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“Disse-me o Senhor: Os profetas profetizam mentiras e em Meu nome, nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, adivinhação, vaidade e o engano do seu íntimo são o que eles vos profetizam” (v.14).
Jeremias passou pela terrível experiência que profeta algum havia passado. Por três vezes consecutivas, teve suas preces rejeitadas em favor do povo pelo qual intercedia. Já não bastasse a solidão do profeta, suas orações também não seriam respondidas. Sua primeira oração contém palavras de clamor em apelo a um povo que não correspondia à santidade do nome do Deus pelo qual eram chamados. Na segunda, o profeta acusou os falsos profetas e o poder de persuasão deles de fazer com que o povo acreditasse em uma falsa paz. Já a terceira, é uma súplica pela ação divina em resposta à incapacidade dos ídolos dos gentios de realizar qualquer obra. Porém, todas as três orações foram rejeitadas.
Fico imaginando o que Jeremias sentiu. Afinal, ele não estava pedindo somente por ele, mas pelo povo. Ele poderia ter desistido na primeira negativa de Deus, mas continuou insistindo. De todas as formas possíveis tentou colocar diante do Senhor tudo o que estava destruindo o povo, apelando por Suas misericórdias, não por amor de Jerusalém, mas por amor do nome do Senhor que estava sendo profanado. Só que a conexão de Jeremias com Deus, não era a mesma dos habitantes de Jerusalém. As pessoas haviam se tornado completamente indiferentes aos apelos divinos e, enquanto o profeta de Deus erguia suas súplicas, elas davam ouvidos às palavras dos falsos profetas, porque eles falavam exatamente o que elas desejavam ouvir.
A seca que Judá enfrentou não se tratava apenas de falta de água. Ia muito além disso. A escassez era espiritual. Não havia quem buscasse o Senhor. À semelhança dos líderes judeus que rejeitariam o Messias, aquela geração tornou-se totalmente seca e desprovida de qualquer chance de mudança. “[Voltavam] com seus cântaros vazios e, decepcionados e confusos, [cobriam] a cabeça” (v.4). Choravam, se curvavam e clamavam, mas não ao Deus do Céu. Não para um lavar regenerador da Água da vida. Não estavam dispostos a se entregar a Deus em detrimento do próprio eu. Era mais agradável ouvir as “doces” palavras dos falsos profetas do que as “amargas” palavras de Jeremias.
Meus irmãos, será que estamos diferentes daquela realidade? Não é muito mais fácil dar ouvidos àqueles que pregam palavras agradáveis do que àqueles que pregam tão-somente o “assim diz o Senhor”? Não é confortável permanecer no lugar onde o nosso ego é massageado e onde não somos desafiados a passar por um doloroso processo de transformação? Todos querem a Cristo como Salvador, mas quase todos O rejeitam como Senhor. É fácil ser um cristão de aparência. É muito fácil fingir ser o que não é. Difícil é ser o que Deus pede que sejamos: “Sede santos, porque Eu sou santo” (1Pe.1:16).
A jornada é difícil, mas é simples. É tão simples que muitos têm confundido o papel da graça. Ora, o que é de graça é gratuito. Você e eu não precisamos fazer nada para obtê-la, simplesmente porque nunca poderíamos pagar por ela. Ela nos é dada como um presente. Um presente que já foi pago por Cristo na cruz. Basta aceitá-la! Mas, quando a aceitamos, consequentemente, vivemos por ela e somos transformados por ela. E é essa nova vida que devemos buscar seguindo o nosso único Exemplo: “Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os Seus passos” (1Pe.2:21).
Muito em breve cessarão as intercessões. Como aquela geração de Judá, estamos diante de uma geração que prefere ouvir mentiras a aceitar a verdade. E a situação é tão agravante, que esta realidade tem sido vista inclusive no meio daqueles que se chamam pelo nome de Deus. Como Cristo mesmo nos advertiu, muitos falsos profetas têm se levantado para confundir e enganar, “se possível, os próprios eleitos” (Mt.24:24). E nós, amados, que escolha temos refletido em nossa vida?
O projeto Reavivados Por Sua Palavra não surgiu do acaso, mas do coração do nosso Sumo Sacerdote que têm derramado as Suas últimas lágrimas por amor a mim e a você. Na verdade, creio que não foram as orações de Jeremias que foram rejeitadas, mas o coração endurecido de um povo que não mais conhecia o seu Deus. Não permita que isto aconteça com você! Há uma batalha muito grande acontecendo e é o seu destino eterno que está em jogo. Permita, hoje, que a Água da Vida opere um lavar regenerador em seu coração. Não rejeite o chamado da salvação: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas” (Is.55:1).
Senhor, não permite que nosso coração endureça a ponto de que as orações a nosso respeito sejam rejeitadas. Louvado seja o Senhor pelos Teus servos que têm intercedido e dedicado tempo proveitoso à oração fervorosa de fé! Concede-nos também uma vida de oração! Porque o tempo que dedicamos a este ministério sagrado, antes de tudo, é uma bênção para nós mesmos, pois assim estreitamos cada vez mais o nosso relacionamento Contigo. Logo Jesus dirá: “Feito está!”, e teremos de viver à presença de um Deus santo sem intercessão. Prepara-nos para este tempo, escondendo-nos em Tuas asas, Pai de amor! Em nome de Jesus, Amém!
Vigiemos e oremos!
Feliz semana, lavados e purificados pela Água da Vida!
Rosana Garcia Barros
#Jeremias14 #RPSP
Comentário em áudio: youtube.com/user/nanayuri100
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