Reavivados por Sua Palavra


II PEDRO 2 – COMENTÁRIOS SELECIONADOS by Jeferson Quimelli
16 de março de 2025, 0:40
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1565 palavras

1-3a Pedro alerta sobre a vinda de falsos mestres. Ele os caracteriza como pessoas dissimuladas, de comportamento vergonhoso, invejosas e que se aproveitam dos cristãos por meio de seus ensinos. Além disso, também seriam populares (conferir 2:10-22). Bíblia de Estudo Andrews.

1 Haverá. Um dos principais propósitos do apóstolo, ao escrever, era advertir contra os enganos desses falsos mestres, a fim de que o rebanho fosse salvo de suas armadilhas. CBASD – Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 661.

falsos profetas […] falsos mestres. A advertência de Pedro contra os falsos mestres retoma as admoestações contra os falsos profetas feitas por Moisés (Dt 13:1-4), Jeremias (Jr 6:13-15; 14:14; 23:14), Ezequiel (Ez 22:28) e Jesus (Mt 7:15-23). Uma tarefa crucial do cristão é discernir entre verdadeiros e falsos mestres. Bíblia de Estudo Andrews.

Heresias. Ao longo deste capítulo, o apóstolo se refere a algumas das heresias propagadas pelos falsos mestres: negação do Senhor  (v. 1), ensinos licenciosos (v. 10, 18) e abandono do santo mandamento (v. 21). A descrição que Pedro faz do trabalho deles justifica a linguagem forte com que os condena. CBASD, vol. 7, p. 661.

renegarem o Soberano Senhor. Não necessariamente com palavras, mas por ações (ver 2Pe 2:3-10). Bíblia de Estudo Andrews.

Senhor.  Do gr. despotēs, “mestre” (ver com. [CBASD] de Lc 2:29; At 4:24). A palavra era usada pelos escravos para se dirigir aos seus senhores. Sugere senhorio absoluto e propriedade, geralmente mediante compra. Despotēs torna-se um título apropriado a Cristo por causa do preço que Ele pagou pela redenção da humanidade. […] O fato de os falsos mestres negarem o Senhor sugere que, no passado, eles tinham sido cristãos, apesar de terem se apostatado desde então. CBASD, vol. 7, p. 661.

Repentina destruição. O fim de toda mentira é a destruição, tanto para os mestres como para seus seguidores. CBASD, vol. 7, p. 662.

2 Será infamado. Literalmente, “será blasfemado”. Os pagãos não faziam distinção entre os cristãos genuínos e os que seguiam os falsos mestres e se engajavam em suas práticas imorais. A doutrina cristã era responsabilizada pelos excessos dos apóstatas. A conduta não cristã de alguns lança descrédito sobre toda a igreja. CBASD, vol. 7, p. 662.

3 Farão comércio. Os mestres estavam negociando a salvação de suas vítimas, vendendo-lhes falsas doutrina em troca de seus presentes. Os crentes que davam de seus meios para enriquecer aqueles mestres certamente recebiam pouco em troca. CBASD, vol. 7, p. 662.

Palavras fictícias. Literalmente, “palavras inventadas”. Bíblia de Estudo Andrews.

Os falsos mestres fingiam ter conhecimento secreto e persuadiam os crentes a lhes dar dinheiro, revelando assim seus reais motivos. CBASD, vol. 7, p. 662.

3b-10 Pedro responde a uma terceira objeção: a de que não haverá juízo. Bíblia de Estudo Andrews.

Juízo. A referência aqui é à destruição dos falsos mestres. CBASD, vol. 7, p. 662.

a sua destruição não dorme. Os falsos mestres afirmavam que, se fosse acontecer um juízo, ele já teria ocorrido até aquela época. Pedro confirma a certeza do juízo dando três exemplos: a expulsão dos anjos maus do Céu, o dilúvio e a destruição de Sodoma e Gomorra (ver também 3:5-10). Bíblia de Estudo Andrews.

4 Anjos. O autor não especifica o pecado que provocou a queda desses anjos (cf. com. [CBASD] de Jd 6; Ap 12:4, 7-9). O raciocínio de Pedro é de que se Deus não poupou os anjos, seres espirituais que viveram em Sua presença, não deixará de punir os ímpios que levam outros a se desviar. CBASD, vol. 7, p. 662.

inferno. Pedro o caracteriza como um lugar de “trevas”. Para os anjos maus, esta Terra é seu “inferno”. Ap 12:9-12 afirma que Deus lançou os anjos maus na Terra e Ap 20 diz que eles permanecerão acorrentados aqui até o dia do juízo (sobre o inferno, ver notas [desta referência] sobre Mt 10:28; 25:41). Bíblia de Estudo Andrews.

Precipitando-os no inferno. Tradução do verbo grego tártoroō, “manter cativo no tártaro”. Os antigos gregos consideravam que o “tártaro” era a morada dos ímpios mortos e o lugar em que o castigo lhes era dado. Portanto, correspondia ao geena dos judeus (cf. com [CBASD] de Mt 5:22). Escrevendo às pessoas que viviam em um ambiente helenístico, Pedro emprega um termo grego para transmitir seu pensamento. No entanto, ao fazer isso, não endossa nem a ideia grega do tártaro [conceito grego] nem o conceito popular judaico de geena. Aqui, o tártaro se refere simplesmente à condição a que os anjos maus estão restritos até o dia do juízo. CBASD, vol. 7, p. 662, 663.

Abismos de trevas. A linguagem de Pedro é figurativa e não serve para identificar algum lugar em particular como a morada dos anjos caídos. Esta frase é diferente daquela usada por Judas em sua passagem paralela. CBASD, vol. 7, p. 663.

5 Pregador. Do gr. kērux, “arauto” […]. Desde os tempos antigos, o ofício do kērux era sagrado, e sua pessoa, inviolável, uma vez que o arauto era considerado como estando sob a proteção imediata dos deuses. Noé foi “arauto da justiça” do Senhor, isto é, proclamou uma mensagem sobre a justiça. CBASD, vol. 7, p. 663.

7 Livrou. Embora Pedro esteja preocupado principalmente com a certeza dos juízos divinos, ele tem o cuidado também de enfatizar os atos misericordiosos do Senhor. CBASD, vol. 7, p. 663.

Afligido. Do gr. kataponeō, “cansar-se com a labuta”, dando a ideia de Ló estar desgastado e revoltado com a imoralidade do povo de Sodoma. CBASD, vol. 7, p. 664.

8 Pelo que via e ouvia. Os atos pecaminosos assaltavam Ló por todos os lados, atingindo sua integridade pelos olhos e pelos ouvidos até parecer não haver fuga de sua influência. CBASD, vol. 7, p. 664.

10-22 Pedro denuncia os falsos mestres. Bíblia de Estudo Andrews.

1o Imundas. Do gr. miasmos, “poluição”, “corrupção”; de onde vem a palavra em português: “miasma”. O contexto (v. 2, 12-22) indica que os que perturbavam a igreja espalhavam não só falsas doutrinas, como também imoralidade. É  um fato que, ao longo da história da igreja cristã, a fraqueza doutrinária muitas vezes foi acompanhada pela fraqueza moral. Os que se afastam da verdade divina também abandonam seu padrão de conduta pessoal. CBASD, vol. 7, p. 665.

Menosprezam qualquer governo. Ou, “desprezam o senhorio”. […] a maioria dos comentaristas concorda que aqui se refere ao senhorio de Cristo. […] Uma forma de testar a validade uma nova doutrina é analisar sua consideração para com a Divindade: ela é verdadeiramente reverente ou trata a Divindade de forma desrespeitosa? CBASD, vol. 7, p. 665.

Não temem. As opiniões se dividem quanto a quem se refere a expressão “autoridades” ou “glórias” (doxai). [hipóteses citadas na referência: a. anjos maus; b. anjos bons; c. toda a família celestial, incluindo Deus, Cristo; d. os anjos, autoridades terrenas locais]. CBASD, vol. 7, p. 665.

13 Tais homens (ARC). A frase diz, literalmente: “considerando a vida luxuriosa [truphē] um prazer [hedonē]“. […] Pedro descreve os sedutores como se estivessem se entregando aos desejos sensuais que pertencem às trevas da noite, no entanto, considerando-os como experiências felizes e legítimas, acima de qualquer suspeita, mesmo à luz do dia. CBASD, vol. 7, p. 666.

14 Olhos cheios de adultério. Ou, “de uma adúltera”. Isto dá uma imagem vívida de homens cujos pensamentos refletem continuamente a imagem de uma adúltera. Seus principais desejos são sexuais, e cada mulher que encontram é imediatamente avaliada sob esse ponto de vista (cf. com. [CBASD] de Mt 5:28). Não é surpreendente que se achem incapazes de controlar suas paixões e evitar o pecado. CBASD, vol. 7, p. 666, 669.

15 Caminho de Balaão. Ao longo deste capítulo, parece que Pedro tinha Balaão em mente como o protótipo dos enganadores de sua época. Esses amavam o ganho financeiro e incentivavam a sensualidade, assim como o antigo profeta. CBASD, vol. 7, p. 669.

17 fonte sem água […] névoas impelidas por temporal. Ambas as metáforas se referem à incapacidade dos falsos mestres de prover a “liberdade” que prometem (v. 19). Bíblia de Estudo Andrews.

20 Senhor e Salvador Jesus Cristo. Aquele que obteve o pleno conhecimento de Jesus terá uma compreensão pessoal dos poderes do Salvador, tendo-os experimentado na própria vida. Seu conhecimento experimental de Cristo os levará a fugir do mundo e de suas corrupções, e o poder de Cristo o terá capacitado totalmente a escapar deles. Assim, Pedro vê seu próprio rebanho como tendo escapado e está ansioso para que não seja seduzido a voltar ao mundo pela sedução dos falsos mestres. CBASD, vol. 7, p. 671.

Enredar. Assim como os gladiadores se enredavam nas redes um do outro durante o combate, o crente que cede às seduções mundanas ficará irremediavelmente enredado e será destruído. […] é pelas impurezas que o cristão é vencido. CBASD, vol. 7, p. 671.

Seu último. Aquele que, tendo sido cristão, volta para o mundo, torna-se espiritualmente endurecido e menos sensível aos apelos espirituais. Sua salvação se torna mais difícil (cf. Mt 12:45; Lc 11:26; Hb 6:4-8; 10:26). CBASD, vol. 7, p. 671.

21 Melhor lhes fora. A posição dos apóstatas teria sido melhor se nunca tivessem se tornado cristãos, pois poderiam ainda ser alcançados como pagãos. A beleza da verdade cristã causaria forte impressão em seu coração e eles seriam mais suscetíveis às influências do evangelho. CBASD, vol. 7, p. 671.

Conhecido. Aquele que obteve o pleno conhecimento do Salvador não pode mais ser o mesmo de quando não tinha o conhecimento. O conhecimento traz responsabilidade. A pessoa é responsável  por aquilo que conhece. Embora o cristão apóstata retorne às maneiras mundanas, não pode escapar à responsabilidade pelo conhecimento salvífico de Cristo que uma vez aceitou e depois rejeitou. CBASD, vol. 7, p. 671.

22 Porca. Este não é um provérbio bíblico, mas pode ter sido corrente nos círculos judaicos da época de Pedro. A figura é usada para descrever o cristão que foi lavado das corrupções do mundo, mas que, pela apostasia, volta a se poluir novamente com as impurezas morais de que havia sido resgatado pelo evangelho. CBASD, vol. 7, p. 672.


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