilônia e suas filhas quando estas se tornaram agentes de Satanás em seu esforço final para erradicar os santos (ver com. de Ap 13:15). Eles não foram maculados por se associarem a esta união de elementos religiosos agrupados por Satanás, embora talvez houvessem pertencido, no passado, a um dos vários grupos então amalgamados. CBASD, vol. 7, p. 914.
5 Mentira. O evangelho de Jesus Cristo transforma o pecador errante em alguém sem falsidade, engano e pecado. CBASD, vol. 7, p. 915.
7 Temei. Do gr. phobeõ, “temer”, “reverenciar”. Phobeõ é usado aqui não no sentido de ter medo de Deus, mas de se achegar a Ele com reverência e respeito. Comunica a ideia de lealdade absoluta ao Senhor, de rendição total a Sua vontade (ver com. de Dt 4:10). CBASD, vol. 7, p. 915.
Juízo. Os adventistas do sétimo dia entendem que este juízo começou em 1844 e é representado, em tipo, pela purificação do santuário terrestre (ver com. de Dn 8:14). A referência não é ao juízo executivo por ocasião da volta de Cristo, quando todos receberão a recompensa. Isso fica claro porque as três mensagens angélicas (Ap 14:6-12) precedem a segunda vinda de Cristo (v. 14). Além disso, a mensagem ligada ao juízo é acompanhada de um apelo e uma advertência, os quais revelam que o dia final ainda não chegou. Os seres humanos ainda podem se voltar para Deus e escapar da ira vindoura. CBASD, vol. 7, p. 916.
Adorai. A adoração a Deus contrasta com a adoração à besta (Ap 13:8, 12) e a sua imagem (v. 15). CBASD, vol. 7, p. 916.
Fez o céu, e a terra. O Criador do universo é o único digno de adoração. Nenhum ser humano ou anjo é digno de receber culto. Trata-se de uma prerrogativa exclusivamente divina. … O apelo para adorar a Deus como criador vem numa hora crucial, uma vez que a pregação da primeira mensagem angélica foi seguida pela rápida disseminação da teoria da evolução. Além disso, o chamado para adorar a Deus como criador de todas as coisas implica que se dê devida atenção ao memorial da criação divina: o sábado (ver com. de Êx 20:8-11). Se o sábado tivesse sido guardado como Deus planejou, teria servido de salvaguarda contra a infidelidade e a ideia da evolução (ver At 14:15; PP, 336). CBASD, vol. 7, p. 916.
8 Seguiu-se. Do gr. akoloutheõ, “acompanhar”, “seguir”. … O segundo anjo segue o primeiro cronologicamente, mas também é verdade que o primeiro anjo continua seu ministério quando o segundo anjo se une a ele. CBASD, vol. 7, p. 916.
Caiu, caiu. A profecia da queda de Babilônia tem seu cumprimento final no afastamento, por parte do protestantismo como um todo, da pureza e simplicidade do evangelho … . Essa mensagem foi pregada primeiro pelo movimento adventista conhecido como milerismo, no verão de 1844, sendo aplicada às igrejas que rejeitaram a mensagem do primeiro anjo a respeito do juízo … . A mensagem terá cada vez mais relevância à medida que o fim se aproxima e chegará ao cumprimento completo com a união dos vários elementos religiosos sob a liderança de Satanás … A mensagem de Apocalipse 18:2 a 4 anuncia a queda completa de Babilônia e chama todo o povo de Deus disperso em meios aos vários grupos religiosos que formam Babilônia a se separar dela. CBASD, vol. 7, p. 917.
Beber. A expressão … sugere coerção. Elementos religiosos pressionarão o estado secular a fazer cumprir os decretos de Babilônia. CBASD, vol. 7, p. 919.
Vinho da fúria. … não é fúria nem furor que Babilônia oferece ao dar vinho às nações. Ela argumenta que o tomar seu vinho levará paz às nações (ver com. de Ap 13:12). Todavia, isso acaba acarretando a ira de Deus sobre os seres humanos. CBASD, vol. 7, p. 919.
Prostituição. Imagem da conexão ilícita entre a igreja e o mundo, ou entre a igreja e o estado secular. A igreja deve se casar com seu Senhor; mas, quando ela procura apoio do estado, deixa seu cônjuge legítimo. Por meio de seu novo relacionamento, comete prostituição espiritual (comparar com Ez 16:15; Tg 4:4). CBASD, vol. 7, p. 919.
10 Fogo e enxofre. Ao que tudo indica, a figura é extraída de Isaías 34:9, 10 (ver com. ali). Fogo e enxofre são mencionados na destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19:24). CBASD, vol. 7, p. 920.
11 Pelos séculos dos séculos. Do gr. eis aiõnas aiõnon, literalmente, “até idades das idades”. … A expressão composta indica que o tormento durará certo período. Não será infindável, como esclarecem outras passagens bíblicas que revelam que o destino final dos ímpios será a aniquilação (ver Mt 10:28; Ap 20:14). CBASD, vol. 7, p. 920.
Descanso. Do gr. anapausis, “interrupção”, “refrigério”. O sentido é que, ao longo de toda a duração do castigo que continuará até a morte, não há relaxamento. CBASD, vol. 7, p. 923.
12 Perseverança. Do gr. hupomone (ver com de Rm 5:3). A tradução mais adequada aqui seria “resistência constante”. O contexto chama a atenção para a terrível luta coma besta e sua imagem. … Em meio a tudo isso, o remanescente fiel resiste constantemente e mantém sua integridade. Sua firmeza será aprovada pelo Céu. CBASD, vol. 7, p. 923.
Guardam os mandamentos de Deus. Esta declaração é significativa no contexto. Cativado pelas ilusões de Satanás, o mundo se prostrará diante da besta e de sua imagem, e obedecerá a seus decretos (ver com. de Ap. 13:8). Por sua vez, os santos se recusarão a cumprir as ordens. Eles guardam os mandamentos de Deus. O maior ponto de controvérsia girará em torno do quarto mandamento. … Nessa hora de crise, aqueles que se apegaram à Bíblia se recusarão a deixar a observância do sábado verdadeiro. CBASD, vol. 7, p. 923.
20 Freios dos cavalos. Uma metáfora que expressa o grande e completo extermínio das hostes do mal [Até à altura dos freios dos cavalos/ até o peitoral dos cavalos]. CBASD, vol. 7, p. 925.
Seiscentos estádios. Cerca de 300 km. É o tamanho aproximado da Palestina, de norte a sul. Bíblia de Estudo Andrews.
Não parece haver uma explicação para este número (1.600). Jerônimo achava que podia ser uma alusão ao tamanho da Palestina. No entanto, a hipótese não passa de especulação e pouco acrescentaria ao entendimento da passagem. A ideia principal é que os inimigos da igreja de Deus serão, afinal, derrotados por completo. Logo, a igreja pode esperar com expectativa o livramento pleno de todos os seus inimigos e o alegre triunfo do reino de Deus. CBASD, vol. 7, p. 925.
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