Reavivados por Sua Palavra


APOCALIPSE 3 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
28 de março de 2025, 0:45
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A Idade Média, conhecida como “Idade das Trevas”, foi o marco histórico de uma decidida luta entre o engano e a verdade. Desde o mais simples casebre até o mais suntuoso palácio, havia a influência do clero ou da reforma. A mais acentuada batalha acontecia nos lares, dos quais saíam os mais fiéis defensores da verdade, ou os mais cruéis perseguidores. Não poucos tiveram que deixar o seu lar paterno devido às ameaças de seus próprios familiares. O período da igreja de Sardes (1517 a 1798) certamente foi um período de trevas de perseguição, mas também de grande luz, dada a divulgação da Palavra de Deus através dos reformadores, que levaram a Bíblia aos lares de seus conterrâneos em sua língua materna. Mas assim como no antigo Israel, quando a morte de um líder fiel marcava o início de esfriamento e apostasia nacional, com a morte daqueles que derramaram lágrimas e sangue em favor da verdade, a Reforma foi perdendo a sua força no sentido de buscar por mais luz a fim de compreenderem toda a verdade. Com a queda ascendente do papado e o período de trégua das perseguições, as fogueiras se apagaram, mas instalou-se o maior dos perigos: a letargia espiritual. Em 1798 o papa Pio VI foi preso pelo general napoleônico Berthier, marcando o fim da supremacia papal. Houve um cântico de alegria (que é o significado da palavra “Sardes”) entre os protestantes pela conquista da liberdade de culto. Também sinais extraordinários no mundo natural, como o terrível terremoto de Lisboa (1755) e o dia escuro na Nova Inglaterra (1780), marcaram o final desse período como uma preparação para o que estava por vir: o início do tempo do fim.

Sê vigilante” (v.2) deveria ser a ordem rigorosamente obedecida pelos cristãos, contudo, foram achadas apenas “umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras” (v.4). Restavam uns poucos fiéis que perceberam o cumprimento das profecias e que muitos tesouros ainda precisavam ser descobertos na preciosa mina da verdade. Munidos da Palavra de Deus, passavam horas em estudo e oração a fim de compreenderem as Escrituras, principalmente no que se referia às profecias de Daniel e Apocalipse. Foi assim que teve início o período profético da igreja de Filadélfia (1798 a 1844). Como a igreja de Esmirna, a igreja de Filadélfia (que significa “amor fraternal”) também não recebeu nenhuma repreensão. A sabedoria celestial foi derramada sobre os fiéis e sinceros estudantes da Bíblia que com súplicas clamavam por mais luz. O período profético de Daniel 8:14, que iniciou em 457 a.C., conforme a profecia contida em Daniel 9:25, as duas mil e trezentas tardes e manhãs (em tempo profético, dois mil e trezentos anos), foi concluído em 1844, ano que marcou o grande desapontamento para aqueles que acreditavam que Jesus retornaria no final desse período. A boa notícia do retorno do Salvador cruzou os oceanos e milhares de pessoas se reuniam expectantes pelo grande acontecimento. Mas, conforme revelado a João, o que foi doce ao paladar, tornou-se amargo ao estômago, quando Jesus não veio e a decepção e desânimo tomaram conta dos pregadores do advento (Ap.10:9-10).

Mas nem todos foram vencidos pelo desânimo, e, reunidos em grupos de oração, buscaram no Senhor a resposta à sua queixa. Como Habacuque, subiram à torre de vigia e de lá obtiveram a resposta: “Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará” (Hc.2:3). A Palavra de Deus não falhou. O que tinha que acontecer, aconteceu, como estava escrito: “É necessário que ainda profetizes a respeito de muitos povos, nações, línguas e reis” (Ap.10:11). A profecia se cumpriu. O tempo profético estava correto, mas o evento não era a volta de Cristo, e sim o início de Seu ministério como Sumo Sacerdote no lugar Santíssimo do santuário celestial. Foi dado início ao juízo investigativo conforme Daniel 7:9-10, onde o caso de cada ser humano desde Adão até o último ser humano antes da volta de Cristo seria avaliado e julgado no tribunal divino. A partir desse momento de decepção e descobertas de verdades que há muito haviam sido lançadas por terra (Dn.8:12), Deus levantou a Sua última igreja na Terra, detentora da última mensagem de advertência a ser dada ao mundo: a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Inicia-se o período da igreja de Laodiceia (1844 até a volta de Jesus), a última igreja. De todas as igrejas, esta é a única que não recebe nenhum elogio. Laodiceia significa “povo do juízo”. Com o passar do tempo, a fidelidade com que a derradeira igreja do Senhor foi alicerçada, foi perdendo a sua força pela mesma arrogância que privou os líderes judeus de reconhecer em Jesus o Messias prometido: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (v.17). O fato, portanto, de apenas pertencer à igreja de Deus antes do segundo advento de Cristo é tão inseguro quanto ter sido um escriba e fariseu na época do primeiro advento.

Cumpriu-se na vida dos perseverantes pioneiros adventistas a fiel profecia: “Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra” (v.10). Hoje, todos estes fiéis atalaias da verdade descansam no pó da terra até que do alto a voz da Onipotência os desperte do sono. Nenhum deles passará pelo “tempo de angústia qual nunca houve” (Dn.12:1). Estão guardados no sono dos justos pela fidelidade de um Deus que não mente e que jamais falha em Suas promessas. Oh, amados, quanto necessitamos obter de Cristo o ouro refinado da fé e do amor, as vestes de Sua justiça e o colírio de Seu Espírito, ou jamais reconheceremos a nossa miserável condição! A mensagem que temos em mãos só abalará o mundo quando ela estiver em nosso coração. A última igreja de Cristo não pode cumprir a sua missão enquanto Cristo estiver batendo do lado de fora! Quantas preciosas promessas Ele nos faz se tão somente dermos ouvidos ao “que o Espírito diz às igrejas”! Verdadeira conversão, fé inabalável, arrependimento, fidelidade às Escrituras, manter-se incontaminado do mundo, pureza de coração, perseverança e completa dependência de Deus, eis o que Ele espera encontrar na última geração dos justos.

Amados, não temos mais tempo a perder com coisas que atrasam e atrapalham a missão que Deus nos confiou. Um dia teremos de prestar contas ao Senhor da vinha, e nenhuma das desculpas que usamos diante de pessoas a fim de tentar justificar nossos erros servirá. Da boca dos servos de Deus, os verdadeiros profetas, nunca saiu um “eu acho”, mas sempre um claro e sonoro “assim diz o Senhor”. Isso, por si só, já não basta para entendermos que a sabedoria de Deus está em Sua Palavra e que precisamos abrir bem os ouvidos para a verdadeira palavra profética? Não haverá outra última igreja e nem outra última verdade presente. O relógio divino aponta para os minutos finais deste mundo de pecado, e a menos que demos ouvidos ao Espírito Santo, nossa “religiosidade” nos levará a ouvir a mais triste declaração: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniquidade” (Mt.7:23). É porque Cristo tanto nos ama, que nos repreende e disciplina. Enquanto há graça e perdão, permita que Ele entre em seu íntimo e expulse dali tudo o que lhe impede de entregar-se a Ele por completo e de ser cheio do Seu Espírito. Aceite o convite da salvação: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, Comigo” (v.20).

Pai de amor e bondade, quão preciosa é a Tua Palavra! Quão preciosas as Tuas profecias, porque elas nos revelam que por tanto nos amar, o Senhor nos deixou claras orientações de como nos prepararmos para Te encontrar e de quão perto estamos nos aproximando deste glorioso momento. Ó, Senhor, fazemos parte da única igreja que não recebeu de Ti nem sequer um elogio. Tem misericórdia de nós, Pai! Somos uma geração tão tardia para entender e para Te conhecer! Eu me uno a cada um dos meus irmãos, neste momento, que desejam o Teu ouro refinado no fogo, as Tuas vestiduras brancas e o Teu colírio. Eis que abrimos a porta para que Tu, ó Rei da Glória, entre em nossa casa e juntos participemos do banquete de toda palavra que sai da Tua boca! Entra, Espírito Santo, e realiza a mudança genuína que tanto necessitamos! Nós suplicamos este milagre nos méritos e no nome de Jesus, o Amém, a Testemunha fiel e verdadeira, o Princípio da criação de Deus! Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia da preparação, fiéis da última igreja de Cristo!

Rosana Garcia Barros

#Apocalipse3 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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