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APOCALIPSE 5 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
30 de março de 2025, 0:50
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2373 palavras

Apocalipse 5 descreve um dos eventos mais significativos na história do grande conflito entre o bem e o mal: a entronização e investidura de Cristo para o exercício de Seu ministério pós-Calvário como nosso Rei e Sacerdote no santuário celestial após a ascensão aos Céus. Toda essa cena foi descrita em conformidade com a entronização dos reis de Israel no AT. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 668.

O quinto capítulo do Apocalipse precisa ser mais profundamente estudado. Ele é da maior importância para os que haverão de participar da obra de Deus nestes últimos dias” (T9, 267; ver com. dos v. 7, 13).CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 852.

1-14 Um momento de crise na sala do trono celestial. Em contraste com o cap. 4, um momento específico é apresentado aqui. Trata-se da percepção celestial à cruz de Cristo. Esta cena representa o que ocorreu no Céu após a ascensão de Jesus (ver At 1:9-11), em 31 d.C. Bíblia de Estudo Andrews.

1 na mão direita. […] à direita de Deus. A pessoa que pegaria o rolo deveria ocupar seu lugar no trono. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 669.

Livro. Do gr. biblion, “rolo”, “livro”. Nos tempos do NT, o tipo mais comum de livro eram os papiros, e, sem dúvida, é um “livro”como esse que João vê aqui. O códice, ou livro de folhar unidas em uma das extremidades, só passou a ser usado por livreiros a partir do 2o. século. CBASD, vol. 7, p. 852.

Por dentro e por fora. Alguns comentaristas sugerem que esta passagem deveria ter uma vírgula depois da palavra “dentro”, em vez de após “por fora”. O significado seria que o “livro”fora escrito na parte de dentro e selado por fora. CBASD, vol. 7, p. 852.

Sete selos. Uma vez que o número sete simboliza perfeição (ver com. de Ap 1:11), esta declaração significa que o “livro” foi perfeitamente selado. Na verdade, ninguém, a não ser o Cordeiro, seria capaz de abri-lo (ver Ap 5:3, 5). Segundo Ellen G. White, a decisão das autoridades judaicas de rejeitar a Cristo “foi registrada no livro que João viu na mão dAquele que estava assentado no trono” (PJ, 294). Portanto, ao que tudo indica, o livro selado inclui mais do que um registro dos acontecimentos durante o período da igreja cristã, embora as profecias do Apocalipse estejam especificamente ligadas a ele (ver com. de Ap 6:1). CBASD, vol. 7, p. 852, 853.

O rolo selado não podia ser aberto nem seu conteúdo revelado até que todos os selos fossem quebrados por uma pessoa autorizada. O rolo de Apocalipse 5 foi selado com o propósito óbvio de ocultar seu conteúdo. […] Apocalipse 10:7 mostra que o significado do rolo selado está relacionado ao conceito de “mistério de Deus”, no que se refere ao propósito divino de resolver o problema do pecado, salvar a humanidade caída e estabelecer Seu reino eterno. O rolo selado funciona como uma referência simbólica ao plano divino da salvação. Ele será oficialmente aberto ao ser rompido o sétimo selo (8:1) ao som da sétima trombeta (11:15) na segunda vinda, quando o plano de salvação será consumado. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 669.

[…] há uma estreita correlação entre os sete selos e o discurso apocalíptico de Jesus no Monte das Oliveiras, no qual Ele explicou aos discípulos o que aconteceria ao longo da história, até o fim (Mt 24). Os paralelos entre os selos e Mateus 24 sugerem que os sete selos são o meio pelo qual Deus mantém Seu povo no caminho certo, lembrando-os da realidade do retorno de Cristo. Os selos são abertos na sala do trono nos capítulos 4-5 e, assim, continuam o tema estabelecido de que os selos só podem ser abertos pelo Cordeiro sacrificado. Dessa forma, a abertura de cada selo está relacionada com a salvação. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 671.

Ninguém. Do gr. oudeis, “nenhum”, incluindo não só a raça humana, mas também todos os seres do universoCBASD, vol. 7, p. 853.

Olhar para ele. Isto é, de lê-lo e revelar seu conteúdo. CBASD, vol. 7, p. 853.

Eu chorava muito. Estas palavras refletem a intensa reação emocional de João ao drama que se passava diante de seus olhos. O que ele viu e ouviu era real. CBASD, vol. 7, p. 853.

A promessa feita ao apóstolo: ‘Sobe para aqui, e te mostrarei o que deve acontecer depois destas coisas’ (Apoc. 4:1), parecia ter sido frustrada. A impossibilidade de encontrar alguém que abrisse o rolo teria adiado indefinidamente a revelação da decisão de Deus no tocante aos salvos e aos perdidos. Sem um veredicto divino ninguém poderia ser salvo. Se o rolo não pudesse ser aberto, não haveria salvação para pessoa alguma.Lições da Escola Sabatina, 2º trimestre de 1989, p. 73.

digno de abrir o livro. Nos dias de João, “dignidade” denotava qualificações distintivas baseadas em revelações notáveis. Em Apocalipse 4:11, a proclamação responsiva dos 24 anciãos ao desafio do anjo afirmou que somente Deus é digno de reinar sobre o Universo com base em Seu poder criador. Assim, pegar a abrir o rolo exigia a qualificação única da divindade. Nenhuma criatura no Universo preenche tal qualificação. Essa falta de dignidade causou grande tristeza a João, e ele chorou muito (v. 4). Seu pranto representa as lágrimas de todo o povo de Deus, desde Adão até o fim dos tempos […] A partir da queda, a humanidade se perdeu e ficou sem esperança. O rolo selado continha o registro do conflito cósmico e sua resolução. Como somente o Cordeiro morto poderia abrir o rolo (v. 6-14), o ato de quebrar os selos estava ligado ao plano da salvação; uma vez aberto o livro, o plano de Deus para a redenção da humanidade caída poderia ser explicado e consumado. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 669, 670.

Leão da tribo de Judá. A imagem do leão significa força (Ap 9:8, 17; 10:3; 13:2, 5), e Cristo foi vitorioso no grande conflito contra o mal. É isso que Lhe dá direito de abrir o livro (ver com. de Ap 5:7). CBASD, vol. 7, p. 853.

Raiz de Davi. Davi foi o maior rei e herói militar de Israel. … Embora Cristo não tenha restaurado um reino literal aos judeus, Sua vitória no grande conflito contra Satanás restaurou o reino em um sentido infinitamente mais elevado. Portanto, do ponto de vista da presente passagem, este título é o mais adequado. CBASD, vol. 7, p. 853.

Venceu. Uma vez que ninguém mais em todo o universo podia fazer isso (v. 3), Sua vitória é única. Um anjo não poderia tomar o lugar de Cristo, pois a questão básica do grande conflito é a integridade do caráter de Deus, expressa em Sua lei. Nenhum anjo ou ser humano seria capaz de realizar essa vindicação, pois eles são sujeitos à Sua lei (ver PP, 66). Somente Cristo, que é o Deus cujo caráter é expresso pela lei, poderia realizar tal vindicação do caráter divino. Esse é o fato central da visão de Apocalipse 5. CBASD, vol. 7, p. 853.

Cordeiro. João acabara de ouvir Cristo ser chamado de leão e conquistador; mas, ao olhar, ele enxerga um cordeiro. Esse contraste indica que a vitória de Cristo não provém da força física, mas da excelência moral, pois, acima de todas as outras coisas, Ele é denominado “digno” (ver com. de Ap 5:2). Foi o sacrifício vicário de Sua vida sem pecado, simbolizado por um cordeiro sem mácula, em vez de qualquer demonstração de força, que O fez obter vitória no grande conflito contra o mal. CBASD, vol. 7, p. 854.

Enquanto a figura do Leão se refere ao que Jesus fez, a figura do Cordeiro mostra como Ele o fez: com Sua morte sacrificial na cruz. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 670.

Como tendo sido morto. A forma verbal traduzida por “tendo sido morto” sugere que o sacrifício havia ocorrido no passado, mas seus resultados permaneciam. Portanto, embora a morte de Cristo se localize historicamente no passado, seus resultados para a raça humana permanecem eficazes (sobre Jesus como Cordeiro de Deus, ver com. de Jo 1:29). CBASD, vol. 7, p. 854.

Sete chifres. Sete significa perfeição. Os chifres podem ser interpretados como símbolos de força e glória (ver com. de Lm 2:3). Portanto, os sete chifres do Cordeiro indicam que Ele é perfeito em forçaCBASD, vol. 7, p. 854.

Os sete chifres denotam a plena autoridade de Jesus para governar o Universo e pegar o rolo manuscrito. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 670.

Sete olhos.[…] significam a plenitude de Seu discernimento e inteligência, que Lhe permitem conhecer e instruir Seu povo.  […] Os sete olhos são entendidos também como os sendo os sete espíritos de Deus que foram enviados a toda a Terra e que denotam a plenitude da atividade do Espírito Santo no mundo. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 670.

Símbolo de sabedoria e inteligência perfeitas. Estes olhos são identificados com os sete espíritos de Deus, expressão usada para se referir ao Espírito Santo (ver com. de Ap 1:4). João usa um símbolo diferente: “sete tochas” (Ap 4:5). CBASD, vol. 7, p. 854.

Veio, pois, e tomou. Literalmente, “veio, pois, e tem tomado”. Este é o ponto focal de Apocalipse 4 e 5. Cristo, ao tomar o livro da mão de Deus, fez aquilo que nenhum outro ser no universo seria capaz de fazer (ver com. do v. 5). Tal ato simboliza Sua vitória sobre o mal e, quando Ele o realiza, o grande hino antifonal [“tipo de canto … que consiste na alternância nas vozes, entre dois corpos corais”, wikipedia] de toda a criação ressoa através do universo (ver com. dos v. 9-13). CBASD, vol. 7, p. 854.

9, 10 Pessoas de todas  as nações estão louvando a Deus diante de Seu trono. A mensagem de salvação e ida eterna de Deus não se limita a uma cultura, raça ou país específico. Qualquer um que venha a Deus em arrependimento e fé é aceito por ele e fará parte de seu reino. Não permita que preconceito ou parcialidade o impeçam de compartilhar com outros. Cristo acolhe todas as pessoas no Seu reino. Life Application Study Bible Kingsway.

Novo cântico. O canto era novo no sentido de ser diferente de qualquer outro entoado antes. Esta expressão é comum no AT (ver Sl 33:3; 40:3; Is 42:10). […] representa o novo cântico que surge de uma experiência única: a salvação por meio da vitória de Jesus Cristo (ver com. de Ap 5:5). CBASD, vol. 7, p. 855.

Em resposta ao sacrifício definitivo na cruz. O sacrifício de Cristo na cruz é o momento decisivo do conflito cósmico. Em 4:11, a adoração ocorre por causa da criação. Aqui, o motivo é a redenção. Bíblia de Estudo Andrews.

Digno és … porque … com o Teu sangue compraste para Deus. O coro celestial inicia reconhecendo que Deus foi defendido das acusações de Satanás mediante a vitória de Seu Filho. CBASD, vol. 7, p. 855.

Por Seu sangue, Jesus pagou o resgate dos seres humanos caídos em todo o mundo e os redimiu para Deus, dando-lhes um reino  e um sacerdócio (5:9-10). Pagar o resgate e redimir para Deus foram coisas realizadas na cruz; dar aos fiéis um reino e um sacerdócio será algo realizado na segunda vinda de Cristo (20:4-6). Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 670.

Foste morto. A morte de Cristo possibilitou a salvação da humanidade. A obra da redenção vindica o caráter de Deus e é a base para a dignidade de Cristo (ver com. do v. 2). CBASD, vol. 7, p. 855.

10 Reinarão sobre a terra. O tempo do reinado sobre a Terra não é especificado aqui, mas os cap. 20 e 21 mostram que será após o milênioCBASD, vol. 7, p. 855.

11 Muitos anjos. Em resposta ao testemunho dos quatro seres viventes e dos 24 anciãos, as hostes celestiais se unem em aclamação à dignidade do Cordeiro. Assim, Deus é vindicado perante os anjos, que, desde as primeiras acusações de Satanás no Céu, não haviam compreendido por completo Sua ação de banir o inimigo e salvar a raça humana. CBASD, vol. 7, p. 855.

Milhões de milhões e milhares de milhares. Com certeza, não há intenção de que este seja um número literal. Em vez disso, subentende uma multidão incontável. CBASD, vol. 7, p. 855.

Poder. Do gr. dunamis, neste caso, o poder de Deus em ação. A doxologia das hostes celestiais é sétupla. Uma vez que sete significa perfeição e é usado diversas vezes nesta visão e ao longo de todo o livro (ver com. de Ap 1:11), é possível que este louvor sétuplo sugira que o louvor do Céu é completo e perfeitoCBASD, vol. 7, p. 856.

Sabedoria. Do gr. sophia (ver com. de Tg 1:5). CBASD, vol. 7, p. 856.

12-14 Estes versículos demonstram a expectativa pela gloriosa conclusão do conflito cósmico. O Cordeiro e o Pai recebem adoração e louvor. Bíblia de Estudo Andrews.

13. Toda criatura. Isto é, todos os seres criados. O coro aumenta e em, resposta aos brados de louvor das hostes celestiais, toda a criação se une para adorar o Pai e o Filho. Cristo é o vencedor, e o caráter de Deus é vindicado diante de todo o universo (ver com. do v. 11). A que momento do grande conflito se referem as cenas retratadas em Apocalipse 4 e 5? Segundo Ellen G. White, o cântico foi entoado pelos anjos quando Cristo Se posicionou à destra de Deus, após a ascensão. (DTN, 834). Além disso, esse cântico será entoado pelos santos na inauguração da nova Terra e pelos remidos e anjos ao longo da eternidade (ver AA, 601, 602; GC, 671; T8, 44; cf. PP, 541; GC, 545, 678). Esta variedade de cenários sugere que a visão de Apocalipse 4 e 5 não deve ser interpretada como representação de um evento específico no Céu, mas como um retrato atemporal e simbólico da vitória de Cristo e da vindicação resultante do caráter de Deus. Ao se interpretar dessa forma, a visão pode ser considerada uma representação da atitude do Céu em relação ao Filho e a Sua obra desde a cruz, atitude que passa por um crescendo à medida que o grande conflito chega a seu clímax (sobre a natureza das visões simbólicas, ver com. de Ez 1:10). CBASD, vol. 7, p. 856.

O fato de esse louvor ter sido oferecido a ambos mostra que eles estavam sentados conjuntamente como corregentes no trono celestial (3:21). Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 670.

Ao Cordeiro. Ver com. do v. 6. O Cordeiro é adorado aqui nas mesmas premissas que o Pai, indicando a igualdade entre os dois (ver Fp 2:9-11). CBASD, vol. 7, p. 856.

Assim como no caso das sete igrejas (caps. 2-3), há também uma correlação geral entre os sete selos e diferentes épocas da história cristã. A abertura dos selos começou com a entronização de Cristo no Pentecostes, no ano 31 d.C., e terminará com Sua segunda vinda. O capítulo 6, portanto, abrande a história da igreja cristã desde o 1º século até o retorno de Cristo. Comentário Bíblico Andrews, vol. 4, p. 671.


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