Filed under: Sem categoria
“Toma um rolo, um livro, e escreve nele todas as palavras que te falei contra Israel, contra Judá e contra todas as nações, desde o dia em que te falei, desde os dias de Josias até hoje” (v.2).
O pastor Alejandro Bullón conta uma experiência em que foi chamado para falar com dependentes químicos, que usavam as folhas da Bíblia para fumar maconha. Ao abordar aqueles jovens, um deles se manifestou com palavras desafiadoras de que se Deus realmente existisse, que lhe tirasse a vida naquele momento, mas nada aconteceu. Então, concluiu mais ou menos com as seguintes palavras: “Está vendo, pastor? O seu Deus não existe!”
De uma forma não menos desafiadora, o rei Jeoaquim queimou as páginas que continham as palavras do Senhor. Obstinadamente, sem dar ouvidos aos rogos dos príncipes (v.25), lançou no fogo o que seria a sua carta de alforria. Aquelas palavras representavam a sua última chance de “talvez” (v.3) ouvir e se converter de seus maus caminhos. Contudo, lançou no braseiro aceso não somente o rolo, mas a sua própria vida!
Era incansável a maneira pela qual Deus usava os Seus servos para falar ao Seu povo. Vez após outra, a Sua voz era reproduzida através de Seus profetas mesmo sabendo que a maioria esmagadora não Lhe daria ouvidos. “Humildes súplicas” (v.7) eram alçadas aos Céus incessantemente, com a esperança de desviar do povo a ira do Senhor. Porém, não havia mudança. Manifestavam ser religiosos apregoando “jejum diante do Senhor” (v.9), mas não conheciam o Senhor.
Ao ouvirem as palavras do rolo, que Baruque leu diante deles, os príncipes de Judá “entreolharam-se atemorizados” (v.16). Eles bem sabiam que aquelas palavras eram verdadeiras e que cabalmente seriam cumpridas, quer eles as aceitassem quer não. Reconheceram a mensagem. E também reconheceram o mensageiro: “Acaso, te ditou o profeta todas estas palavras?” (v.17). Mas, infelizmente, não reconheceram o Titular da obra!
Com a mesma intensidade, e creio que como em tempo algum houve, Deus tem advertido o Seu povo hoje. E o que estamos fazendo com estas santas advertências? Dando ouvidos ou tentando destruí-las? Ao nos depararmos com histórias como a dos drogados usando as páginas da Bíblia de forma tão espúria, geralmente nos armamos de um sentimento de zelo e julgamos aquela atitude como sendo abominável. E realmente é! Porém, muitos há que estão fazendo a mesma coisa de forma disfarçada. Com aparência de santidade e coração endurecido, lançam as santas verdades da Palavra do Senhor em “braseiro aceso” (v.22) trazendo ruína eterna não somente para si, mas para sua família e para muitos que, sob sua influência, têm trilhado pelo mesmo caminho de destruição.
Mais uma vez eu reforço, amados: aquelas palavras não foram escritas em livro para serem lidas ao rei da Babilônia e às nações vizinhas, mas “diante do povo” de Deus, “na Casa do Senhor, no dia de jejum” (v.6). Vocês percebem a gravidade do que acontecia, e do que acontece em nossos dias? Como naquele tempo, Deus está para derramar a Sua ira sobre este mundo, e qual tem sido a nossa atitude diante de Sua Palavra? Sendo por ela reavivados, ou usando-a como nos convém, como o jejum fajuto dos filhos de Judá?
O Senhor tem levantado os Seus atalaias que com poder do alto têm pregado as Suas verdades com intrepidez e ousadia. E, da mesma forma que fez a Baruque e Jeremias, Ele os esconderá da cólera dos ímpios nos últimos dias (v.26). Mas a estes, que escolheram, pela dura cerviz, esquivar-se do “assim diz o Senhor”, e sem o temor do Senhor, extravasar a sua ira contra os santos do Altíssimo, a estes aguarda a mesma sorte lançada sobre Jeoaquim (v.31).
“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm.3:12). Não devemos temer pregar o evangelho! Sejamos, pois, Jeremias e Baruques contemporâneos, e sempre estaremos seguros “no esconderijo do Altíssimo” (Sl.91:1).
Querido Pai Celestial, não foi fácil para Teu servo Jeremias passar pelo que passou, sendo tratado com violência e desprezo pelo seu próprio povo. Aonde ele chegava, encontrava olhares atravessados e a indiferença daqueles por quem intercedia e advertia para livramento. Mas ainda que reconhecessem ser Jeremias um enviado de Deus, não reconheceram, porém, sua própria culpa. Oh, Senhor, livra-nos de fazer o mesmo com a voz profética para o nosso tempo! Dá-nos humildade para reconhecer a nossa necessidade de mudança e coragem para viver os Teus propósitos ainda que sejamos rejeitados e até odiados por isso. Esconde-nos em Ti, pois Tu és o nosso refúgio seguro! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Bom dia, mensageiros do Senhor!
Rosana Garcia Barros
#Jeremias36 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
Deixe um comentário so far
Deixe um comentário