Reavivados por Sua Palavra


JOEL 2 – Comentado por Rosana Barros by Ivan Barros
9 de junho de 2024, 0:45
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Certa vez, fui questionada acerca da condição espiritual do mundo cristão atual. E, ao ponderar sobre a nossa realidade, me deparei com um quadro caótico e degradante. Percebam que não fui questionada acerca da condição espiritual do mundo inteiro, mas apenas no contexto cristão. A verdade é que perdemos a noção de que existe diferença entre o santo e o profano. Entre doutrinas e tradições, vivemos em uma geração que vem perdendo a essência do evangelho devido a falta de contato com a Palavra de Deus. Há uma luta entre relativismo e legalismo que tem, paulatinamente, dividido a igreja e a afastado do relacionamento com o Criador, desviando o foco da verdadeira adoração, conforme o “assim diz o Senhor”, para uma falsa adoração, conforme o assim diz o homem.

Envolvidos em uma guerra de teorias humanas, muitos se posicionam em suas trincheiras pensando estar sob a bandeira de Deus. Seus “gritos” em defesa de uma guerra já fadada à derrota, abafam a “voz de rebate” (v.1) e o som da trombeta, que já anunciam “o Dia do Senhor” que “vem, já está próximo” (v.1). E enquanto se preocupam com suas ideias equivocadas, Satanás avança em destruir suas famílias e qualquer possibilidade de salvação, afastando-os da verdade que liberta e do Céu que lhes foi preparado. São famílias e igrejas que lutam entre si, esquecendo-se do que disse Jesus: “Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá” (Mt.12:25).

O último chamado de Deus a cada ser humano tem sido feito pelo Espírito Santo, e isto, “com gemidos inexprimíveis” (Rm.8:26). A Sua voz não pode ser ouvida por aqueles que se digladiam entre si, mas por aqueles que “não empurram uns aos outros” (v.8) e que rasgam o coração perante Deus (v.12) em atitude de profundo e genuíno arrependimento. “O Senhor levanta a voz diante do Seu exército” (v.11) de oração, e não de murmuração. Um exército que entende que Deus não aceita nada menos do que a entrega de todo o coração, “e isso com jejuns, com choro e com pranto” (v.12). Sobre isso, certa vez, tive um sonho. E foi assim:

Eu estava dentro de um barracão de armamentos. Ao sair dali, percebi que estava em um grande acampamento de guerra. Tinham muitas barracas, todas iguais e organizadas em fileiras. Estávamos todos em um grande vale e eu via escadas ao redor, nas subidas dos montes, e homens subindo e descendo. E eu pensava: “Se o inimigo nos atacar, estamos perdidos, pois estamos encurralados”. De repente, chegavam muitos ônibus e eu perguntei se não eram inimigos, mas uma voz falava à minha mente: “Não são inimigos. São reforços”. Então, via homens e mulheres descendo dos ônibus vestidos para batalha. Fui ao centro do acampamento e pensei: “Se é guerra, tem que ter oração. Onde será o barracão de oração?” E a mesma voz me falava: “Não há um lugar só de oração, mas todos estão espalhados orando para que o inimigo não venha e os fira de uma vez”. Fim do sonho.

O cumprimento da promessa do derramamento do Espírito Santo, de forma completa e real, consiste em uma busca pessoal, constante e baseada em renúncias. É algo que se dará do individual para o coletivo. E nem todo aquele que busca está necessariamente disposto a responder a essa promessa. Como na parábola das dez virgens, em que todas estavam juntas no mesmo propósito de adentrar às bodas do Noivo. Contudo, apenas metade delas estava realmente pronta para o casamento; apenas metade entendeu a importância de possuir o azeite reserva. Necessitamos de uma vida de oração; de clamor diário pelo batismo do Espírito Santo. Necessitamos de uma comunhão tal com Cristo de forma que tenhamos sempre em mente que Ele está ao nosso lado, caminha conosco, e que isso nos desperte alegria e ao mesmo tempo um senso constante de temor e reverência.

O derramamento do Espírito não é uma promessa exclusiva para alguns, mas para “toda a carne”, como está escrito; inclusive, para os servos e as servas (v.28-29). No entanto, o que definirá quem estará salvo e quem estará perdido será a resposta de cada ser humano ao último chamado de Deus: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (v.32). Eis a porção dobrada do azeite e a solução para o verdadeiro reavivamento: a união entre o poder do Espírito Santo e o instrumento humano cooperando com Ele.

Dias antes do Pentecostes, os discípulos estavam vivendo um momento de grande fragilidade. A morte de Jesus havia destruído toda a esperança e expectativa de um reino superior. Contudo, ao contemplarem o seu Salvador ressuscitado e ouvir-Lhe a voz de conforto por quarenta dias até a Sua ascensão, receberam o ânimo que precisavam para perseverarem “unânimes em oração” (At.1:14), na certeza de que receberiam o poder do Espírito Santo (At.1:8). A partir do momento em que os discípulos reconheceram as suas limitações e fragilidades e sua completa dependência da graça de Cristo, invocando o nome do Senhor em oração, a promessa se cumpriu. Da mesma forma, quando aceitamos a Cristo como nosso Salvador pessoal, passamos a fazer parte do corpo de Cristo e, como membros deste corpo, precisamos buscar a mesma comunhão que levou os discípulos a receber a promessa, através de uma vida de oração, perseverança e obediência à Palavra de Deus.

Deus tem Seus escolhidos em todos os cantos da terra, amados. Há muita gente ainda em Babilônia que, no devido tempo, aceitará o convite: “Sai dela, povo Meu” (Ap.18:4). São pessoas que invocam ao Senhor e O amam conforme a luz que receberam. Creio que a obra do Espírito Santo já está quase a ser concluída e que igrejas inteiras hão de aceitar a verdade presente, como já tem acontecido. A promessa do reavivamento pelo Espírito Santo não corresponde a um diploma de doutorado em Bíblia, mas a um chamado do Pai de amor aos Seus filhos “pobres de espírito” (Mt.5:3). A salvação em Cristo não se limita aos mestres das Escrituras, mas é para os que a vivem ainda que na ignorância do incompleto até que o Espírito as guie “a toda a verdade” (Jo.16:13). Para Jesus, não há diferença entre atiradores de pedras religiosos e uma prostituta arrependida, Ele os ama de igual forma, mas a nossa decisão diante de Seu amor é o que definirá o nosso destino eterno (Jo.8:9).

Deus tem uma igreja pura na Terra, “coluna e baluarte da verdade” (1Tm.3:15), que não é convidada a viver um cristianismo de aparências, mas que reflita a imagem do seu Salvador. Muitos há que, guiados pelo Espírito Santo, estão se unindo a esta igreja sem nem mesmo se dar conta. O evangelho eterno é uma mensagem para todos, “a cada nação, e tribo, e língua, e povo” (Ap.14:6) e o Espírito Santo tem feito esta obra com primazia e grande pressa. Infelizmente, nem todos aceitam o convite divino. Mas não temos o que temer se o Espírito do Senhor é o nosso guia. Jamais seremos envergonhados (v.19, 26 e 27) se temos um relacionamento pessoal e diário com Cristo e buscamos seguir os Seus passos.

Que aceitemos, hoje, a provisão divina (v.19), tomando posse, pela fé, da chuva temporã, que rega o nosso coração num trabalhar diário, preparando-nos para a chuva final. Então, estaremos “entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar” (v.32).

Pai de amor e misericórdia, para que haja um reavivamento da verdadeira piedade em nós, para que o Espírito Santo seja derramado em nossa vida com poder jamais visto, existem condições. Rasgar o coração e se converter ao Senhor, reconhecendo a Tua misericórdia, a Tua compaixão, a Tua longanimidade e a Tua bondade revelam a entrega de um coração verdadeiramente transformado. Mas esta obra não é de um dia ou de um momento apenas, e sim pelo trabalhar contínuo do Teu Espírito. Oh, Senhor, realiza esse milagre em nossa vida! Derrama sobre nós o Espírito Santo e nos conserva “entre os sobreviventes” dos últimos dias: “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. Em nome de Cristo Jesus, Amém!

Vigiemos e oremos!

Feliz semana, sobreviventes dos últimos dias!

Rosana Garcia Barros

#Joel2 #RPSP

Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100


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