Reavivados por Sua Palavra


FILIPENSES 3 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
23 de janeiro de 2025, 0:45
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Os conceitos que encontramos na Palavra de Deus nada têm a ver com os conceitos criados pelo homem. São visões totalmente diferentes a respeito de uma mesma coisa. Para a maioria das pessoas, por exemplo, alegria é a materialização da felicidade por meio de pessoas, coisas ou realizações; é poder fazer a própria vontade; é a manifestação corporal através de sorrisos, gestos e palavras que expressam nostalgia. Entretanto, essa alegria é circunstancial e passageira. Circunstancial porque depende de fatores externos para acontecer, e passageira porque quando o motivo da alegria se esvai, ela se dissipa junto com ele.

Já a alegria segundo as Escrituras possui um conceito totalmente contrário ao que acabamos de ver. Quando Paulo disse: “Quanto ao mais, irmãos meus, alegrai-vos no Senhor” (v.1), ele não exortou os filipenses a se alegrarem no Senhor a depender das circunstâncias, ou conforme as bênçãos recebidas. Mas expressou o mesmo sentimento quando escreveu aos coríntios: “entristecidos, mas sempre alegres” (2Co.6:10). Ou seja, a verdadeira alegria é um dom de Deus que não depende das circunstâncias e nem de elementos externos para ser experimentada. Ela faz parte do fruto do Espírito (Gl.5:22), é constante e não pode ser destruída pelas decepções deste mundo. Parece ilógico, no entanto, é sobrenatural.

Eu creio que a todos os dons de Deus aplica-se o princípio bíblico de que eles excedem todo o entendimento (Fp.4:7). É por isso que a alegria que provém do Céu (bem como tudo o que implica o fruto do Espírito Santo) não pode ser compreendida à luz de palavras humanas, mas deve ser provada na vida, pela fé. É através da experiência pessoal com Cristo “que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne” (v.3). Porque a alegria segundo Deus não pode ser atribuída ao que fazemos ou ao que fazem por nós, mas ao que permitimos que o Espírito Santo realize em nós e através de nós.

Cuidado! Cuidado! Cuidado! Por três vezes Paulo usou essa advertência utilizando três expressões diferentes, mesmo que referindo-se às mesmas pessoas. Se o ministério dado por Cristo aos homens dependesse de títulos e de obras da lei, Paulo poderia considerar-se o maioral dentre todos (v.6-7). Mas foi mediante o “conhecimento de Cristo Jesus” (v.8) que ele pôde compreender o significado da verdadeira justiça, “a justiça que procede de Deus, baseada na fé” em Cristo (v.9), e não em obras. Paulo aprendeu que as suas conquistas terrenas não tinham valor algum a partir do momento em que foi “conquistado por Cristo Jesus” (v.12). Ele descobriu que mesmo “nas aflições, nas privações, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos” (2Co.6:4 e 5), sentia uma alegria inexplicável que nada e ninguém poderia destruir. Esquecendo-se do velho Saulo de Tarso, Paulo escolheu avançar “para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (v.14).

Todos, pois, que somos perfeitos, tenhamos este sentimento” (v.15) e “andemos de acordo com o que já alcançamos” (v.16). Lembrando que a perfeição aos olhos de Deus não é deixar de ser pecador, mas, ainda que pecador, permitir que o amor de Deus transborde do nosso coração por todos, até por nossos inimigos e por aqueles que nos perseguem (Leia Mt.5:43-48). Eis a verdadeira perfeição! Sigamos o conselho de Jesus, quando disse: “sede, portanto, prudentes como as serpentes e símplices como as pombas” (Mt.10:16). Precisamos ser cautelosos em nossos relacionamentos, mas também livres de malícia, simples como uma criancinha. E assim seremos perfeitos aos olhos de Deus em nossa jornada cristã.

Aos que “só se preocupam com as coisas terrenas”, “o destino deles é a perdição” (v.19). Mas aqueles que vivem como que mui longe de sua verdadeira pátria, aguardam o bendito Dia em que Jesus “transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da Sua glória” (v.21). Oh, precioso Salvador, que sublime promessa! Se almejamos o Céu e a eternidade ao lado do Senhor, precisamos trocar os conceitos deste mundo pela sabedoria divina. Olhe para a cruz de Cristo, e ali você encontrará todos os conceitos divinos em um único gesto. Olhe para cima, “pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (v.20).

Pai bondoso, a Tua alegria é a nossa força. Temos tanto o que aprender de Ti e tanto o que abrir mão para que prossigamos avançando para o alvo. Ajuda-nos, nosso Deus, para que o que seja um desafio hoje, já não o seja mais amanhã. E, assim, possamos crescer em Cristo na certeza de Seu cuidado e constante companhia. Ajuda-nos a sermos imitadores de Paulo, assim como ele era de Cristo, não nos preocupando com as coisas deste mundo, mas almejando e aguardando a pátria celestial. Guarda-nos como a menina dos Teus olhos e volta logo, Senhor! Em nome de Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Bom dia, cidadãos da Pátria celeste!

Rosana Garcia Barros

#Filipenses3 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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