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“Moabe será destruído, para que não seja povo, porque se engrandeceu contra o Senhor” (v.42).
Advertido sobre a destruição de Sodoma e Gomorra, Abraão intercedeu diante do Senhor pela vida daqueles a quem amava. Seu sobrinho Ló, sua família e seus servos, que antes faziam parte de sua íntima convivência, habitavam naquela região condenada. Mas apesar da intercessão de Abraão, Aquele que sonda os corações sabia que até mesmo Ló colheria os resultados de sua imprudência. Ao escolher ir “armando as suas tendas até Sodoma” (Gn.13:12), Ló ignorou o fato de que “os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor” (Gn.13:13). O que custou a vida de sua esposa e grande parte de sua família.
Refugiados “numa caverna” (Gn.19:30), Ló e as duas filhas enfrentaram uma mudança brusca em todos os sentidos. Contudo, esquecendo-se de que a mão do Senhor poupou-lhes a vida, as duas filhas logo manifestaram a força da influência de suas más associações. Embriagando o próprio pai, praticaram uma relação incestuosa, que deu origem a dois povos, inimigos de Israel: os moabitas e os amonitas (Gn.19:37-38). Moabe significa “de nosso pai”, como um lembrete de sua natalidade licenciosa. Independente, porém, do começo da história de um povo, o que realmente importa para Deus é de que forma e por quem a história continuará sendo escrita.
Assim como Golias é a referência dos filisteus, Rute é a referência dos moabitas. Sua viuvez e pobreza não abalaram a sua fé no Deus de Israel. Pelo contrário, sua atitude altruísta e servil fez de Rute um testemunho vivo de que o Senhor tem filhos em todas as nações e a habilitou a fazer parte da genealogia do Rei das nações (Mt.1:5). A nossa origem terrena pode trazer sobre nós marcas hereditárias difíceis de suportar. Por vezes herdamos hábitos e costumes ou até mesmo um temperamento que nos machucam e machucam até mesmo aqueles que mais amamos. Mas assim como Rute confiou a sua vida nas mãos de Deus, deixando a velha vida para trás, necessitamos confiar na bondade do Senhor entregando a Ele o nosso coração e permitindo ser guiados para onde melhor possamos servi-Lo.
Infelizmente, semelhante a Sodoma e Gomorra, a nação moabita havia atingido o limite da iniquidade, com sua soberba, arrogância, orgulho e altivez (v.29), “porque se engrandeceu contra o Senhor” (v.42). A “sua insolência” (v.30), a fez rejeitar cada um dos apelos divinos. “Contudo”, o Senhor ainda mudaria “a sorte de Moabe, nos últimos dias” (v.47). Ainda havia esperança!
De igual modo, ainda há esperança para este mundo prestes a perecer. Deus deseja mudar a sorte dos impenitentes mais do que uma mãe amorosa deseja o bem de seus filhos. “Mas, convertendo-se o perverso da perversidade que cometeu e praticando o que é reto e justo, conservará ele a sua alma em vida” (Ez.18:27). “Fugi” das contaminações deste mundo e “salvai a vossa vida”, ainda que você tenha que se sentir sozinho na caminhada, “como o arbusto solitário no deserto” (v.6). Consideremos todos estes juízos anunciados como os sonidos divinos da misericórdia.
“A respeito” (v.1) da nossa vida, seja registrado nos livros do Céu como aquela que foi lavada e remida no sangue do Cordeiro. E, de uma origem de pecado, Deus nos devolverá o direito à origem da perfeição em Cristo Jesus.
Senhor, nosso Deus, o Senhor conhece a nossa origem, os nossos defeitos de caráter e tudo aquilo que nos machuca, pois sabes de que somos feitos. Somos tão frágeis, Senhor! Mas Tu és forte! Somos tão incapazes! Mas Tu és poderoso! Somos tão pequenos! Mas Tu és grande! Por isso, depositamos a nossa vida em Tuas mãos e clamamos pelo batismo do Espírito Santo a fim de que neste grande conflito morra o nosso eu e Cristo viva em nós. Porque nesta guerra, a nossa morte para o eu, representa a vitória de Cristo em nós. Quando morremos, então vivemos! Bendito seja o Senhor! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz sábado, chamados a um novo começo!
Rosana Garcia Barros
#Jeremias48 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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